Capítulo 10: "Facínora Flamejante"

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A porta da área então se abre e nos traz de volta para a luxuosa e aquecida sala que beirava a transbordar com a  tensão acumulada em seu interior e com isso, a atenção dos dois indivíduos é imediatamente capturada pelo ruído causado ao abrir a passagem para o local. Revelando-se o agente Klaus que mirava com seu revólver em direção ao Marionetista ainda carregando consigo o Machado anteriormente adquirido no porão  enquanto escaneava o local com um olhar visivelmente confuso e surpreso pela atmosfera aparentemente pacífica e um tanto quanto casual que seu parceiro e o desconhecido compartilhavam nesse xadrez com um eminente fim

N: "O-Oh...isso até que foi rápido"

M: "Hm, que surpresa...como você chegou aqui?
Não esperava te ver tão cedo...
Mas isso não importa, não há necessidade de ser tão hostil...
Agora...abaixe essa arma"

K: "E por quê eu faria algo assim?
Pelo o que vejo, você não tem nenhum movimento disponível...seria esse um...xeque-mate?"

A grande ironia presente no tom do agente é o suficiente para fazer com que o Cordial carmesim gargalhe e ria em divertimento perante a tal situação entretente simultaneamente retomando sua própria fala

M: "Não seja tão presunçoso, nenhum de vocês dois conseguem ter uma boa visão desse tabuleiro em que se encontram"

Com um leve sorriso, o cordial indivíduo estala os dedos de sua mão de forma repentina como forma de sinalização, assim fazendo com que pelas costas do mercenário ele sofra uma mordida em seu pescoço e consequentemente perca parte de seu tecido. Despecando ao chão junto de suas armas de forma instantânea e pondo sua mão onde o ferimento que agora sangrava estava localizado.
Ao presenciar a cena, "Near" tenta de forma imediata avançar para ajudar seu parceiro ferido mas acaba sendo surpreendido pelo som de engatilhamento da arma de Michael que apenas faz com seu indicador um gesto de negação
Entrando na sala nesse exato momento o que deveria simbolizar a pureza, o que deveria simbolizar a bondade e a virtude...mas que ao invés disso...em seus olhos se emitia apenas um único sentimento...o terror...que vinha acompanhado de uma leve e escura cor púrpura...
Sorrindo e lambendo seus próprios lábios com o objetivo de saborear o "doce" sabor do sangue e da carne que acabara de adquirir. Direcionando seu olhar cheio de desdém para a "presa" que agora agonizava de dor no solo e redirecionando-o para "Near" e assim fazendo-o recordar imediatamente da pessoa que estava diante se si mesmo

W: "Olha só quem é~
Que reunião ein?~
E devo dizer...até que você cresceu bastante moleque...uma pena que continua fraco como sempre"

N: "Uh...eu te conheço?
Sério, eu, com toda minha sinceridade não faço a menor ideia de quem você seja"

W: "Ugh...claro que você não iria se lembrar, não é?
Trabalha para matar e não ainda assim não se dá o trabalho de se lembrar das pessoas que você executa de forma completamente fria...
Que coisa..."

K: "P-Pelo amor de Deus, você fala tanto assim?"

W: "Ah é, até tinha me esquecido de você...
Onde estávamos?~"

Percebendo o Machado que acabava de cair junto ao mercenário, ele se abaixa por um breve momento e põe em suas próprias mãos. Erguendo-o lentamente enquanto um sorriso largo começa a se formar em seus lábios

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