Aconchegado

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Aqui esta! espero que gostem, eu me dediquei bastante!

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A noite chegou mansa e com um ar suspeito, embora todos tivessem decidido ignorar. O fato de Wangsan e Jin Ling terem feito as pazes ao ponto de voltaram quietos e, mesmo sentando longe um do outro, manterem a calma, ajudou os adultos a suspirar de alivio e deixar o tempo rolar. O temperamento forte do ômega era o suficiente por um dia.

Claro que o jovem casal adorou esse fato e fizeram bom uso de todas as artimanhas que conheciam para despista-los e quando todos dormiram colocaram o plano em ação. A janela de fato estava aberta e Jin Ling com muito cuidado entrou, sem muita cerimonia, arrancando os sapatos e se enfiando debaixo das cobertas. As velas estavam apagadas e só a luz da lua entrava no quarto.

Wangsan, que olhava os movimentos com ansiedade, não tardou em acolhe-lo em seus braços quando seu lençol foi levantado. Os primeiros segundos após os corpos estarem unidos eles utilizaram para trocar olhares e algumas caricias superficiais. Apenas aproveitando a adrenalina de estarem fazendo algo escondido e errado, embora não fosse tanto assim. O jovem ômega foi o primeiro a permitir que seus feromônios chegassem ao alfa, causando uma sensação de conforto e euforia. Jin Ling quase não foi capaz de esconder sua excitação com o convite imediato, mas se conteve como pôde, aproveitando aquele inicio mais calmo.

Precisava lembrar sempre o que aconteceu anos atrás, não querendo repetir nenhuma lembrança ruim, nem remeter o menor ao passado com movimentos bruscos. Podia ter superado, mas não esquecido, era preciso ser paciente.

Bom, ele estava sendo. Acariciou seu rosto com delicadeza, esfregando os pontos que sabia fazer Wangsan suspirar relaxado, ainda encontrando as mesmas características do jovem ômega que conhecia a tanto tempo. Desejou que não tivesse feito nada e assim, talvez, eles já estivessem casados e esperando o primeiro filho.

Esse pensamento o fez rir suavemente e Wangsan perguntar o que estava acontecendo.

- Um bebê - falou com carinho - Colocar um pontinho vermelho aqui - colocou o polegar entre as sobrancelhas do menor - Acho que dois seria um bom numero, não?

- Só dois?

- Você quer mais?

- Mamã conseguiu ter 4 - pontuou - Teria mais, se não fosse a bruxa... Digo...

- Não precisa se desculpar, eu sei que minha avó não foi um anjo - interviu, não querendo que ele se conte-se só pela associação parental que tinham - Tem certeza? - voltou ao assunto anterior.

- Sim, oras!

O alfa riu um pouco. Sabia que ele mudaria de opinião rapidinho assim que sentisse as dores do parto. Ou talvez não, considerando de quem era filho, era bem provável que fosse resistente o suficiente para ter mais. Levou as possibilidades em mente, prometendo não insistir em ter um segundo se o menor não quisesse mais. Só esperava que o primeiro fosse alfa, já que era um prerrequisito para suceder, infelizmente em Laling ainda era assim.

Enquanto divagava sobre sua provável vida futura, não percebeu que seus olhos descansaram mirando os lábios vermelhos entreabertos. Só notou quando a língua atrevida de Wangsan passou pelos lábios o convidando. Encarou os dourados, pedindo permissão e quando concedido, não tardou em beija-lo. O mover desajeitado pela posição, foi ganhando intensidade a medida que seu corpo ia subindo mais e mais no ômega que estava mole debaixo de si.

Sorriu ao notar a pontinha branca da fita que amarrava os cabelos de Wangsan e levemente enterrou suas mãos no rabo de cavalo e a puxou. Ele teimava em não usar na testa como um Lan, mas ela ainda tinha o mesmo significado e só podia ser mexida pelos pais ou o parceiro. 

Até se fosse mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora