🩺Prévia

168 21 7
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Entenda, Senhor Pascal

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Entenda, Senhor Pascal.  

Aquela voz severa era a única coisa que Rafael conseguia ouvir.

- Semelhante atrai semelhante. 

Na sala completamente branca, completamente diferente daqueles presido sujo e cheio de ratos. Lá tudo descascava, tinha rachaduras e parecia estar prestes a cair. Fedia a urina e fumaça de cigarro. Era cinza e preto, molhado e imundo. Não havia sol, não havia saída! E o tilintar constante de algemas nas grades deixava qualquer um louco. 

Ali não. O ar-condicionado era frio demais e o cheiro típico do consultório de um dentista incomodava.

E aquela voz, ah, a voz fria e irreverente, era tudo o que Rafael queria ouvir.

- Deixe-me explicar em um dialeto que entenda. 

Lamber os grosso lábios por conta do frio não escondia seu menosprezo pelo paciente Doutor Vega.

- Um fodido da cabeça, apenas ficará com alguém igualmente fodido da cabeça.

Quando Rafael enfim escutou o ponteiro do relógio fazer tic, foi quando teve a certeza que não queria ouvir mais nada além da voz de Atika Vega.

- Eu posso te foder até que fique louco Doutor. 

Atika ganhou Rafael com o desviar de olhar e a quase risada descrente, já que um sorriso esnobe iluminou o rosto moreno, a risada ficou como um som de petulância.

- Bravo Senhor Pascal, sua ficha será a mais suja que terei o desprazer de preencher.

- Me da uma chance Doutor. Só quero uma. Posso te chupar, morder, amarrar o caralho a quatro que mandar eu fazer.

Atika girou o anel dourado pelo seu dedo, apoiando o cotovelo na poltrona de couro preto enquanto cruzava as pernas.

- Deveria adicionar ninfomania a sua extensa ficha? Senhor Pascal, está dificultando a coisas. 

 - Se isso é ter tu de quatro naquela mesa, pode colocar a porra que quiser.

Em um suspiro impaciente o Doutor apertou a mandíbula. - Entende que irei continuar dizendo não.

- Não ligo, só vai aumentar meu tesão.

- São sequelas de um garoto mimado que nunca ouviu um não. - Cortou Atika com o nariz enrugado. - Não pela vida, não pelos pais, mas pelo falso ideal de poder. Você não tem direito na vida de outra pessoa. 

- Tenho no que é meu.

- Pessoas não são posses.

- Mas você vai ser.

Um silêncio tomou o local.

- Tu vai ser meu Atika, pode demorar o caralho que for, o quanto essa boca possa dizer não. Tu é meu desde quando colocou essas botas nessa porra de inferno. - Rafael passou a mão por sua barba bem feita, esboçando um sorriso de canto. - E se tá aqui, vai mamar o diabo.

 - E se tá aqui, vai mamar o diabo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Doctor Morro [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora