Caridade?

449 63 205
                                    

SOMOS 1K DE LEITORES, OBRIGADA
A TODOS QUE ACOMPANHAM!!!! *-*

Desculpa pela demora. Capítulo
revisado, qualquer erro, ignorem.

Não deixem de curtir e comentar.

Boa leitura!

***

'' I need your magic touch, don't you know. I got a habit and i can't let go (...) Feel the fire burnin slow, you better get it while it's hot now babe , cause i can't let go...'' ㅡ Magic Touch, Aerosmith.

Meredith

A vontade que eu tinha de gritar por ajuda simplesmente se perdeu no meio daquele beijo inesperado. A boca dela era totalmente doce, misturado ao brilho labial que, no momento já se misturava entre nosso beijo. Minhas mãos subiram lentamente até seus seios, para afastá-la de mim. Aquilo não era certo. Eu não gostava de mulheres. Eu não gostava dela. Mas aquele beijo estava agradável. Addison me apertou ainda mais, minhas pernas estavam bambas. E o mundo paralelo. Sua língua massageava a minha, enquanto uma de suas mãos apertava a minha nuca, vacilante. Um gemido escapou de meus lábios assim que ela mordeu a pontinha da minha língua, um sorriso safado brotou em seus lábios. Olhamo-nos. A essa altura eu já estava toda molhada, sua boca veio de encontro a minha novamente, a habilidade da recusa estapeou minha consciência e eu me afastei.

ㅡ O que merda está acontecendo? ㅡ provavelmente, fiz uma cara bem engraçada, pois ela sorriu como se estivesse diante da TV assistindo a cômica Ellen DeGeneres.

ㅡ Você é um E.T? ㅡ perguntou, cercando-me.

ㅡ Eu me pareço com um? ㅡ lancei uma careta nauseada em sua direção.

ㅡ Você quer mesmo que eu responda? ㅡ sua voz perdeu a força, seus olhos me fitavam com intimidade já conquistada, seu risinho idiota bailava com maestria naqueles lábios finos, uma covinha em seu rosto ganhou vida e a minha simpatia. Eu simplesmente as adorava. Passado. Lembrei-me. Ali estava uma traficante maluca que havia me levado para o meio do nada e batido em minha cabeça. Quanta falta de sensibilidade. Se bem que eu atirei em sua perna. O jogo estava empatado.

ㅡ Você está invadindo o meu espaço, sua fora da lei. ㅡ empurrei-a.

ㅡ Fora da lei? ㅡ ela estreitou os olhos, divertida.

ㅡ É o que você é.

ㅡ Eu já invadi seu espaço antes, e a beijei. Que merda de diferença faz agora?

ㅡ Essa... ㅡ tirei a minha arma do coldre que estava em minha coxa esquerda, e apontei para ela. Seus olhos emitiam sinais de pavor, e me segurei ao máximo para não rir e lhe assegurar que não atiraria.

ㅡ É isso que ganho por beijá-la em voto de caridade?

ㅡ Caridade?! ㅡ dobrei o braço, perdendo a compostura.

Opa! ㅡ suas mãos puxaram a arma das minhas, e ela estava no controle. Poder absoluto. Bati o pé no chão, bufando igual um touro nas festas de São Firmino em Pamplona.

ㅡ Meredith, meu bem.. ㅡ ouvimos a voz de minha mãe dar o ar da graça. O barulho de seus saltos ao se aproximar de onde estávamos, fez com que minha mão empurrasse Addison para dentro de uma das cabines, ela caiu e deixou minha arma ir ao chão, neste instante, minha mãe parou, travando suas pernas bem definidas no salto Prada. ㅡ Meredith Elizabeth Grey! O que você pensa que está fazendo?

ㅡ Eu estou curtindo demais esse jantar, tanto é que no meio dele decidi entrar no banheiro e me suicidar. ㅡ eu disse, já encaixando a minha arma no coldre. Meus olhos insistiram em olhar Addison, mas eu obedeci meu senso e olhei minha mãe. Ela parecia abismada, pasmada. Eu sorri. ㅡ Vamos lá! Eu estou brincando, mamãe. ㅡ tratei de me retratar de uma vez. A última coisa que eu gostaria no momento era matar minha mãe de enfarte. ㅡ Fui usar o banheiro e arma caiu. ㅡ mentir, obviamente ela ficaria convencida.

Too Close - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora