capitulo 14

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Margarida Dias

Eu vou acabar com ela!- quando eu oiço isto arregalo os olhos.

Fazendo um ponto da situação, o meu último namoro não correu bem. Era um jogador do Estoril. Uma noite estava muito bem em casa quando recebo uma foto de ele a comer outra gaja. Tive uma crise de ansiedade e bloquei-o em tudo o que era sítio. Nessa mesma noite ele foi lá a casa. Bateu insistentemente à porta e eu então fui, em lágrimas, abrir. Ele cheirava a bebida e logo tentou agarrar me e fazer coisas comigo. Assediou me. Nunca mais me esqueço desse dia. Nunca mais confio num homem.

—Quaresma... não.- eu disse afastando me dele.— Eu não consigo fazer isto depois do que me aconteceu, desculpa. Tu não deves acabar com a Filipa por minha culpa!- eu disse.

—Magui... eu não sou como ele!- ele insistiu.

—Eu percebo que não! Mas tens de entender o meu lado... depois de tudo o que me fizeste, nos não passamos de meros inimigos!- eu esclareci com uma dor no coração.

Vi o mesmo desiludido.

—Podemos sempre tentar amizade...- eu sussurrei.

—Sendo assim, acho que fico orgulhoso em poder tornar-me teu amigo!!- ele disse e abraçamo-nos.

Eduardo Quaresma

Vou admitir, doeu me ouvir as palavras da Margarida. Eu sabia do passado dela e sabia que ela não confiava muito nas pessoas depois do ex dela. Também sei que traí completamente a sua confiança ao dizer levar aquelas coisas todas. Eu não a culpo.

Depois de nos abraçarmos voltei para baixo, pois de certeza que já toda a gente estava a desconfiar.

—Onde é que andaste?- a Filipa perguntou me.—Estive à tua procura à imenso tempo!!

—Desculpa, fui arejar, mas aqui estou eu!!- eu disse e ela sorriu. Não era aquele sorriso que me deixava louco. O que me deixava louco estava fechado num quarto lá em cima.


[...]


Passou se um bocado de tempo e depois a Filipa foi se embora. Não falei com ela sobre nada do que tinha acontecido.

—Meu! O que é que se passa convosco?- perguntou me o Dani.

—Nada! Eu e a filipa estamos normais!!- eu respondi.

—Eu não estava a falar dela! Estava a falar da Magui. Eu reparei que tu desapareceste exatamente quando ela se foi embora da mesa.

—Não se passa nada! Se se passasse eu dizia te mano!- menti lhe.

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Dias se passaram e a minha relação com a Margarida foi fluindo. Estávamos a ficar inseparáveis! Mas como amigos.

—Edu!- ouvi a mesma a dizer o meu nome do outro lado da linha.

—Magui.

—Estás no treino?

—Sim! Então?- eu perguntei curioso.

—Posso ir aí ter?- ela perguntou.

—Claro!! Anda.

Fiquei feliz por ela ir lá ao treino. Corriam sempre melhor quando ela os observava.

Estávamos no intervalo, e eu falava com o Trincao quando de repente vejo a loira nas bancadas com a Carol. Rapidamente fui até ela, que me deu um abraço reconfortante.

—Que tal pirralha?- eu perguntei gozando consigo.

—Eiiiii!- ela respondeu irritada e bateu me no braço. Dei lhe um beijo no topo da cabeça.

Margarida Dias

Onde eu me sentia mais segura agora, era nos braços do Edu. Penso que o meu eu do passado nunca iria acreditar em mim própria neste momento.

Quando o intervalo deles acabou ele teve de voltar para o treino.

O treino já tinha acabado e eu fui esperá-los aos balneários. O primeiro a sair foi o meu melhor amigo Viktor.

—Boneca!- ele veio dar me um abraço.

—Gordooooooooo!- agarrei o e ele bateu me com pouca força pelo apelido que lhe tinha dado.

—Vamos à praia à tarde ok?- ele perguntou e eu assenti. Despediu se então de mim com um beijo na testa.

O Edu nunca mais saía então eu decidi bater a porta para ver o que se estava a passar.

Bati e ninguém respondeu, por isso decidi entrar, dado que só faltava ele.

-És pior que uma gaja caralho- eu disse e quando ponho os olhos em cima do seu peito nu com um corte calo me.—Estas bem?

—Foi só um arranhão no peito!- ele respondeu calmamente e eu aproximei me de si para ver melhor.

Toquei com as minhas mãos quentes à volta do seu abdominal.

—Dói te?- perguntei lhe quase em cima de si.

—Um pouco!- Ele disse calmamente.

—Edu, como é que foste fazer isso...?- eu perguntei preocupada.

—Nem eu sei Magui! Mas a sério! Isto não é nada demais, não te preocupes.

Rapidamente pressionei um pouco a ferida e vi o rapaz contorcer se de dores.

—FODASSE!- ele gritou e bateu me na mão.

—Como eu calculei, isso não está bom. A tua sorte é que tens aqui uma estudante de medicina à tua frente!- eu disse e ele acabou por soltar uma risada.— Vou só buscar compressas e pomada ok?— eu perguntei e ele assentiu.

Quando voltei, desinfetei a sua ferida e coloquei uma pomada e umas compressas juntamente com fita adesiva.

—Prontinho!- eu disse quando acabei e dei lhe um beijo no local.

—Obrigado Magui!- ele disse me beijocando a minha orelha.

—Obrigada nada! Vais me dar boleia para casa agora!!— eu disse e ele riu se.

—Já sabes que eu te dava de qualquer maneira!!- disse vestindo a sua sweat.

Caminhamos então até ao carro. No caminho ele colocou o seu braço por cima do meu pescoço e foi me dando beijinhos.

Aquilo ia começar a afetar-me. Eu não queria apaixonar de novo, mas ia ser difícil.

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Alô!! Não revi porque não tive tempo, por isso desculpem qualquer erro. Desculpem não ter postado ontem!!

Digam me o que estão a achar e votem muito por favor!!

Um beijo muito grande 💚

Enemies to lovers- Eduardo Quaresma Onde histórias criam vida. Descubra agora