Acordei em um lugar desconhecido, a escuridão envolvendo-me como um manto gélido. Minha mente ainda turva lutava para entender o que estava acontecendo, enquanto meus sentidos se ajustavam lentamente à realidade opressiva ao meu redor. Olhei ao redor e vi apenas um quarto organizado, sem janelas, com uma única porta de madeira como a única saída visível. Meu coração batia descompassado, e memórias fragmentadas dançavam em minha mente, evocando um medo crescente.
Passos do outro lado da porta ecoavam como o ritmo de um tambor em minha mente, anunciando a chegada de alguém cujo rosto permanecia oculto. Meus músculos se contraíram, tensos, enquanto aguardava, temendo o que estava por vir. A porta se abriu lentamente, revelando uma figura alta e misteriosa, adornada por uma máscara que ocultava sua face. Seus olhos profundos, como a própria noite, encaravam-me com uma intensidade penetrante.
— Vejo que já acordou. - sua voz, distorcida pela máscara, ressoou no ar, carregada de um tom de diversão macabra que enviou arrepios pela minha espinha.
— Quem é você? - minha voz saiu trêmula, mal conseguindo romper o silêncio opressivo que pairava no ar, meus olhos fixos nos dele em busca de respostas que pareciam escapar-me.
— Sem perguntas por agora, pequena. - sua resposta foi enigmática, enquanto se aproximava de mim, entregando-me um prato de comida. Seu toque era quente, reconfortante, mas também carregava um aviso silencioso que me fazia estremecer. — Apenas coma. Não há razão para temer, desde que obedeça.
Ele se afastou, deixando-me sozinha com minha refeição e com meus pensamentos tumultuados. Seus passos se desvaneceram, mas sua presença ainda ecoava na sala, como uma sombra inquietante.
Minha hesitação cedeu ao chamado da minha fome voraz, e eu me entreguei à comida, saboreando cada bocado enquanto minha mente travava uma batalha interna entre o medo e a necessidade de sobrevivência.
— Sou um ótimo cozinheiro, não acha? - Sua voz, repentinamente presente, me surpreendeu, revelando sua proximidade. Ele estava ali, observando-me o tempo todo. Uma sensação desconcertante de vulnerabilidade me envolveu enquanto desviei o olhar do dele.
Uma risada ressoou no ar, uma risada que parecia brotar das sombras, mas ao mesmo tempo, uma risada que vinha direto dos raios de sol após uma terrível tempestade.
— Você está sendo educada, gosto disso. Deixarei você fazer uma pergunta.
— Quem é você? - minha voz, embora fraca, exigia uma resposta para a escuridão que me envolvia.
— Pode me chamar de Lyam. - sua resposta foi simples, mas carregada de significado oculto que deixou minha mente cheia de perguntas.
— Por que você me sequestrou? - as palavras escaparam de meus lábios, buscando desvendar o enigma que era este homem misterioso.
— Eu disse apenas uma pergunta. - sua voz, calma e inabalável, cortou minha tentativa de compreensão. Ele se afastou, deixando-me sozinha com minhas dúvidas e com a porta entreaberta, uma promessa silenciosa de liberdade distante que parecia cada vez mais inalcançável.
Respiro fundo, tentando controlar a avalanche de emoções que se agita dentro de mim enquanto observo a figura misteriosa se afastar. Com um misto de curiosidade e apreensão, levanto da cama e caminho até a porta entreaberta, decido explorar mais esse lugar estranho que agora é minha prisão, pelo menos por enquanto.
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𝑀𝑎𝑠𝑘 𝑀𝑎𝑛 - 𝑘𝑟𝑣𝑚𝑎𝑠𝑘
Fanfiction+18 Em um conto de paixão perigosa e desejo obsessivo, "Mask Man" onde a protagonista se vê presa em um jogo macabro de gato e rato, onde cada movimento é um passo mais profundo na escuridão da obsessão. Entre os suspiros de medo e os suspiros de de...