O Meio Da História - Comida De Peixe

7 1 0
                                    

     Após abrir a passagem secreta, Cecilia desce as escadarias pretas, que estavam com algumas pétalas rosas em cima de cada degrau, como se fossem deixadas cair lá delicadamente e cuidadosamente, mantendo uma preocupação extrema para que elas fiquem perfeitas, no lugar certo.
     Quanto mais ela descia as escadas mais ela via um cômodo preto com detalhes rosa, havia um sofá como ébano, decoradorado minuciosamente por pérolas rosa choque.
     Lá também havia um pequeno bar, cheio de whiskeys, cervejas de luxo, vodka e uma porção de várias bebidas que custariam você e sua família toda.

- O dono da Flor de Lótus gosta de coisas caras... É melhor eu não chegar perto, do jeito que eu sou. - Ela pensa enquanto desce os degraus  em um ritmo lento.
   
      Enquanto ficava admirando o local, a escritora perde a sua atenção na escadaria, e erra o passo ao descer um degrau.

- Ah! Mas que mer-

      Ela cai rolando pelos os degraus restantes da escada, ficando com uma parte roxa no joelho esquerdo e na testa.

- Aí! Você está de brincadeira com a minha cara. - Cecilia puxa a calça para cima e vê o machucado no joelho. A escritora move sua cabeça para cima e vê uma mulher de terno preto com acessórios rosa choque.

- Você é uma garota muito desastrada. - Diz a mulher com desprezo e decepção ao saber da ação da adolescente. - Você tem certeza que matou o golem por vontade ou foi apenas um acidente? - Ela estende a mão para a escritora levantar, Cecilia recusa e se levanta sozinha.

- Eu matei o golem por livre e espontânea vontade, e sou perfeitamente ca-

- Chega, chega. Você fala muito, isso desagrada meus ouvidos. - a mulher de terno vira as costas e olha para a parede do cômodo, fazendo um movimento e se abrindo uma passagem secreta, dando acesso a um escritório todo preto e rosa, assim como o cômodo anterior, era uma mistura de luxo e gótico. - Sente-se, temos pouco tempo.

     A escritora entra no escritório, surpresa pela magia que acabara de vivenciar. Ela se senta em uma cadeira de frente para o escritório, a mulher faz o mesmo, se sentando de frente para ela e resolvendo um cubo mágico enquanto fala, para livrar a ansiedade.

- Como a Evie já deve ter te dito, existem várias organizações especiais, onde cada uma lida com  um tipo de magia. Temos a tribo dos lobisomens, chamada Garras de Lobo.

(Foto da logo da organização)

      A organização dos elfos, das fadas, dos centauros, dos meio dragões e até as organizações de magia, que são as de bruxaria, as organizações de bruxaria são várias, e não apenas uma como a das outras espécies, tudo isso porque existem vários tipos de bruxaria, como a bruxaria natural, do caos, elementar, do som, da adivinhação e várias outras. Agora, hoje, é o seu primeiro dia na Flor de Lótus, tenha em mente que temos vários membros, de várias espécies, por isso, lhe darei sua primeira missão. - A mulher de terno entrega à Cecilia um livro com mais de 100 páginas, todas em branco, sem nenhuma palavra. - Sua tarefa é descobrir as espécies e fazer um guia de todas elas, assim, a sua evolução na organização será mais rápido do que eu ou outro membro ficar te explicando tudo. Trate de fazer isso certo até agosto, precisaremos fazer algo importante, e eu não admitirei atrasos ou uma má caligrafia.

- Okay. - Ela se levanta, perplexa e são do cômodo, a porta secreta se fecha, transformando na mesma parede de antes. - Então é isso? - Ela murmura baixinho, confusa. - Tá fácil demais...

     A escritora vê um corredor e decide fazer um tour pela organização. E embora estivesse na parte subterrânea, ela sobe algumas escadas e consegue ter acesso ao vestiário da piscina do internato. Nesse horário não havia ninguém, mas ainda assim era possível ouvir o barulho da água caindo, como se fosse um peixe fora d'água.
      Curiosa, Cecilia abre o caderno que havia recebido, pegando uma caneta que estava perdida pelos bancos do vestuário. Em passos lentos e cuidadosos, ela se aproxima da saída do vestiário, indo em direção a piscina.
      A escritora estava a um metro de distância da água, mas o local estava em um pleno e harmonioso silêncio. Achando aquilo muito estranho, ela se aproxima mais e olha para baixo.
      Cecilia vê um circulo pequeno na parte rasa da piscina, parecia uma moeda, então ela se ajoelha no chão e coloca a mão dentro da água, tentando alcançar o objeto, até que ela sente e vê uma mão agarrando o braço dela com muita força, três vezes mais forte que Kaile! Parecia uma mão de peixe e de um humano misturado, com escamas azuis que se mechem lentqamente, indicando que aquele ser estava vivo. A mão também tinha garras afiadas, que rasgavam levemente a pele da protagonista.
      Desesperada e incapaz de falar algo, a mão a puxa com força para dentro da piscina, na parte mais funda
      Cecilia ia nadar, mas aquela força era forte demais contra os seus braços. Com isso, ter ar ficava cada vez mais difícil. Ela olha para a criatura, uma espécie de humano e peixe juntos, um ser nada agradável de se ver, com dentes afiados capazes de rasgar a sua pele, um cabelo ruivo e ondulado que deslizava pelas águas lentamente a cada movimento, um corpo nu, com os peitos e algumas partes dos braços coberto por escamas de uma coloração azul esverdeada, as suas pernas eram uma cauda, com força o suficiente para derrubar um mamute. Os olhos daquele ser humanoide era de uma linda cor dourada, que hipnotizava qualquer um.
      A escritora se mechia com rapidez e desespero, tentando sair dali e voltar a superfície, mas a cauda daquele ser apenas se enrolava mais e mais em suas pernas, com tanta força que parecia que elas iriam explodir!
     Lá em cima da superfície, chegava Nathaniel, com uma sunga de cachorro caramelo e um óculos amarelo neon, com o cabelo preso a um rabo de cavalo, acompanhado com o mesmo bom humor de sempre.

Os Observadores - Cecilia LeBlancOnde histórias criam vida. Descubra agora