Bipolaridade

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— Não. Isso eu posso te garantir. — Stenio disse. — Mas, se você quiser o divórcio, eu vou te dar e a gente trabalha na guarda compartilhada.....

— Ok. — Helô disse abraçando ele, apesar de tudo, ele ainda era o porto seguro dela.

Heitor saiu da cirurgia dormindo, tudo tinha corrido bem e em dois dias ele iria poder ir embora. Como o quarto era particular, Stenio e  Helô poderiam ficar com ele e nenhum dos dois quis ir embora. O motorista deixou uma mala para eles que Creusa havia preparado.

—  Eu durmo na poltrona, você também ainda tá se recuperando do tiro. — Helô disse.

— Para você acordar de mal humor porque dormiu mal? Não, eu durmo. — Stenio disse. — Ou a gente pode dividir o sofá.

— Não. — Helô disse.

— Aí, Helô, você dorme pra cima e eu pra baixo. — Stenio disse. — Vai Helô, eu tô cansado e só quero dormir.

— Aí tá Stenio, mas sem gracinha, se não te empurro no chão. — Helô disse emburrada, ela só aceitou pois estava exausta.

O sofá era pequeno e estreito, então eles tentaram fazer uma pra baixo e outro pra cima, mas não funcionou, então tiveram que deitar pro mesmo lado e Helô deitar praticamente em cima dele pra ficarem confortáveis.

— Helô? — Stenio disse baixinho.

— Vai dormir Stenio. — Ela disse sonolenta.

— As crianças falaram a verdade... — Stenio disse.

— Sobre o que? — Ela perguntou, ela estava com a cabeça no peito dele enquanto ele abraçava ela.

— A última coisa que eu disse antes de desmaiar depois do tiro era que eles dissessem pra você que eu te amava. — Stenio falou. — Eu não queria morrer sem que você soubesse disso.

Helô não respondeu, porém deu um sorriso ao ouvir aquilo, minutos depois eles estavam dormindo.

Dias depois

— Obrigado por ficar com eles, hoje é a folga da Creusa e eu não queria pedir pra ela... — Helô disse pra Drika.

— Tá tudo bem, o Pepeu está viajando mesmo e o Jorge adora ficar com meus irmãos. — Drika disse.

— Eu não devo chegar tarde, eu só preciso resolver umas coisas. — Helô disse.

— Umas coisas de noite? — Drika perguntou em tom divertido.

— É. — Helô respondeu terminando de passar batom.

— E pra resolver precisa se arrumar assim e maquiar é? — Drika perguntou.

— Nada demais. — Helô deu de ombros.

— E você e meu pai já conversaram? — Drika perguntou.

— Não, estamos esperando seu irmão melhorar. — Helô disse.

— Ele tá ótimo, vocês que tão usando o menino como desculpa esfarrapada. — Drika disse.

— Aí tá Drika, qualquer coisa me liga! — Helô disse beijando a filha e saindo.

— Ela pensa que me engana. — Drika disse desconfiada imaginando onde a mãe ia.

Stenio

— A gente precisa conversar! — Helô disse assim que ele abriu a porta.

— Helô, oi, não te esperava aqui. — Ele disse surpreso. — Tudo bem com as crianças?

— Não... Quer dizer sim, mas eles não estão tão bem, a gente não tá bem, ninguém tá bemmmm. — Helô disse entrando no apartamento dele, mas então notou que tudo estava arrumado pra um encontro. — Ah, você vai receber alguém....

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