Meu problema || Miguel Cazarez Mora.

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Um dia sobre mim.

S/n estava em seu quarto desfazendo sua mala para o fim de semana quando seu pai bateu na porta do seu quarto.

- Querida ? Posso entrar? - Perguntou de forma discreta.

S/n - Pode, claro. Precisa de  alguma alguma coisa ?

- É sexta feira a noite, então pedimos pizza! O que acha ?

S/n - Pra mim está ótimo. - Já havia tomado banho e colocado seu pijama preto com estrelas brancas.

- Sua mãe, está tentando ... Posso contar com você também ?

S/n - Você sabe que pode pai.

- Estamos te esperando pra jantar, não demora! - Ao dizer isso saiu do quarto fechando a porta.

A última coisa que S/n queria era lidar com o narcisismo de sua mãe naquela noite. Respirou fundo e torceu para o jantar não se tornar um ringue de luta.

Desceu para a cozinha e foi até seus pais. Rapidamente se sentou enquanto seu pai estava colocando os pratos na mesa.

- É bom ter você em casa, como foram as provas? - Sua mãe perguntou pegando o refrigerante.

S/n - Ainda não começaram na verdade ... - Respirou fundo. - Mas e ... Sua semana no trabalho?

- Ah, a minha ? ... - Sua mãe parecia surpresa e seu pai sorrio. - Foi difícil, mas aconteceu muitas coisas com o careca do meu chefe!

S/n - Quais ? - Com isso a noite foi passando, entre assuntos peculiares como a descoberta que o chefe de sua mãe usava peruca, ou assuntos comuns como quando o papai comprou o queijo mofado e ia comer achando que era uma  iguaria.

Quando o jantar acabou eu ajudei minha mãe com a louça, meu pai estava limpando a mesa e eu estava secando os pratos que minha mãe lavava.

- Então, como andam as coisas na escola? - Minha mãe perguntou.

S/n - Tranquilas, eu gostaria de apresentar uma pessoa para vocês um dia desses.

- Eu devo me preocupar? - Meu pai se aproximou para participar da conversa.

S/n - Ele é meu namorado, e eu gostaria que vocês pudessem conhecer finalmente ele.

- Faz muito tempo? - Minha mãe perguntou.

S/n - Não mãe, pouco tempo! - Uma parte de mim não queria que ela soubesse o verdadeiro tempo. Mas a verdade é que já haviam se passado mais de meses.

- Bom, estamos ansiosos para conhecer ele! - Meu pai sorrio e me fez um carinho, aquele em que ele bagunça todos os meus fios de cabelo.

A noite acabou e eu voltei para meu quarto, nem olhei meu celular. Algo dentro de mim está ansioso, com as provas, com o Miguel, com o Tristan, mas algo mais forte. Não sei exatamente o que está acontecendo comigo, talvez eu só precise respirar.

No dia seguinte.

Eu acordei com a luz da janela batendo em meus rosto, me sentei na cama e ainda era cedo, muito cedo na verdade. Eu deveria aproveitar esse fim de semana para dormir mais, porém sei que não vou conseguir.

Olhei as horas em meu celular e me deixei cair mais uma vez. Observei em meu quarto as tantas estrelas fluorescentes que meu pai colou quando eu contei que tinha medo do escuro.

O mais engraçado é que eu sei que elas não iluminam absolutamente nada. Eu senti o cheiro de Miguel, e então me toquei que estava com o seu cheiro no moletom.