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togo ao deslizar até o lóbulo de sua orelha, e depois até a curva suave do
pescoço. Um tremor incontrolável a percorreu; era
de desejo, ela descobriu, e não de repulsa, e essa descoberta soou com, um
alarme.
com um movimento rápido conseguiu livrar-se da carícia enfra quecedora de seus
lábios. Em pé na frente dele, empurrou com
as mãos seu peito, mantendo-se à distância
de um braço. Ele a segurou sem tentar eliminar a distância entre eles, mas sem
permitir que
ela se separasse completamente dele. Alanna olhou dentro do azul ar dente
de seus olhos, confusa pela resposta que um homem, do qua não gostava, tinha
despertado nela, e zangada por aquilo ter acon tecido.
- Confusa? - Rolt perguntou, levemente divertido. - Não acha vá que isso pudesse
acontecer? Não percebe que o fogo do ódio pod se transformar rapidamente no
fogo
da paixão?
- Não - protestou.
Rolt riu de um modo gutural e baixo. Antes que ela pudesse pensa em negar de
novo aquela verdade, ele eliminou a distância que o separava. E, sem esforço,
levantou-a
nos braços.
- Me ponha no chão. - Alanna estava ofegante e indignada.
Ele riu de um modo indolente.
- Você ainda não está completamente convencida. Ignorando seus esforços para
se libertar, carregou-a para o sofá
sentando-se com ela no colo. O ardor ofensivo de seu beijo marcoí os lábios dela,
mais uma vez, como possessão dele. Alanna empurrou seu peito inutilmente com
as
mãos e, acidentalmente, uma delas escorregou para dentro da camisa dele,
encontrando sua pele quente O fogo percorreu suas veias, ao sentir o contato
perturbador.
E sua resistência, já bem abalada, acabou por desaparecer. Sua força de
vontade parecia não ter mais controle sobre as respostas sensuais de sua carne.
Os dedos de Rolt fecharam-se em torno do nó de sua echarpe, dês fazendo-o e
afastando-a, expondo assim toda a extensão de seu
pescoço esbelto à exploração dele.
Seu peso a empurrava para trás, en quanto ele acariciava seu ombro e sua
garganta.
A tempestade de emoções que tomava conta do corpo e da mente de Alanna
parecia não ter fim e uma parte traidora dela não
queria que acabasse. Ele deslizou a mão pela
cintura e pelo quadril dela
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numa carícia estimulante. Desabotoando sua blusa, introduziu a mão no tecido
sedoso.
No meio da névoa de sensações eróticas que a envolvia, surgiu a recordação de
Kurt, o homem que amava e com quem ia se casar. Que tipo desprezível de
mulher era,
para deixar que o irmão dele fizesse amor com ela daquele jeito? Não estava
traindo só seu autorespeito e orgulho, mas também Kurt.
Quando a boca morna de Rolt tocou seu seio arredondado, Alanna quase perleu
seu senso de decência e moralidade, recém-adquiridos, no fogo esmagador
daquele abraço.
com um último e decidido esforço, livrou-se de seus braços e ficou em pé ao lado
do sofá. Suas pernas trémulas não poderiam levá-la mais longe.
Rolt enfrentou seu olhar com uma calma hipnótica. Continuou sentado, com as
pernas estendidas sobre as almofadas e as costas apoiadas contra o braço do
sofá. Alanna
estava acima dele, no entanto ele a dominava. Rolt estendeu a mão com
indolência, pousando-a na parte de trás do joelho dela, acariciando a pele
sensível distraidamente.
Um tremor convulsivo a percorreu.
- Por favor, não faça isso, Rolt - Alanna sussurrou, totalmente enervada pela
tremenda atração física que sentia por ele.
Colocando os pés no chão com um movimento ágil, Rolt se endireitou, deslizando a mão um pouco para cima, fazendo com que a barra de sua saia subisse,
revelando a
curva inicial de sua coxa, antes que o tecido voltasse à posição original. Quando
ele ficou em pé, dominando-a com sua altura, colocou a mão na cintura dela. Sua
proximidade fez com que os nervos de Alanna latejassem e ela se virou com
vivacidade, sabendo que precisava sair dali.
Mas as mãos dele agarraram sua cintura, trazendo suas costas de encontro ao
próprio peito. Ele enterrou o rosto nos macios cabelos castanhos de sua nuca e
Alanna
fechou os olhos contra o desejo que a atordoava. As mãos dele deslizaram sobre
seu estômago, moldando-a contra a rigidez de seu corpo. Os dedos dela
empurraram fracamente
suas mãos.
- Não - protestou, com voz rouca. - Isso é loucura. É algo físico apenas. . . uma
atração animal.
- Mas não é bom saber, Alanna - ele murmurou, contra o ponto sensível de seu
pescoço -, que quando nos casarmos o meu toque não lhe causará revolta?
- Não é suficiente -- murmurou, sentindo-se levada de novo pela
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tempestade de emoções, e sabendo que um casamento não podia ser baseado
apenas no desejo.
- Para começar, é. - Rolt mordiscou sua orelha, quando ela afastou o pescoço da
exploração perturbadora de sua boca. - Teremos filhos e gradualmente um afeto
genuíno
crescerá entre nós.
- Não sei - Alanna suspirou, confusa. Não conseguia pensar direito, não com ele
segurando e acariciando seu corpo daquele modo.
- Acredite em mim - Rolt retrucou.
Exercendo uma pressão mínima, fez com que ela ficasse de frente para ele.
Como uma folha perdida na tempestade, Alanna não era capaz de reagir. Deixou-
se levar por
seu beijo intenso, agarrando-se aos ombros rijos dele, para manter um pouco de
equilíbrio.

disputa de irmãos Onde histórias criam vida. Descubra agora