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     Luna Miller — Point Of View

Me aproximo das caixas de presente abro a primeira e tem uma coroa de princesa.
—Isso é diamante,não, não pode ser. Uau!!!- Tem um bilhete.
—Toda princesa tem sua coroa. Logo estaremos juntos novamente,estou ansioso para ver você usando no nosso casamento. - Mas que diabos é isso?
— Feliz aniversário meu amor. — Ouço  uma voz próxima as minhas costas,posso sentir sua respiração na minha nuca.
— Anthony?—Consigo achar minha voz.
—Como vai meu amor?—pergunta ele fazendo com eu me obrigue a virar de frente pra ele.
—Aí meu Deus. - Deixo escapar ao constatar que não é uma alucinação,fico sem reação apenas o encarando,quando penso em reagir o mesmo que me encarava profundamente reage antes tomando os meus lábios com paixão me fazendo sentir várias emoções ao mesmo tempo. Saudade,medo,ansiedade,confusão. Lembro de um certo homem dono de lindos olhos castanhos mel, sorriso doce e cavalheiro e com isso me desperto do meu estado.
—Não. —Falo encerrando o beijo tentando empurra o Anthony para longe de mim.
— Para de resistir. Você é minha e sabe disso.
—Eu sou dona de mim mesma Anthony. As pessoas não são objetos para possuir um dono,ou para que você possa comprar com o seu maldito dinheiro.
— Eu não vim discutir com você sobre isso. Apenas estou aqui para lhe entregar o seu presente de aniversário e fazer uma proposta para você.
—Como me achou?—pergunto ignorando o que ele disse. Não estou afim de descobri o que ele está aprontando agora.

- Fácil, digamos que uma amiga sua não é tão leal assim, te entregou sem pedir nada em troca.
— Está inventando isso,elas jamais fariam uma coisa dessa. Elas jamais me trairia..
— Uma delas pode ser,mas a outra,se fosse você não confiava nela
— Qual delas?— pergunto sentindo meu coração sangrar.
— Não, está apenas jogando comigo.
— Aff chegar de perder tempo com coisas irrelevantes,como eu disse tenho uma proposta para você.—fala com um sorriso diabólico.
— Fala o que você quer,vá direto ao ponto.
—O que acha de voltar para casa dos seus pais? —pergunta ele com uma falsa empolgação na voz.
—O que disse?—Pergunto incrédula
—O que você ouviu.
—Está falando sério?
— Muito. Mas com uma condição.
—Eu topo. Tudo bem eu prometo que não contarei a ninguém que você me raptou.— Falo empolgada só de imaginar na possibilidade de estar com os meus pais novamente.
— Até porque ninguém acreditaria meu amor. No entanto você vai ficar na casa dos seus pais até o dia do nosso casamento. —Olho pra ele e sem conseguir me conter começo a rir,ou melhor gargalhar,no entanto vou parando aos poucos ao perceber que ele se mantém sério.
— Está falando sério. —Constato
— Sim.
_ Está maluco, o que te faz pensar que eu Vou concordar com essa loucura?
—Por isso. - Fala ele pegando a outra caixa que está em cima da cama e me estendendo. Mesmo receosa eu a recebo e abro para ver o que tem dentro. São alguns papéis.
— Charles O'conel, Brian Thompson?- A única coisa que entendo é o nome do Brian e de um tão Charles O'conel.
— O que são esses papéis. Eu não entendo.
_ São algumas provas que Charles O'conel hackeou as câmeras de segurança do hospital e as câmeras ao redor dele. E o comprovante de uma grande quantia em dinheiro feita da conta de Brian Thompson Martin para a conta do seu melhor amigo de infância Charles,um dia antes do seu sequestro.
—Onde está querendo chegar?— Pergunto trêmula.
— Pensa bem Luna,se essas provas pararem na mão da polícia os dois serão presos pelo seu sequestro. - Fala ele calmamente,como se e explicasse algo banal tipo como achar a rua que estou procurando.
—Eu conto toda verdade para polícia e se não der em nada por eles serem comprados por você eu falo Tudo para a mídia,eles irão amar será um prato cheio para eles.
— Vai achar que você está protegendo o seu sequestrado por ter criado um laço afetivo por ele. Essas fotos são bastante comprometedoras. —Fala pegando o celular e me estendendo. Nele tem fotos do Brian me abraçando,dele colocando o colar em mim,foi tirada hoje,tem mais fotos da Clarice e da Sophia,Bárbara o Brian e eu rindo de forma descontraída enquanto molhamos morangos na fonte de chocolate e comemos. Tem fotos nossa espalhados pelo chão da sala,enquanto eu falo algo e todos riem.
—Sabe que eu poderia matar o desgraçado por encostar em você,mas prefiro ele vivo e como convidado de honrar do nosso casamento. _Fala ele apertando o meu braço com força. Me solto dele na força do ódio jogando o celular no chão e pisoteado o mesmo até ficar totalmente destruído.
—Bela tentativa mas existe outras cópias com o homem de minha confiança e fiz backup em uma nuvem. Então,perdeu seu tempo e energia.
— Maldito desgraçado,do inferno. Eu vou acabar com a sua vida,eu juro que vou.
— Luna querida está tudo bem? O que houve?- ouço a voz de Bárbara do outro lado da porta soar preocupada.
_Oi Bárbara.
— Luna o que está acontecendo aí? Quem está com você?- pergunta forçando a maçaneta tentando abrir a porta que graças a Deus está trancada.
_É a televisão que está ligada. Desculpa ter te acordado vou baixar o volume,ou melhor desligar já estou indo dormir mesmo.—Falo torcendo pra ela acredita nessa desculpa esfarrapada.
_ Tudo bem querida,não me acordou apenas estava passando pelo corredor e escutei barulhos estranho.
_Ata entendi. Bom já estou indo dormir. Boa noite.
—Boa noite querida durma bem.— Fala ela mas não se afasta da porta,posso ver a sombra dela no corredor,o Anthony faz menção de abrir a boca mas eu o silêncio com o meu dedo na boca dele e aponta para a sombra dela no corredor. Depois de um tempo vejo a mesma se afastar.
— Vai embora Anthony. —sussurro com medo dela escutar.
— Eu vou mais antes precisa saber que tem até amanhã para decidir se aceita a minha proposta ou vai deixar o detetive babaca e seu amiguinho apodrecerem na cadeia pelo resto de suas vidinha medíocres. 
— Quer mesmo se casar com uma mulher que não te ama? —Pergunto apelando para o seu lado racional se é que ele tem
—Posso amar por nós dois. —Fala ele melancólico me fazendo sentir pena dele. Ele beija os meus lábios de forma doce e carinhosa,sinto quando uma lágrima cai do seu olho fazendo meu coração sangrar por dentro. Como eu queria que existisse uma cura para o que o Anthony sente por mim.
—Até amanhã Luna. - Fala ele ao encerra o beijo e saindo logo em seguida pela porta da varanda que tem no meu quarto,ela dar para um jardim em frente ao lago.
— Anthony. - sussurro seu nome com o coração doendo ao ver que as minhas palavras o atingiu tanto. Mas é tarde ele já se foi,se não fosse pelas caixas que ele trouxe,do gosto de sua boca e do cheira do seu perfume que está impregnado pelo quarto todo me deixando embriagada por um sentimento que não sei explicar, eu poderia pensar que tudo não passou de uma obra da minha imaginação. Toco o colar que o Brian me deu voltando a si.
— Ele é mau,diabólico. Um louco que está tentando me enlouquecer também,mas não vou deixar. - Falo pra mim mesma apertando o colar em minhas mãos como se ao fazer isso pudesse sentir o Brian por perto me protegendo das loucuras do Anthony ou me protegendo de ficar louca como ele.

A obsessão do magnata ( Primeira Versão De O Chefe Do Meu Pai)Onde histórias criam vida. Descubra agora