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Assim que consegui entrar começou duas carcereiras a me revistarem, tiraram tudo da minha bolsa, pediram pra abaixar a minha legging e até tirar a blusa, realmente é revoltante pra uma mãe, esposa e filha passarem por isso, tadinha da minha vó passar por isso e agora tadinha de mim.

Não demora muito sou liberada pq não tava com comida nem nada, aí passo pra outra sala assim que me chamam já me aproximo do guichê.

Carcereiro -Nome, sobrenome e o nome do detento- Fala o homem com a voz alta meio rouca.

Dafne -Dafne Sampaio, vim visitar o Chapeleiro.-

Carcereiro -Esse Chapeleiro tem muita amante ein, cada semana é uma diferente- Diz pra um outra carcereiro que estava na porta. -Pode ir-

Vou saindo dali pegando a minha bolsa e passo por outra porta que da visão a um pátio grande com vários detentos e suas famílias, respiro fundo mantendo a postura e o olhar frio de sempre, vou caminhando procurando o infeliz do meu pai e de longe encontro ele abraçando aquela maluca chamada Marisa, momento lindo, mas ele não merecia momento nenhum lindo.

Me aproximo da mesa dos dois e dou uma leve tosse atrapalhando o clima do casal que logo Marisa me encara estranha e o meu pai surpreso.

Marisa -Quem é ela Colméia?- Já veio querendo se alterar, arqueio a minha sobrancelha pra ele esperando ele falar.

Colméia -Marisa senta aí e fala baixo-

Marisa -Não quero saber, quem é ela???-

Dafne -Fala logo, eu tenho um filho pra cuidar e pouco tempo pra te falar tudo-

Colméia -Cala a boca Dafne, Marisa porra senta!!-

Marisa -Não acredito q você chamou amante aqui e ela com papo de que veio ver o pai dela- Respiro fundo vendo a situação e o meu pai sem saber o que fazer.

Dafne -Senta aí que você vai saber da minha boca a verdade, se quiser acreditar gata, se não quiser não me importo.- Marisa puta me dá uma encarada que até tentou intimidar mas não conseguiu e logo senta encarando o meu pai. -Não tô aqui pra estragar o casal, até pq eu já sabia da sua existência, e sim eu sou filha desse cara aqui e se puder marca 30 minutos no cantinho pq eu preciso conversar sério com ele.-

Ela com um pouco de receio encarando ele levantou da mesa e se afastou um pouco dando uma caminhada por ali.

Colméia -Ta fazendo o que aqui?- diz puto

Dafne -Você estragou minha vida não foi? E cá estou eu-

Colméia -Fala logo o que você quer? Já não tá seguindo a risca do que eu mandei, tão no meu pé e você não tá fazendo porra nenhuma-

Dafne -Por um bom motivo né? Mas tô aqui pra resolver isso, arruma uma casa lá pra mim que eu vou fazer logo esses teus bglh, mas escuta só quando você sair daqui me esquece.-

Colméia -Você é a minha filha não se esqueça disso-

Dafne -Você escolheu perder a sua filha, não se esqueça disso! Enfim tenha um ótimo fim de visita- Ele ia falar, mas logo me levanto e vou saindo dali passo pela Marisa avisando q já pode voltar.

Peço pra ir embora pq não tô muito bem, os policiais lá me liberam e vou encontrando aquela rua deserta só com uma mulher que vende café ali, já vou logo pedindo o meu Uber e vejo pela notificação uma mensagem da Thalia avisando que vai pra casa dela e vai levar o Murilo, digo que tudo bem q logo passo lá, não demora muito e meu Uber chega indo pro destino que é a Providência.

Após um tempo chega no meu destino o Uber como sempre para um pouco distante da barreira, pago ele e desço indo em direção a barreira onde de lá já encontrou Russo e os outros meninos que me barraram.

Farelo -Iihh ala a encrenca- Todos que riam logo ficam sério e eu encaro somente o Russo que evita me encarar.

Dafne -Russo preciso falar com você-

Russo -Não tenho nada pra conversar com você-

Dafne -Te espero lá na boca- Passo pelos meninos logo Russo segura o meu braço me travando e encaro ele olhando de cima a baixo.

Russo -Muito mimadinha ein, teu lugar não é aqui não- Me empurra pro lado oposto do morro.

Dafne -Porra, vocês tem essa mania chata de segurar a pessoa, empurrar né? Pqp- Passo por ele novamente evitando que ele me encoste e vou subindo até um moto taxista que me leva até a boca.

Chegando lá pago ele, agradeço e vou andando até a boca encontrando alguns homens por ali vendendo drogas, vou entrando na casinha e vou direto pra sala do Russo assim que abro a porta encontro uma mulher sentada na mesa nua.

Xxx -Quem é você? Tá fazendo o que aqui??- Ela se levanta vindo em minha direção. -O que você tá fazendo na sala do meu marido????- Já começa a gritar, povo escandaloso.

Dafne -Eu vou te dar 5 segundos pra se vestir e sair dessa sala por bem, não faça eu perder a cabeça e tirar você daqui por mal- Passo por ela indo até a cadeira, me sento pego o meu cigarro da bolsa juntamente com o isqueiro  e acendo ele encarando a mina.

Xxx -Você que vai sair daqui, chegou agora sua piranha e já quer roubar meu marido- Com a expressão mais calma do mundo continuo encarando ela, quando eu ia responder a porta é aberta e o Russo entra.

Russo -Que isso Raquel?-

Raquel -Você tá me traindo amor?-

Russo -Para de me chamar assim, sua maluca, mete o pé daqui-

Raquel -Pq você tá mudado assim?? Por causa dessa puta?- Suspiro fundo e me levanto da cadeira.

Dafne -Já passou de 5 segundos e você ainda tá aqui- Vou saindo de trás da mesa pegando ela pelos cabelos sem me importar muito com o escândalo, boto meu cigarro na boca pra segurar pego suas roupas boto nos braços dela e vou levando ela até a porta, assim que abro a porta jogo ela pelo corredor e por fim fecho trancando, volto pra cadeira onde estava e dou um trago no cigarro.

Russo -Fala logo o que tu quer-

Dafne -Você precisa de mim pra não morrer e eu vou precisar de vocês pra me proteger, eu fico por enquanto, porém quem faz as regras sou eu!- Ele solta uma gargalhada que arrepia até os cabelos do cu mas mantenho a postura.

Russo -Não preciso de você, o seu pai precisa-

Dafne -O seu morro precisa, se não precisasse ninguém iria me perturbar-

Russo -Já até parei de te perturbar, aproveita o resto de vida que tem ainda, logo você morre-

Dafne -Se eu morrer você vai junto-

Russo -Ai que engraçadinha, me ameaçando- Mantendo a feição séria ainda observando os movimentos dele. -Então tá bom, pela madrugada teremos reunião com todas as favelas que nós tem união, vá arrumada, eu te busco-

Dafne -Otimo, preciso de uma casa aqui!-

Russo -Colméia já deu o papo, já arrumei se quiser ir lá- Ele tira uma chave do bolso da bermuda e joga na mesa pego a mesma e volto a encarar ele.

Dafne -No horário de almoço eu vou lá, por agora quero que você me ensine tudo, não quero falhar-

Russo -Você já falhou desde que foi escolhida!-

Cor Do Pecado [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora