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[Visão do Dylan]
Durante a madrugada.Eu caminhava pelas ruas até encontrar o bar onde me encontraria com minha melhor amiga, Beatriz. Confesso que, eu e ela temos uma amizade colorida, assim como eu e Ashe...
Ashe...
Me encontro parado na calçada pensando no garoto de cabelo castanho.
Balanço a cabeça negando os pensamentos, e apenas vou indo para o meu destino.[...]
Assim que chego, Beatriz estava na porta, sua pele morena, olhos castanhos, junto com seu cabelo cacheado em uma cor preta misturada com o violeta nas pontas.
Ela sorriu pra mim e fez com a mão para que eu me aproxime, apenas o faço.
— O quê quer, Beatriz? — Falei, eu estava impaciente, pois eu teria que ir na casa de Ashe para cuidar dele.
— Ah, para, Dylan. Vamos nos divertir um pouco! — Beatriz me puxou para dentro da balada, se movimentando para o fundo onde tinha algumas mesas vazias.
O lugar cheirava a bebida e suor, era desinteressante e nojento. Beatriz se senta e eu sento ao seu lado. Ela passa a mão pela minha coxa, minhas mãos grandes a impedem, apenas empurrando para o lado.
— Está pensando nele novamente? — Falou ela, colocando sua cabeça apoiada em meu ombro, enquanto pegava cocaína de sua bolsa preta.
— Ele é a única coisa que me resta — Respondi, apenas encarando as drogas que a moça carregava em seus dedos.
— Quer, bebê? — Ela mexia a droga em frente ao meu rosto.
Aquilo fazia meu sangue ferver, mordo meu lábio inferior no canto direito e apenas puxo a droga da mão dela com rapidez; coloco em minha palma da mão e faço os procedimentos.
— Vai se foder! — Xingou, enquanto se levantava do meu ombro.
— Morre, vadia — Pego meu celular do bolso, e apenas vejo a conversa de Ashe.
Dylan: "Já está melhor?"
A mensagem não é enviada, Beatriz puxa meu celular da minha mão enquanto eu estava destraido e apenas se movimenta para o meu colo.
— Dylan! Para, esquece esse menino. Vocês não podem namorar, lembra? — Beatriz aproximava seus lábios dos meus.
— Eu o amo. Já falei com a minha família sobre ele — Ela interrompeu, me encarando assustada.
— O quê? Como eles reagiram? — Perguntou.
[...]
— O quê?! Meu filho é um viadinho? — Meu pai gritava, enquanto pegava a garrafa de vodka no sofá, atirando-a em minha direção.
Felizmente, consigo me movimentar antes que ela acerte meu corpo. Apenas ouço o barulho dos estilhaços se despedaçando totalmente pelo baque.
Minha mãe estava sentada chorando pela notícia, diferente do meu pai, ela não tem coragem de me machucar.— Você não vai mais ficar nessa casa, inútil! — Gritou o mais velho.
Ele começou a atirar várias coisas em mim, algumas eu conseguia desviar, mas a que eu menos esperava eu não consegui.
Vejo na mão do homem que eu considerava um pai, uma faca de lâmina grande sendo atirada em minha direção, logo após um vaso. A faca pega em meu braço, cortando fundo meu ombro.Um gemido escapa pela minha boca, minhas lágrimas queriam descer, mas não vou demonstrar fraqueza pra gente inútil como essa.
— Eu vou viajar e vou levar o meu namorado comigo. E vocês não vão conseguir tocar um dedo nele como tanto falam! — Gritei, e apenas arranquei a faca do meu ombro e a joguei com força na direção do mais alto.
O corpo grande se movimenta, parecendo um pequeno animal assustado, mas ainda não é o suficiente. Treinei muito e fiz vários tipos de artes marciais e treinos de resistência para caso esse dia chegasse, tanto para defender Ashe.
A lâmina acerta a parte da barriga, enquanto meu ombro jorrava sangue, mas o dele estava bem pior.— Seu filho da puta — Disse ele, indo em direção a cômoda devagar, enquanto tossia.
Minha mãe estava desesperada, não sabia quem ajudar, muito menos, se fazia alguma coisa.
Eu sabia que meu pai iria pegar a arma que ele tanto ameaçava usar se descobrisse que eu e Ashe estávamos juntos. Eu apenas pego a mochila e coloco em um dos ombros e vou correndo para a direção da minha moto; ligo-a e vou indo em direção ao hospital.Sei que vão pedir informação sobre o que aconteceu, mas infelizmente, não posso falar a verdade do que aconteceu.
[...]
— E foi isso — Falei, finalmente parando para respirar.
Beatriz já tinha saído de cima de mim e estava vendo meu ombro que estava enfaixado.
— O quê você fez depois do hospital? — Perguntou.
— Fui direto para a casa dele, pensei que meu pai tinha chegado lá pela demora dele, mas ele me atendeu. Fui sincero e ele pediu um tempo para pensar — Fui sincero.
— Entendi. Você sabe que ele não vai aceitar, não é? — Falou a mulher com uma voz confirmando o que estava falando.
— Por quê? — Olhei nos olhos da mulher de cabelos pretos.
— Ele é uma puta, gosta do que está fazendo — Ela falou com uma voz debochada.
Aquele jeito de Beatriz me irritava, o deboche em seu rosto e sua hipocrisia me faziam querer rir e tirar aquela merda de sorriso dos lábios dela.
Meu punho estava cerrado.— Você chama ele de puta, mas você que vem se jogando pra cima de mim, querendo droga, vagabunda — Falei com uma voz de raiva.
Ela me olhou assustada, provavelmente não esperava minha reação.
Meu sangue estava fervendo, queria ir embora daquele lugar, na verdade, eu precisava ir embora, agora.— Mas ele que é uma- — Beatriz foi interrompida por um soco meu depositado em seu rosto.
O baque fez com que a cabeça dela batesse na mesa, derrubando as garrafas que tínhamos pedido durante a história que eu contava. Me levantei rapidamente, enquanto outro soco meu é dado no mesmo local por conta do movimento dela de querer se levantar.
— Se mata, sua puta — Falei alto, enquanto me retirava do local.
Eu via os olhares de raiva de vários homens no local, eu sabia que queriam brigar, mas apenas recuei e evitei brigas.
A única pessoa que estava merecendo apanhar naquela hora, era Beatriz e mais ninguém, eu apenas fiz o que muitos desejavam.
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My safe spot
RomanceAVISOS: (!AGRESSÃO FÍSICA EXPLÍCITA!) Viver uma vida dupla não era fácil para Ashe. Uma hora garoto de programa, outra hora um aluno estudioso. Mas tudo em sua volta se desfaz e se reconstrói após conhecer um homem agressivo em um de seus programas...