A escritora vai até o endereço que estava no papel. Andando com uma certa curiosidade.
O endereço dado por Evie levou ela até uma floresta escura. Não havia mais nenhum som além dos passos dela e do uivo dos lobos. E
A cada momento que ela passava por aquela floresta, parecia que mais ela ficava perdida, mesmo sabendo aonde estava e onde estava indo.
A brisa gelada da noite passava pela floresta e pelos cachos da protagonista, dando pequenos calafrios.
O único meio que a guiava era a trilha no chão, que estava iluminada por velhas lâmpadas.
Enquanto andava, as lâmpadas acabam, junto com o caminho no chão. Diante daquela situação, Cecilia liga a lanterna do celular e decide continuar o caminho.
Os únicos sons presentes naquele momento era o uivo dos lobos, os passos e a respiração tensa da escritora.
Após alguns minutos andando, o celular da garota acaba a bateria, dando liberdade para a escuridão entrar e afundar tudo e todos no escuro da noite.- Merda! - Reclama Cecilia, tentando ligar o celular, mas sem sucesso.
Como ela realizaria o que queria sem um meio de guiá-la? Tudo se tornou tão assustador no escuro, porque sempre estivemos na luz, mas as vezes, precisamos se aliar com nosso maior inimigo, para lutar com algo maior.
No meio daquele breu, um outro golem aparece atrás dela, fazendo ela cair. As mãos dele vão até o pescoço da adolescente, em uma tentativa de enforca-la enquanto Cecilia lutava pela sua vida... Mais uma vez.
Mas ele não era Kaile, porque bem, o Kaile não existia mais...> No cemitério da cidade <
Por mais incrível que pareça, o emo Bilionário decidiu sair do quarto e ver o mundo, mesmo sendo para presenciar um funeral. Ele fez questão de comprar tudo de melhor qualidade, até um terno para ele e para o metamorfo.
- Esse foi o boneco de argila mais privilegiado do mundo. - Rafael comenta, evitando o riso.
- Rafael! - Aleph dá um tapa na cabeça de Rafael.
- Ai! Seu grosso!
- Estamos em um funeral! Tenha, no mínimo o respeito.
- Ele nem era vivo.
Aleph vira a cabeça, chateado. Mesmo sendo um golem, era de valor sentimental, e foi por muito tempo, considerado um amor paternal, de pai e filho. Kaile foi de grande importância para Rafael também, mesmo não estando vivo, o boneco considerava o metamorfo como um irmão, chamando-o de Salém.
- De qualquer forma, é a primeira vez que eu, ou talvez o mundo vê o enterro de um boneco de argila.
- É incrível a sua capacidade de apenas falar merda. - O emo suspira, decepcionado e vai embora, ajeitando o terno preto dele.
- Hey! Me espera! - Rafael corre atrás de Aleph. Acabando o funeral.
Mesmo depois do bruxo ter tentado revive-lo, nada adiantava. Então mesmo feito o feitiço, Kaile não tinha apresentado sinais de vida.
O único jeito foi enterrar o corpo de Kaile.> Na Floresta <
Se Kaile não existia mais, quem poderia ser esse golem? E se existir mais deles?
Ela não tava conseguindo respirar, e seus braços já não conseguiam mais lutar. Suas pálpebras estavam ficando pesadas, e aos poucos, os olhos se fechavam.
Após os olhos dela se fecharem, algo ataca o golem que estava enforcando ela. Foi possível ouvir barulhos de algo sendo perfurado ou arranhado, se alguém morreu perto dela, com certeza não estaria mais com vida.-...Cecilia! Aí meu Deus...Você tem ideia do perigo que esta correndo? - Fala uma voz masculina, uma voz familiar. - Evie! Evie! Ajuda aqui!
- A Cecilia? Eu sabia que algo iria acontecer com ela, afinal, os comensais da Flor de Lótus me falaram que não era seguro aqui. - Evie joga algo para a outra pessoa.
- Então porque não falou para ela não vir?
- Você sabe como os comensais são: Tudo em última hora. - Ambos garregam a protagonista até o carro, colocando-a na parte de trás e indo embora.
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Os Observadores - Cecilia LeBlanc
Science Fiction"Nós, observadores, somos expectadores de um mundo que está se auto destruindo. Somos mais que uma equipe, somos uma família de sobreviventes" - Cecilia LeBlanc Os Observadores são livros com muito suspense e ficção, onde cada livro conta a...