O som das falas dos cidadãos na rua acaba por ainda ecoar na mente do agente natalino que anteriormente havia sido atingido por um dardo tranquilizante. Enquanto ainda conseguia se agarrar aos resquícios de sua consciência para que pudesse formular ao menos uma linha de raciocínio mas então seus pensamentos são interrompidos de forma repentina ao receber um golpe em sua face, fazendo-o despertar de forma completamente imediata, notando que as ruas lotadas de pedestres italianos haviam sido substituídas por uma pequena sala semelhante à um porão onde estava fixado por cordas em uma cadeira de metal e era cercado por cerca de quatro homens desconhecidos e uma face um tanto quanto bem nostálgica que de uma forma ou de outra, acabava por fazê-lo lembrar de alguns tempos bem mais simples e comuns mas que infelizmente não tinham chance alguma de retornarem...
E: "Já faz um tempo...não acha?
Se essa ocasião não fosse tão...complicada, talvez isso chegasse a ser algo agradável..."Klaus"Tossindo levemente e levantando sua cabeça ele finalmente consegue retomar a sua consciência de forma totalmente completa enquanto analisava sua própria situação e olhava o seus arredores e tomava nota do alto número de pessoas que o cercavam e do rosto nostálgico que não via a um bom tempo
K: "Achei que fosse melhor do que isso...
Isso ao menos pra mim, traz um sentimento de..."nostalgia", não concorda?
Sinto-lhe informar mas...não vou poder perder tempo com esse seu interrogatório de quinta categoria
Além do mais, eu ainda tenho uma aposentadoria pra aproveitar"E: "Hm?
Oh que interessante...nunca achei que pessoas como você pudessem optar por se separar desse mundo sem morrer
Chega a ser algo realmente entretente ao pensar nessa possibilidade...mas acima de tudo, eu não o culpo
Mas temo que não vá sair daqui tão cedo"K: "Achei que seus assuntos só dissessem respeito ao "Near"
E falando nisso, onde é que ele 'tá?
Seria incrivelmente injusto se ele não estiver recebendo o mesmo tratamento que eu estou~"E: "Não se preocupe, eu tenho certeza que ele está se saindo bem, isso é
Se ele ao menos tiver recuperado a própria consciência
Garanti que ele tivesse o mesmo tratamento que você terá~
Mas indo direto ao ponto, quero que você responda de forma clara e rápida a cada uma das perguntas que eu fizer
Estou sendo clara?"Com um aceno de sua cabeça, Klaus acaba por aceitar as condições atuais e aguarda de forma tranquila e paciente para que possa responder a pergunta direcionada a si mesmo
E: "Por que vieram aqui...?
De quem vocês estão atrás...?
Quem é o alvo...?"K: "O tal do marionetista...
Se ainda me perguntar, é um pseudônimo ridículo...
Você tá trabalhando pra ele...não estou certo?"E: "Perspicaz como sempre...que ótimo...
Mas você também não pode falar muito quando se trata de um pseudônimo...
Não é mesmo, "Papai Noel?~"K: "É...eu continuo odiando essa piada e além do mais, isso já ficou bem ultrapassado."
E: "Humor nunca foi seu forte..."
Limpando o pigarro em sua garganta ela retorna a sua série de perguntas dessa vez, recuperando sua seria compostura
E: "O fornecedor, qual é a localização dele?"
K: "Absolutamente ninguém sabe sobre essa informação, nem eu, nem o "Near" e se duvidar, nenhum dos mercenários"
E: "E quanto ao velhote?
Ele sabe?"O mercenário apenas dá de ombros e revira seus olhos
K: "Provavelmente, mas duvido muito que vai achar ele, se é o que quer fazer"
E: "Justamente por isso temos vocês, dois agentes presos como forma iscas, seria um completo desperdício se arriscassem deixar pessoas como vocês morrerem em vão, a agência não gostaria de perder agentes tão valiosos como vocês
Principalmente você"K: "Huh, que belo deja-vu...
Sabe que vocês dois até que são parecidos?
Nunca entendi qual foi o motivo de até agora eu ainda ter não sido convidado pra ser o padrinho"O som do silêncio emana pelo porão por alguns segundos até que finalmente a cirurgiã decide responder
E: "Excelente, não é nenhuma razão que lhe diga respeito...
Seja sincero, ele nunca...me mencionou em nenhuma das conversas...não é?"K: "Heh, o fato de você se questionar de algo tão ridículo como isso diz muito sobre o tipo de pessoa que você realmente é"
Sendo pega de surpresa com o repentino deboche, a cirurgiã apenas cerra seus dentes enquanto suspira e cuidadosamente retira um Machado que anteriormente se encontrava em estado de repouso sobre uma mesa de metal e faz um discreto sinal para que dois dos homens na sala segurassem os braços do assassino ainda fixado na mesma cadeira
E: "Se esse é mesmo o caso...
Gostaria de me dizer que tipo de pessoa eu realmente sou?"Enquanto os homens se aproximavam do homem para manter seus braços presos, Klaus apenas ri de forma breve e balança sua cabeça em completo desapontamento
K: "Uma pessoa extremamente descuidada"
E com uma velocidade impressionante Klaus se liberta das amarras que o prendiam e rapidamente desfere um chute direto contra um dos homens que parava para sacar uma arma em seu coldre, fazendo-o cair no solo e alertar os demais sujeitos que rapidamente movem suas mãos em direção aos seus respectivos coldres para disparar contra o agressor
Klaus reage de forma imediata e pega a arma do indivíduo que ainda tentava se levantar do piso. Pressionando o gatilho da arma diversas vezes e simultaneamente encerrando a vida dos quatro atiradores na sala por fim, aponta o dispositivo para o rosto nostálgico que lentamente se abaixa para abandonar a afiada arma branca no piso imundo. Levantando-se e estendendo suas mãos para o alto de forma lenta e cuidadosaE: "E então...pode atirar..."
Após um momento de silêncio, o mercenário simplesmente põe seus olhos em direção aos da mesma e responde de forma simples e direta
K: "Não...hoje não...
Você ainda merece visitar a Alemanha por uma última vez...
Sei que como eu, você não quer mais fazer parte disso...
Eu sei que em algum lugar, você ainda tem o desejo de possuir uma vida tranquila...
Aproveitando o sabor das comidas e sentindo a doce sensação do cair da neve na sua pele...
Não finja que não é o que quer..."Antes que pudesse ouvir a resposta da rendida, o Natalino começa a caminhar em direção à saída do porão, não se esquecendo de antes pegar o Machado que agora se encontrava no piso completamente imundo
Pondo a palma de sua mão na maçaneta da porta, ele vira sua face em direção à Mercenária que havia baixado suas mãos e encarava o homem de forma confusa enquanto seus olhos emanavam uma nítida fúria mas que ainda assim, não podia deixar de se sentir aliviada com a inesperada reviravoltaK: "Vai lá...viva....
Viva sabendo que...você só está viva porque fui eu quem te permitiu viver..."Com essas palavras, o agente natalino finalmente deixa o porão de cunho interrogatório e com um leve sorriso em sua face ele espera que...ele possa ter mudado não só o destino dela...mas também o de si mesmo
Mas isso...só o tempo dirá...
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"Linhas Carmesins"
Mystery / Thriller!...! Alguns afirmam que inúmeros elementos podem ser ligados por uma teia invisível composta de uma série de linhas vermelhas... Segredos, memórias, pessoas, amantes ou qualquer outro tipo de sensação é armazenada nesse emaranhado... Mas...o que ac...