Capítulo 3: O Dono do Morro

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Ler os prontuários e as fichas de Rafael Pascal estava sendo um verdadeiro filme de Sessão de Tarde, ao menos um que tivesse alguma ligação com Tropa de Elite ou Cidade de Deus

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Ler os prontuários e as fichas de Rafael Pascal estava sendo um verdadeiro filme de Sessão de Tarde, ao menos um que tivesse alguma ligação com Tropa de Elite ou Cidade de Deus.

Um ex-Dono de Morro com mais de vinte assassinatos confirmados. Traficante, violento, descontrolado e galinha. Ora, entrou no catalogo de qualquer filme adolescente do século 21?

Estava preso a quase um ano, iniciou no Projeto Segundas chances há dois messes e estava na solitária a quase um mês. Talvez estivesse pagando por seus crimes, que pasmem, não eram poucos e nem dignos de serem citados. 

Passou bastante tempo lendo fichas e mais fichas, assim como as pastas confidenciais que não lhe agregavam muito, mas esclareciam algumas coisas.

Estava tão focado que sua atenção apenas foi roubada quando o tilintar de correntes soaram do outro lado da porta.

- Com licença. - Pediu um dos enfermeiros ao abrir a porta.

Junto de dois homem estava Rafael Pascal, com uma cara nada boa, mas que no mesmo instante, ao levar o olhar para Atika Vega, suavizou e de um homem altamente descontrolado, restou um vira lata sem dono com aquela cara de coitadinho.

Sendo levado pelos enfermeiros para dentro do consultório de Vega, logo foi colocado sentado na poltrona, tentando achar um posição confortável e que lhe favorecesse mesmo algemado.

- Tivemos que aplicar um calmante nele. - Explicou o mais baixo dos enfermeiros. - Rafael quase quebrou o braço do Italo. 

- E soco que você levou no estomago não foi nada bonito. 

- Agradeço Senhores. - O Psicólogo lhes cortou, ajeitando os papais em sua mesa para devolver a pasta. - Podem se retirar.

Se fosse qualquer outra pessoa ali, algum desavisado talvez, os enfermeiros ficariam preocupados em deixá-lo sozinho com um de seus piores pacientes, porém, conheciam o trabalho de Atika no pouco tempo que passaram juntos, por isso, temiam mais por Rafael do que pelo Doutor.

Não demoraram para acatar a ordem, fechando a porta do consultório.

Logo o silêncio se instaurou.

Aquele clima frio fez Rafael puxar o nariz algumas vezes e o cheiro do Consultório, parecido com o de um dentista, lhe embrulhava o estomago. Pelo silêncio cortante, o som do relógio naquele maldito tic tac de ponteiro o obrigava a franzir a testa.

Mas seus olhos castanhos, carregados de olheiras, não conseguiam desviar do belo psicólogo atrás da escrivaninha. 

O observava mexer nos papeis com aquelas luvas de médico. Notava que seu cabelo tão escuro quanto a noite, parecia mais ondulado do que ontem, talvez tivesse o lavado recentemente... Estava brilhoso, então sim havia lavado. A roupa tão bem alinhada, tão bem apertado em seu corpo esbelto. A deliciosa expressão severa e os traços finos de seu rosto o deixavam viajar em pensamentos nada puritanos. Aqueles lábios pálidos e finos... Sua luz estava linda hoje.

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⏰ Última atualização: May 12 ⏰

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