2

1.3K 63 0
                                    

Assim que dou aquela chamada neles não demora muito eles vem, meu pai sentado na ponta da mesa e o Murilo do meu lado na sua cadeirinha, dou o prato pro Murilo e vou dando algumas garfadas no meu, com o clima no silêncio logo sou interrompida pelo meu pai dando uma breve tosse chamando a minha atenção.

Colméia -Eu quero te dar um papo, pensei muito tlgd- paro de comer e encaro o mesmo com uma dúvida nítida no meu rosto. -Acho melhor você ir lá pra Providência tlgd-

Dafne -Não tem como não, obrigada.- Volto minha atenção pra comida dando outra garfada e saboreando a comida.

Colméia -Você não tem escolha- Diz um pouco mais grosso.

Dafne -Tenho sim, aqui eu tô bem, não tô fazendo merda, tô vivendo de acordo como a vida vai levando-

Colméia -Dafne, não é assim não, você sabe dos perreco, nem sempre posso tá vindo aqui- Respiro fundo soltando o garfo na mesa voltando a encarar ele.

Dafne -Os perrecos são teu e não meu!! E você nunca foi de vim muito aqui desde que me entendo por gente-

Tá aí um fato, o meu pai é tudo pra mim, meu amor maior, meu tudão mesmo, mas os nossos gênios não davam muito certo, éramos idênticos a teimosia e até o lado marrento.

Colméia -Os perrecos é meu, mas quem tá no meio é você eae?-

Dafne -Se morrer é menos um na terra- Pra que eu fui falar, boca do caralho.

Colméia -É? Ótimo, se fode aí então, se tiver precisando não me procura falou?- O mesmo se levanta puto e vai saindo da cozinha e logo após escuto só o porradão da porta batendo.

Meu pai não me batia, pra evitar ele só gritava e saia de perto, mas realmente eu não tinha que me mudar pq ele queria, nunca precisei dele aí que eu digo, tá vendo pq eu sempre corri atrás de conhecimento?

Respiro fundo encarando Murilo que tá um pouco assustado.

Murilo -Mamãe, vovó vai voltar pra gente intinuar jogando?-

Dafne -Ele teve uma emergência no trabalho, teve que voltar correndo- Ele balança a cabeça concordando.

Murilo -A senhora vai jogar comigo?-

Dafne -Vou meu amor, vamos terminar de almoçar-

Voltamos a almoçar e assim que terminamos fui jogar a comida que sobrou no prato do bonito dentro de um pote pra depois dar para os cachorros de rua, lavei a louça que tinha e fui pra sala jogar com o Murilo, ficamos o restinho da tarde jogando assim que o sol abaixou decidimos ir na praia levar comida pro cachorro.

Ele sempre foi muito apegado a bicho e na orla da praia ficava dois cachorros que ele amava o Raio e a Pérola os dois vira lata, mas sabe aqueles vira lata bonito, todo mundo até amava eles só não pegavam pra cuidar e por já saberem que eles são os favoritos de Murilo.

Chegamos na orla assim que nos aproximamos do quiosque que eles ficavam deitados esperando a gente logo eles levantaram felizes e foram pra cima do Murilo, boto o pote num cantinho eles vão lá comer a comidinha deles e depois voltavam a brincar com o Murilo entre a areia da praia e a calçada.

Thalia -Eae boneca, tá sumida ein- Diz uma atendente do quiosque que por incrível que pareça fiz amizade.

Dafne -Oi meu amor, é a correria, sem tempo pra vim aqui-

Thalia -Iih menina, esses bichos tavam numa tristeza sem ver Murilo e você que mds, pareciam que ia tudo morrer.-

Dafne -Bicho é sentimental, tem dessas, prometo parar de sumir kkk- ficamos ali jogando conversa fora vez ou outra ela ia atender as outras mesas e voltava com as fofocas dela.

Por um tempo vejo Murilo vim correndo com os cachorros logo atrás e todo ofegante suado abessa.

Murilo -Mamãe, mamãe, vamos levar eles pra casa quando? Conversei com eles e eles pediram pra ir pra casa-

Dafne -Meu amor, sabe que lá em casa não dá- Digo passando a toalhinha dele no rosto.

Murilo -Dá sim mamãe, eu arrumo o meu quartinho pra eles- solto uma risada.

Dafne -Você arrumaria o quarto mesmo? Se você arrumar eu posso pensar, pode ser?-

Murilo -Fechado mamãe-

Thalia -E você ein, vai falar com a dindinha não?-

Murilo -Dindinhaaaaaa- Ao ver ela foi uma alegria pulou abraçando as pernas dela e tudo.

Thalia -Oi meu amor, como você tá?-

Murilo -Bem e a senhora?-

Thalia -To bem meu amor, como tá indo a escola?-

Murilo -Ta indo bem, tô ganhando só nota boa-

Thalia -Isso aí, gosto assim-

Murilo -Dindinha, vai me levar pra sua casa quando?-

Thalia -Quando a sua mãezinha deixar meu amor e eu pegar folga-

Murilo -Deixa mamãe, deixa?-

Dafne -Eu vou pensar, até esse final de semana, ok?-

Os dois balançam a cabeça concordando e voltam o papo entre eles. Thalia conheci quando tava grávida do Murilo, foi uma doida que entrou na minha vida e eu amei ter conhecido, ela mora na Providência, nunca contei sobre o meu pai até pq não sabemos se pode ou não, só digo que não conheço e pronto. Ela é mó do corre dela, sempre fez sem pisar em ninguém, claro que ela quer crescer mais, só que depende do sistema e dos seres humanos né? Uma negra da favela tem chance aonde? Graças a Deus o dono do quiosque é gente boa, fechamento mesmo eu que indiquei ela e ela tá como gerente e atendente quando falta alguém.

Após um tempo batendo maior papo vou me despedindo dela pois já tava dando a nossa hora e volto pro nosso prédio, chegando lá já dou um banho no Murilo pra tirar o suor e o fedor, deixo ele limpinho pra dormir boto o pijama dele do homem aranha e deixo na sala vendo televisão, tomo o meu banho visto a minha camisola passo o meu perfume e por fim o meu hidratante.

Dafne -Murilo- Chamo ele e não demora muito ele aparece.

Murilo -Oi mamãe-

Dafne -Quer fazer limpeza no rosto?-

Murilo -Claro que eu quero mamãe- Diz todo empolgado pego a cadeira que fica no banheiro pra da altura pra ele na pia e no espelho pego ele no colo botando ele ali e vou lavando o rosto dele logo após passo os produtos com cuidado massageando, faço o mesmo no meu rosto e tiro uma foto nossa com a máscara no rosto, aproveito e postou no twitter.

                                   📸

                        @DafxMumu
                    Skincare com o gato

Cor Do Pecado [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora