Antes de iniciar, gostaria de agradecer às meninas que votam e comentam, quer queira, quer não... é o único incentivo que escritoras tem, então sério, se puder... comente. Sou movida realmente a esse tipo de gratificação. além disso, o capítulo de hoje terá l narrador onisciente, ok? Sem mais para o momento, agradeço a preferência.
Após algum tempo dirigindo, Carol e Natália chegaram finalmente até a mansão de Helena Aranha, enquanto Natália estava determinada e com sangue nos olhos, Carol guardava esse sentimento mix de medo, aflição e revolta. Natália tocou a campainha. Maninha atendeu sorrindo.
- Olá!
- Nós estamos aqui para conversar com Helena, ela está? - Natália não sorria, mas a urgência era palpável em suas palavras. - Carol sorria, tentando disfarçar que o assunto não seria um chá entre amigas.
- Está sim, a quem devo anunciar? - A empregada fez um gesto para que elas entrassem.
- Natália e Carol, suas amigas do cursinho de inglês! Ela vai saber. - Carol respondeu. Segurou a mão de Natália e esfregou, como se querendo demonstrar seu apoio no momento. Natália não observou o gesto, seu foco estava no que aconteceria quando Helena aparecesse. O que não demorou muito.
Descendo às escadas, elegante. Impecável em suas roupas de marca. Helena sorria, para suas amigas, obviamente intrigada pelo motivo de ter as duas ali, no sofá de sua casa.
- Meninas? A que devo a honra da presença ilustríssima de vocês? Devo confessar que fiquei surpresa quando me avisaram que vocês duas estavam aqui.
- Helena, estava separando alguns pertences de Bruno, e vi isso daqui entre as coisas dele. Logo fiquei surpresa, não lembro de ver uma aproximação significativa entre vocês.... - Helena visualizou a imagem já desbotada, mas era possível ver que se tratava dela com Bruno, sorrindo.
- Ah, Natália, Era uma festa na empresa, ele apareceu de gaiato e eu deixei ele entrar. Bebeu todas! - Ela disse, tentando disfarçar algo...
- Vocês parecem bem próximos! Jonas sabia disso?
- O que ele deveria saber? Que tinha encontrado Bruno por acaso ? - Helena respondeu subindo o tom de sua voz.
- Helena, seja sincera! Vamos! Vocês estavam tendo um caso! Você sabe como o Bruno era! Impossível sair com alguém sem ter nada rolando. - Carol falou, tentando tirar a verdade de Helena.
- Eu e Bruno? Me poupe Carol, eu não era e nunca fui otária como você foi! De se deixar levar pelo charminho barato do idiota do Bruno! Acha que ele não falava pra todo mundo o que fez com você? E mesmo te tratando como uma barata você continuava ali, cercando ele de atenção... você sempre foi uma mosca morta, não é? Carol!? - E enquanto Helena falava aqueles absurdos, Carol murchava, seus olhos claros lacrimejando, ela era incapaz de rebater o que a outra falava... o passado retornava em sua mente. Helena não estava mentindo, não sobre o que Carol era... e então a voz de Helena silênciou, abruptamente ao mesmo tempo em que um barulho se fez. Carol levantou o olhar, mesmo com lágrimas, pode ver a cena.
Natália havia silenciado Helena com um tapa, esta ainda segurando a bochecha rosada, olhou para Natália com ódio.
- Sua louca! Por que me deu um tapa?
- Cansei de escutar sua voz! Falando absurdos da Carol, Helena. Lave bem a sua boca antes de falar dela! Sua hipócrita! Você é estúpida! Sempre foi. Esses anos todos e você nunca conseguiu melhorar esse seu espírito arrogante. Carol é a melhor pessoa que eu conheço, e você com certeza não merece a amizade dela! Aliás de nenhuma de nós. Você vai ficar sozinha, escreva o que eu estou te falando.
- Oh, que lindinho a louca defendendo a esquisita!!! Que belo parzinho vocês fazem, não? - Falou debochada.
- Ah.... - Natália iria acabar com a raça de Helena, se Carol não tivesse segurado seus braços.
- Natália, não adianta continuar com essa conversa. Helena não vai admitir. Olha o nível que ela desceu pra sair do assunto principal! Vamos embora? Não estou bem... - Natália olhou para Carol, sua amiga estava tão abalada, tinha razão... não seria agora que iriam conseguir arrancar a verdade da arrogante Helena Aranha.
Natália virou -se para a dona da mansão.
- Você vai pagar bem caro por tudo o que fez, no passado e agora, entendeu?
- pegou a mão de Carol e se dirigiram para fora daquele ambiente pesado. Entraram no carro e Natália pisou fundo no acelerador. Não tinha certeza se mexer naquele vespeiro iria valer a pena, de soslaio notou que Carol limpava as lágrimas que caiam sem permissão.- Me perdoa, Carol? - Falou sem fitá-la.
- Perdoar, por quê? Não foi você que me xingou... E no final das contas, Acho que ela tem razão...
- Não Carol, nunca acredite em coisas que Helena Aranha te diga! Ela nem te conhece, não sabe o que está falando.
- Ela só estava replicando o que o Bruno deve ter dito para ela... Eu não tinha um pingo de amor próprio, Natália! Vivia mendigando um pouco de atenção dele... então, depois que ele conseguiu o que queria de mim... me descartou como uma embalagem apodrecida. - Falou sem forças. - Natália parou no acostamento, ela devia este consolo para com Carol.
- Carol - Deslizou seus dedos para limpar as marcas de lágrimas. - Bruno, Era meu irmão, eu o amava, mas isso não me impede de dizer que ele foi um idiota com você, se aproveitou que você era a pessoa mais maravilhosa do mundo e tentou acabar com seu brilho, Carol... ele nunca mereceu sua atenção e isso me deixava louca! Ele sabia disso. Se eu pudesse voltar no tempo...
Eu...
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Inefável - Narol
RomanceEnquanto tudo se desenrolava acerca da morte de Bruno, a aproximação de Natália e Carol foi inevitável, e após 25 anos, algumas verdades necessitam vir a tona.