Ode ao Rei triste

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Elizabeth:
Uma vez o Rei da Cidade Sombria me pediu uma canção. Ele me disse que queria algo diferente dos cortejos e das mentiras que sempre ouvia e estava curioso quanto minhas habilidades. Assim que ele acabou de falar, peguei meu alaúde e proferi as seguintes palavras:
Ao Rei triste canto
Palavras de raro encanto,
Aquelas que lembram seu abandono.

Vossa Alteza triste é,
Por não saber o que quer.
Só sabe ter,
Quase nunca sente prazer.

E ao ouvir tais palavras,
Talvez não reaja
Perante tanta graça
De palavras não moldadas.

Sê Rei de verdade;
Dê asas à liberdade:
Faça teu povo feliz,
Do rico à meretriz.

Ao ouvir tais palavras o Rei refletiu por um momento, me agradeceu e pediu que eu me retirasse. Dentro de poucos dias já se podia ver algo diferente na cidade: as crianças riam à toa e o clima até melhorara. Talvez o Rei triste tenha caído em si...

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