39. Nesta vida ou na próxima

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O solo retumbava sob os cascos dos cavalos, cada passo levantando areia, pedras e grama, criando um rastro de terra em seu caminho. O brado dos combatentes, uma sinfonia de homens e mulheres, ecoava pelos ares, competindo com os tiros, tintilar do metal e estrondo dos canhões de artilharia que desferiam sua fúria.

Sob o sol, impiedoso, que banhava o campo de batalha, refletindo nas armas e uniformes dos soldados que se lançavam uns contra os outros, deixando em seu caminho apenas carne moribunda e corpos.

À frente, o castelo imperial se erguia majestoso, imponente como um titã de pedra, lançando sua sombra soberana sobre os Tarasks, envoltos em mantos rubros, alinhados como uma muralha viva contra a investida da OCS.

Longe da arena da batalha, tempos depois testemunhas do conflito viriam a descrever o embate como uma dança macabra entre sangue e sombra, guiado por estandartes que ondulavam ao sopro do vento, ecoando os gritos corajosos daqueles soldados destemidos. .

"Avancem! Quebre essas malditas defesas!", bradou uma voz, perdida entre o tumulto da batalha.

Lilith, montada em seu cavalo, avançava com selvageria contra as fileiras imperiais, despedaçando suas defesas com a precisão de sua espada longa. Seu rosto, contorcido pela raiva, refletia a determinação indomável do seu espírito, enquanto ela brandia seu aço contra os inimigos, que ofereciam pouca resistência à sua investida avassaladora.

O grupo recuava diante de sua fúria, enquanto alguns mais corajosos, tentavam dar tempo a seus companheiros cercando a Tenente-Coronel, apenas para encontrar-se com a ponta de sua espada. Enfrentando três ou quatro oponentes de uma só vez, ela retalhava e parava cada golpe com maestria, aniquilando aqueles que ousavam desafiá-la.

À direita da Tenente, Dora encarava um oficial robusto, enfrentando-o com agilidade e destreza enquanto balas e lâminas se cruzavam ao seu redor. Com sorte ou habilidade, ela esquivava-se das balas que zumbiam em sua direção, permanecendo ilesa, cercada por outros soldados da OCS que, juntos, combatiam os Tarasks, derrubando alguns e caindo em batalha em outras ocasiões.

"Para o lado esquerdo! Eu os mantenho ocupados, não recuem!", bradou, sua voz sobrepondo-se ao tumulto ensurdecedor da guerra.

Por toda parte, o som metálico de espadas e o estampido de mosquetes ecoavam pelo campo de batalha, misturando-se ao gemido dos feridos.

Os comandantes imperiais, em constante movimento, reorganizavam suas linhas defensivas, lutando para conter a investida da OCS enquanto buscavam uma oportunidade estratégica para contra-atacar. Seus olhos fixavam-se especialmente na Capitã e na General, os alvos principais que se mortas ou capturadas, certamente poriam fim a batalha.

Homens e mulheres avançavam contra as tropas inimigas sem hesitação, enfrentando lâminas e balas ou sendo esmagados pela horda que forçava passagem. Nem mesmo os animais eram poupados, tornando-se alvos para derrubar inimigos em meio ao caos.

Do lado oeste do campo, Suzanne e Vincent lutavam lado a lado, protegendo-se mutuamente. Ela superava suas próprias limitações de idade e habilidade, utilizando décadas de treinamento militar, enquanto ele confiava em sua agilidade e força para manter sua posição.

"Avancem, não podemos ser cercados!", gritou Suzanne, sua voz tensa e cansada.

A todo momento a OCS buscava romper as linhas defensivas inimigas para alcançar o castelo, onde o Imperador Adrian e a General Reya permaneciam, inexplicavelmente, protegidos. No entanto, o exército imperial estava ciente de suas intenções e havia preparado uma linha defensiva especial, equipada com canhões e escopetas, frustrando com maestria qualquer avanço de daqueles que ousasse se aproximar demais.

A coroa de espinhos (A Warrior Nun fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora