Our Purple Season - (Hyunlix - Vampire)

Capítulo 18

Oiii!

Esse capitulo ta curtinho, mas espero que gostem!

Boa Leitura ;)

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Não entro no castelo, sigo a pé até o vilarejo sentindo o frio me bater sem me importar.

Chegando lá percebo as ruas vazias, com um ou outro vampiro perambulando, até os mendigos precisam de abrigo no frio. Entro no bar central que está agitado e barulhento, ninguém olha para mim o que é bom, apenas Ralf no balcão.

Peço uma garrafa de uísque e lhe dou um dinheiro extra. O vampiro me passa a garrafa e um copo, despejo o líquido e tomo rapidamente.

- Noite difícil? - pergunta amigável.

Sempre gostei do Ralf, ele era um dos, senão o único, vampiro decente naquele lugar.

- Quando eu penso que as coisas podem enfim melhorar... - bufo. - aqui estou eu, bebendo nesse bar fedendo a charuto e vampiros.

Ralf me dá um sorriso solidário e fica quieto por um tempo, apenas observando eu engolir o líquido amadeirado que desce queimando.

- Tobias está morto. - diz por fim.

- Eu sei. - murmuro com indiferença.

- Você matou ele?

Penso na pergunta. Eu realmente não sei se Tobias morreu depois daquele golpe que saiu pela culatra. Mas no fundo, espero que sim.

- Talvez. - digo sincero tomando outro gole.

Ralf olha ao redor como se quisesse ter certeza que ninguém estava prestando atenção em nós, então se inclina para mim e fala baixo.

- Há um boato circulando no vilarejo. Dizem que o Lord salvou um mestiço e o está abrigando. - levanto meus olhos para ele que retribui o olhar intensamente.

Nunca duvidei que Ralf soubesse o que eu sou, ele é totalmente quieto e observador, só não tinha certeza, mas parece que agora, todos sabem. Mas porque ninguém está me encarando então?

- Muitas pessoas não te conhecem, não sabem como você é, e que é você que trabalha no castelo, mas... - ele hesita. - Você sabe como os vampiros ficam com mestiços. Tenha cuidado.

- Sei me defender. - digo simples e ele me dá um sorriso de canto se endireitando.

- Sei disso, é só um conselho. - diz tranquilamente e sai quando alguém o chama pedindo outra bebida.

Fico olhando para Ralf, ele é um homem alto e magro, sua pose tranquila passa um ar confiável, mas eu não o subestimaria.

Quando ele volta para perto percebendo meu olhar, pega meu copo e coloca dois cubos de gelo.

- E você? - pergunto o fazendo me olhar. - Como você fica com a informação?

- Eu não me importo, Felix. - diz indiferente. - Se me importasse, ou tivesse medo, nunca falaria com você desta forma, falaria? Não teria te dedurado invés de te alertar?

- Tem razão, foi uma pergunta idiota, estou ficando bêbado. - digo pegando a garrafa e despejando mais líquido no copo.

- Você deveria voltar. Não esqueça de que alguns deles te conhecem. - alerta e eu dou nos ombros.