Capítulo 24

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Margarida Dias

Bom, como já devem ter adivinhado, Viktor 2, Quaresma 0. Mas eu não estava preocupada. Eu só queria mesmo que ele me deixasse em paz, é que deixasse de partir me o coração em mil pedaços. Nessa noite como já referi dormi com o Pote e com o Viktor. Foram quem esteve mais la para mim, juntamente com a minha melhor amiga Carol, é claro.

—Bom dia princesa, como estás?- o Viktor afastou os seus braços da minha cintura, enquanto que estávamos deitados ao perceber que eu já estava acordada.

—Eu não estou bem Gyo...- eu respondi sinceramente. Não ia fingir simplesmente que estava bem à frente dos meus melhores amigos, sabendo que eles me conheciam melhor que ninguém é iam descobrir que eu lhes estava a mentir.

—Sabes o que é que isso é?- perguntou o pote entrando na conversa depois de se levantar da cama.

—O quê Pote?- eu ri desanimada.

—É fome!- ele disse e eu e o viktor rimos.

—Pote, tu só estás a dizer isso porque TU estás com fome HAHAHAH- eu disse soltando a primeira gargalhada sincera daquele dia.

—Vá, vamos comer.- o Viktor disse e ambos assentimos.

Fomos vestir-nos e eu coloquei uma roupa confortável, uma vez que íamos ter uma longa viagem de avião.

Este era o meu outfit

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Este era o meu outfit. Fiz uma make básica para tentar esconder o inchaço dos olhos do choro de ontem à noite.

Quando chegámos ao sítio do pequeno almoço estavam já la todos. Provavelmente já sabiam todos, uma vez que ficaram a olhar para mim com uma cara super estranha.

—Estao a olhar para onde caralho?- eu perguntei irritada.

O Quaresma baixou a cabeça, juntamente com todos da equipa. Passei entre eles e fui para uma mesa com o Pote e com o Gyo. Com aquilo tudo perdi a fome, por isso não comi nada. Quando eles os dois se apercebem que eu não estou a comer nada, começam a chatear se comigo. Sim, eu estava melhor do meu distúrbio alimentar, mas quando tinha recaídas não era nada bom.

—Magui, vais comer sim!- o Gyo dizia e eu negava com a cabeça.

—Eu vou te buscar um pão e um bocado que manteiga e fiambre!- disse o pote.

—Voces já sabem o que é que vai acontecer. Eu até posso comer isso, mas no momento a seguir vou vomitar tudo! Mais vale não desperdiçar comida.- eu disse e eles torceram a sobrancelha.

—Podes não comer agora, mas vais levar comida para comeres no voo e estou a avisar-te: se não quiseres comer no avião vai à força mesmo!- o Viktor avisou e eu assenti.

Fomos arrumar tudo nos quartos para ir para o aeroporto, e assim regressar a Portugal. Havia apenas um pequeno grande problema. Eu estava a viver na mesma casa que o Edu. Eu não sabia já o que fazer. Senti os seus olhares sobre mim durante toda a manhã, e eu não conseguia estar ali. Olhar para ele partia me o coração. Como é que ele fez e disse uma coisa destas? Dei por mim e já estava encharcada em lágrimas de novo, mas desta vez estávamos no avião e o Viktor e o Pote abraçavam me. Fui no meio dos dois, e eles apoiaram me muito durante este tempo todo. Eram os melhores amigos que eu podia pedir.



[...]



Chegámos finalmente a Portugal.

Quando eu me estava a despedir dos meus amigos para apanhar um Uber, o Viktor trava me.

—Vais continuar a viver com eles?- ele perguntou me.

—Sim, eu paguei a renda e não tenho outro sítio para onde ir. A solução é tentar fazer a minha rotina sem me cruzar com o Quaresma, o que vai ser difícil. Eu não consigo olhar para a cara dele Gyo....- eu desabafei de novo.

—E se fosses para a minha casa?- o mais alto perguntou.

— Eu não quero ser um incómodo.- afirmei.

—Tu sabes que não és um incómodo! És a minha melhor amiga, e eu não podia pedir mais do que estar a viver contigo!- sorriu me e eu abracei o.

—Adoro te muito Gyo! Eu vou buscar algumas coisas a casa, de Uber, e depois vou ter contigo a tua casa pode ser?- eu perguntei e o loiro assentiu.


[...]



Cheguei a casa, paguei ao homem do Uber e agora estava a rodar o Porta chaves na porta. Esta não estava trancada, logo já la estava alguém.

Decidi não fazer barulho, pois se fosse o Quaresma eu não me queria cruzar com ele.

Fui até ao meu quarto e fiz uma mala com tudo o necessário: pijamas, sweats, calças, camisolas, etc. Oiço batidas na porta do quarto.

—Ja podemos falar?- ouvi o moreno de caracóis a entrar no meu quarto.

—Nem agora nem nunca! Esquece me caralho!- Eu virei me para ele irritada e comecei a encaminhar me com a mala para a porta do quarto.

Fui impedida de sair por uns braços bem mais fortes do que eu.

—Vais para onde?- ele perguntou.

—Nao te interessa!- eu respondi lhe irritada e logo me soltei do seu aperto.

Suspirei, sai de casa de novo em lágrimas e fui para a casa do Viktor.

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Alô !!!! Mais um capítulo, desta vez mais pequeno mas é porque estou cheia de sono ahahah

Votem muito (clicar na estrela) e digam me o que estão a achar.

Um beijinho grande 💚

Enemies to lovers- Eduardo Quaresma Onde histórias criam vida. Descubra agora