08. Assassino

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Eu sai da balada com os pulmões doendo pela falta de ar. Consigo ouvir os passos me seguindo atrás de mim.
Eu não posso continuar alí, mas preciso descontar a raiva em alguém.

- Aí, seu merda! - Gritou um homem.

Eu parei e encarei-os, para saber a quantidade que estavam. Era quatro deles, eu consigo derrubar facilmente.
Estalo meus dedos enquanto os quatro vão para cima querendo me derrubar.

- Vocês são tão lentos - Meu cabelo ruivo brilhava na luz da lua, enquanto eu pegava um cigarro do bolso e um isqueiro para ascende-lo e eu conseguir sentir a droga dentro de mim.

Finalmente chegaram, eles eram acima do peso, eram lentos, provavelmente sedentários. Não importava.
O cigarro já estava em minha boca.
O primeiro soco veio do mais baixo, eu defendo colocando meus dois braços na frente do rosto e ficando em posição de luta, parecendo no boxe.

- Maldito! Tá zoando com a minha cara?! - O outro gritou enquanto corria em minha direção.

Meu punho acerta em cheio no rosto do mais velho e consigo ouvir o estalo do nariz. Meu sorriso finalmente sai do meu rosto.

- Faz tanto tempo que não brigo assim - Falei, enquanto um deles que se escondia pelas sombras dos cantos me pega por trás.

- Seu filho da puta! Vai aprender a não bater em mul- - Ele é interrompido pela cabeçada que eu acerto em seu rosto, ouvindo o mesmo estalo do nariz vindo de outro.

- Sua puta! - Ele me largou, enquanto falava desesperado, com uma voz de dor e desespero enquanto mexia em meu nariz.

- Desgraçado!! - Gritou o terceiro, enquanto vinha de uma forma lenta e chata.

Eu apenas deixo que ele acerte um soco em minha barriga, foi fraco. Nenhum deles tirou o cigarro de mim, e meu tempo já estava acabando.
Eu o empurro com um chute, fazendo com que ele caísse e um chute bem colocado em seu rosto fazendo com que sua cabeça alcance o chão rapidamente.

O quarto? Estava paralisado, com medo. Minhas mãos estavam com sangue dos três caídos. Meu tênis branco estava manchado de sangue.

- Seu... Seu merda! - Disse o quarto correndo pelas ruas a noite.

O cigarro se acabou.

- Pelo menos, foi em um tempo perfeito - sai do local. Meu ombro doía, mas eu só precisava ir para... Algum lugar.

Caminhei pelas ruas pensando no que eu faria. Corpos no chão, precisando de socorro, com as minhas digitais e uma garota surtada que eu quase matei em uma balada. O quê pode dar errado?

Minha mão cheia de sangue passa pelo meu cabelo ruivo enquanto chego perto de uma mansão onde escolhi para ser minha nova moradia. O dono não aparecia a um tempo, desde a 5 dias atrás.
Um carro estacionado perto da mansão me deixa curioso, mas eu apenas decido subir nele e pular o muro.
Assim é feito, assim que subo o muro, desço rapidamente fazendo um pouco de barulho pelo alarme do carro que toca.

Caminho pela grama cortada recentemente, mas eu ouço um barulho estranho vindo da janela de cima, me escondo atrás de um dos pilares da casa e encaro de canto a situação.
Um gemido de dor ecoa abafado por uma mordaça, enquanto um homem cortava a cintura de um garoto mais novo que ele.
Ele estava vendado e o mais velho se divertia.
Meu coração acelera, o medo surge em meu corpo fazendo com que meus pelos arrepiassem. Minha respiração acelera junto com todos os sentidos aguçados.

Encaro novamente a situação, e o mais velho não está mais lá.

- Mas que porr- - Ouço o barulho da arma e o frio ao lado direito da minha cabeça indica o que estava acontecendo.

- Abaixa ou eu atiro, ruivinho - Ouvi a voz grossa do homem.

Era arrepiante, sua voz me dominava inteiro. Eu não podia obedecer, não sou assim, eu que deveria fazer isso.

- Merda - abaixo como é feito, mesmo relutante.

- Muito bem, ruivinho - Consigo ver a ereção em suas calças assim que encaro a visão em minha frente.

Ele estava sujo de sangue daquele garoto que estava morto.

- Chupa - Falou ele, enquanto abaixava um pouco as calças e a cueca.

- Vai se foder, eu não chupo - Resmunguei. Enquanto sinto um aperto grande em meu cabelo o puxando para perto.

- Chupa ou eu mato você - A arma é pressionada contra a minha cabeça.

- Cara, tudo, menos isso - Falei, ele me aproximou mais até que meu rosto estava colado no pau do homem.

Ele esfregava meu rosto contra o membro, me fazendo choramingar pela dor.

- um... Dois... - Ele começou a contar até dez.

- Tá bom! Tá bom, mano! - Eu levantei as mãos e minha língua passeava pelo pau do homem.

- Muito bem, putinho - Ele fazia carinho em meu cabelo.

Minha boca estava preenchida pelo pau dele. Era grande e um tanto quanto grosso, me fazia engasgar facilmente.
Eu estava traindo a pessoa que eu amava, era horrível essa sensação.
Meus olhos encheram de lágrimas, assim que ele começou a foder a minha boca de uma forma rápida e forte, parecendo que estava fodendo uma buceta ou um cu, tanto faz.

- Caralho, puto. Sua boca é tão gostosa - Falou, enquanto gemia.

Aquela sensação era horrível, o gosto que estava em minha boca, o sufocamento. Ashe nunca fez isso, ele não tinha tamanho pra isso, mas esse cara.
O gosto meio amargo, mas um pouco doce inunda minha boca. Eu queria vomitar, nunca permiti que Ashe gozasse assim.
Ele forçava minha cabeça contra ele, eu tinha que engolir, eu sei que teria.

- Engole - Mandou, destravando e travando a arma várias vezes.

Eu engulo tudo forçadamente, até que ele retira de dentro da minha boca.
Só consigo fazer uma coisa, tossir, nada mais.

- E meu nome é Jack, ruivinho - Falou ele, colocando a arma apontada para mim, enquanto subia as calças.

- Vai embora daqui - Falou.

Eu estava com medo, mas que merda.
Eu não sou fraco, sei lutar, mas esse homem não me dá brechas pra pegar a arma e isso me irrita. Me levanto e corro para subir no muro, felizmente, consigo.

Meu coração estava batendo e o gosto horrível inundava minha boca.

- Mas que merda - Reclamei, mas apenas fui saindo de lá de uma forma rápida.

Eu não posso denunciar ele, ele me conhece agora e sabe meu rosto. Mas que porra, porque não coloquei a máscara.

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