Azul Como Oceano Vermelho Como Sangue

04

Negócio fechado

"Perder alguém é como perder algo que não vai estar na caixa de achados e perdidos. Ana Beatriz Silva"

Chuuya vagava seu olhar por todo salão, que tinha luzes piscando em várias cores, em uma velocidade mais rápida que ele conseguia acompanhar. Adultos fechando negócios em algumas mesas afastadas do ponto principal do evento, convidados dançando, herdeiros com cara de enojados.

Mas pelo menos tinha gente animada. É não é de tanto mal.

— Chuuya, você deve ficar comigo só por um instante. Oda precisa conversar conosco.

— That's so annoying. — Chuuya revirou os olhos.

— Você esquece que eu te entendo. Você vai gostar, calma tá bom?

Nakahara resmunga alguma coisa mas concorda com seu pai, e o segue junto a sua mãe.

— Kansuke que bom vê-lo. Aah então a senhorita veio? Quanto tempo Lindsay.

— Não faça cerimônia Oda.

— Estou só comemorando o nosso breve reencontro. Mas como vai Kansuke? - Oda mostra com a mão o o sofá de luxo para nos sentarmos.

— Perfeitamente bem. E você?

— Igualmente. Já deve imaginar o por que eu te chamei aqui, não é?

— Claramente Oda. — Meu pai e Lindsay seguram as mãos pra dar mais verdade ao seu teatro ridículo. E sinceramente. Nojo.

— Se quiser mesmo fechar esse negócio, eu queria opor algumas mudanças. Por exemplo, no documento diz que minha parceria com a empresa dos Osamu não poderia interferir ou ajudar no nosso negócio. Olha senhor Nakahara, eu e a empresa dos Osamu, temos um contato enorme, e crescemos a empresa juntos, então obviamente certas coisas eles me ajudariam, e eu claramente precisaria dessa ajuda. O segundo termo que eu gostaria de mudar, é que eu colocaria sim uma afilial aqui em Yokohama, sei que já tem a empresa principal aqui, mas iria expandir o negócio muito mais rápido, e seria mais acessível para várias pessoas.

― Posso considerar o seu segundo termo, mas você sabe que nós e os Osamu não nos entendemos mais, e você sabe os motivos.

Minha mãe revirava os olhos e logo olhava para mim como se todo esse problema fosse culpa minha. Era algo que eu não conseguiria evitar, e nem ao menos me lembro, mas ela não entende isso.

— Por favor reconsidere os dois termos. — Oda entrega uma papelada de documentos para meu pai. — Caso queira entender mais sobre está tudo aí detalhadamente

— Certo. Vamos aproveitar um pouco a festa agora, até já Odasaku. — Nós levantamos e fomos ao ponto principal.

— Se ousar sair do meu lado você já sabe o que te acontece. Kansuke dê um exemplo a esse menino e se mantenha ao meu lado, ele tem que achar uma pretendente de uma família rica. — Lindsay diz com aquele seu olhar opaco, como se estivesse ordenando um mero empregado.

— Chuuya ainda é muito novo para pensar em casar, se você quer que alguém se case é melhor que peça a Verlaine — A fala de seu pai fez meus olhos grandes se fixarem na conversa, ele queria saber como seu irmão mais velho estava.

— Ele já me dá orgulho suficiente com sua tamanha inteligência, diferente desse que só se casando para prosseguir nossa riqueza e futuro. — O olhar de Chuuya havia ficado decepcionado e irritado.

— Pai eu tô indo aproveitar a festa, já volto.

— Claro Chuuya, lembre do que eu te disse tá.

Chuuya se afastou de seu pai e de Lindsay e foi em direção ao bar. Ele não tinha nada a perder mesmo.