𝐴𝑃𝐸𝑁𝐴𝑆 𝑈𝑀𝐴 𝐹𝐴𝑅𝑆𝐴 - 𝐴𝑛𝑑𝑦 𝐺𝑜𝑙𝑑𝑓𝑎𝑟𝑏

19

O inverno estava chegando ao seu fim, logo a primavera tomaria o lugar, ótimo para eu usar roupas com mais cores.

Andy e eu estávamos andando pela cidade. O braço do garoto estava em volta do meu ombro e o em volta de sua cintura. As pessoas passavam olhando para nós de um jeito encantado, até um casal de velhinhas nos parou falando que erramos um casal muito bonito.

- Eu to te devendo um par de alianças né? - o garoto disse do nada, o olhei surpresa - O que? É verdade! - ele sorri -

- Andy - lhe chamei - sabe que não precisa, não tenho necessidade de mostrar o nosso relacionamento para as pessoas. - parei andar, tinha um lago bem grande a nossa frente -

- Eu sei - ele acaricia a minha bochecha - mas eu quero Morango, quero mostrar a todos que é somente minha! - seu tom possesivo me fez rir -

- Tá bom, Sr. Goldfarb, vamos comprar alianças. Eu vou te ajudar a escolher! - o garoto concordou rindo, seguimos até uma joalheria próxima -

(...)

Quando eu era pequena, tia Beatrice disse algo bem interessante: "Um dia descobrira a verdade, Iris, uma verdade sombria, mas necessária." Eu nunca entendi essa frase dela, mas agora, sentada no chão da cozinha da casa de Atlas, ao lado dele, com Celine parada na nossa frente, eu entendo.

- Não, não pode ser, eu não admito! - grito desesperada - Por que? Me explique agora! - grito para a mulher enquanto derramava lagrimas -

- Iris, sei que parece improvável, mas é a verdade. - ela deu uma pausa, seu rosto também molhado, Atlas estava quieto - Durante toda a minha gravidez, eu senti que não era apenas um bebê, - eu murmura a palavra "não" repetidamente - mas Gabi dizia que era coisa da minha cabeça, ela tinha acabado de ter Lydia, mas me dizia que estava gravida de novo, e que o bebê nasceria mais ou menos na mesma data que o meu. Eu achava aquilo inacreditável, mais deixava passar. Eu não queria saber o sexo do bebê o qualquer coisa do tipo, toda vez que eu ia ao medico, pedia a ele que não me contasse nada, apenas se o bebê estava bem. - outra pausa, olhei para Atlas ainda atordoada, ele me olhou também, seus olhos vermelhos pelo choro, ele segurou minha mão - Quando eu tive Atlas, desmaiei, não tinha ninguém me acompanhando, meu marido estava em uma viajem não conseguiu chegar a tempo, e Gabi disse que também estava em trabalho de parto. - ela se sentou no chão - Quando acordei, o medico que cuidou do meu parto, disse que havia tido apenas um bebê, aquilo me quebrou por dentro. Eu fiquei tão abalada, queria que tudo sumisse. Quando meu marido chegou, disse a ele que queria mudar de cidade, que não suportaria continuar ali, nem eu mesma sabia o por que, - ela rio de lado - mas ele aceitou. Criamos Atlas muito bem, ele sempre me dizia que faltava algo na vida dele, que ele sentia, eu sempre desconversava, aquele assunto me machucava. Até o dia em que eu fui visitar Gabi e Luis. Eu estranhei por que apenas Lydia estava lá, ela desconversou, mas eu não esqueci, fui no hospital em que tive Atlas e com um pequeno suborno, consegui ver os arquivos e descobri que ela não havia tido um filho naquele dia, mas eu tive dois. Eu chorei tanto Iris, eu fiz de tudo, mas esperei o momento certo, afinal, eu não sabia onde você estava, mas agora, está aqui, minha filha, agora eu tenho os meus dois filhos comigo. - ela terminou -

Eu estava em choque, meu corpo se movimentou opor conta própria, se jogando nos braços da mulher. Eu à abracei com todo o meu ser, estava tão feliz. Olhei para o lado, vendo Atlas nos encarando com um sorriso doce.

- Cara - ele começou - que loucura da porra, tá! - ele disse nos fazendo rir -

Atlas se juntou ao abraço, e ficamos os três jogado no chão da cozinha, chorando.

(...)

Combinamos de não contar nada ainda. Eu disse a Celine (que agora eu sabia que era minha mãe) que precisava concluir minha vingança com Lydia, ela entendeu, disse que os Forger sempre foram vingativos.

Forger...e pensar que agora esse seria meu sobrenome, eu não iria abandonar o Edwards, mas iria adicionar o Forger. Iris Edwards Forger, parece bom pra mim.

- Oi maninha, trouxe os doces! Escolheu os filmes? - Atlas disse passando pela porta, estávamos bem mais íntimos agora, balancei a cabeça - Ótimo. Mamãe disse que vai chegar daqui a pouco, então podemos começar sem ela! - ele se jogou no sofá -

Me sentei ao lado de Atlas, o garoto nos aconchegou embaixo da coberta. Eu gostava desses momentos com Atlas, me sentia verdadeiramente acolhida e feliz.

Minha vida mudou drasticamente desde que cheguei nesse lugar, e eu gosto dessa mudança, talvez Apolo goste de mim, ou eu tenho muita sorte.

Olhei pela janela, as flores começando a desabrochar, será uma linda primavera.

Esse capitulo foi menor dos que os outros, mas eu to lotada de coisa pra fazer e não queria deixar vocês sem nada.

Tem uma porrada de informação nesse cap, eu sei, vou esperar vocês absorverem.

Beijinhos meus morangos!