𝚄𝚖 𝚍𝚘𝚛𝚊𝚖𝚊 𝚚𝚞𝚊𝚜𝚎 𝚘𝚌𝚒𝚍𝚎𝚗𝚝𝚊𝚕

ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 7

Andy estava mais do que disposta a fazer de tudo para que as coisas entre ela e todos os membros da equipe fosse mais amigável.

Ela até levou cafés para eles e fez questão de inclui-los na conversa com a direção sobre como os capítulos estavam ficando, perguntando suas opiniões.

E ela só não havia feito isso antes por falta de tato, ela queria fazer, mas tinha medo de como eles reagiriam, já que eles nunca a incluíam em nada.

Mas dessa vez, ela os chamou e apostou no desconhecido, apenas iniciando uma breve conversa completamente profissional, que lhe rendeu alguns sorrisos e algumas risadas.

Ela queria fazer amizade, queria se enturmar, mas estava cada vez mais difícil, já que ela era a escritora, e depois de muito pensar, uma barreira natural havia sido feita pelas próprias circunstâncias.

Mas ao ouvir naquele dia no camarim principal, que achava que aquele dorama seria dropado pela galera koreana, ela se sentiu mal, é claro que ela não entendia muito bem o koreano, falado rápido, mas aquilo ela sabia que estava dentro do daquele contexto e saiu em disparada e entrou na sala onde eles rodavam os episódios depois de prontos e ao entrar correndo com lágrimas nos olhos bateu contra uma superficie musculosa e muito alta.

Era Rowoon que estava ali parado sozinho, pois ela sabia que durante aquela hora ninguém mais estava ali.

Ele se virou e eles se olharam.

No dia seguinte eles gravariam a cena caliente, a última juntos, em que eles estariam assim... Tão intimos, e aquilo pesou sobre ela naquele momento.

Ele a estava olhando como se ela fosse uma louca, e ela entendia porque. Todas estavam atras daquele homem, e ela sabia que estando ali, mesmo que fosse uma terrível coincidência, ele claramente jamais acreditaria, e claro que ele a olhava como se ela fosse uma das presas fáceis e extremamente disponíveis.

Ela abaixou a cabeça e começou a se desculpar em seu fraco koreano.

– Me desculpe, Rowoon, eu estava vindo apenas ver como andava o episódio. – Sorriu de forma distante e amigável. – E já estou saindo, quando você acabar eu volto, desculpe mesmo pelo empurrão. – E estava se virando pra sair quando ele segurou seu braço ao dizer em inglês:

– Não seja uma tremenda idiota, Andy. – Ele suspirou, como se estivesse cansado. – Eu já levei pra cama muitas garotas como você. – À essa altura ele estava sussurrando em seu ouvido, fazendo seus pelos se arrepiarem pela proximidade. Ela simplesmente não conseguia evitar a reação. Mesmo que não quisesse reagir assim, ainda mais diante de todas as coisas ruins que ele lhe dizia. – Aqui nós chamamos de "cavalo branco" as mulheres disponíveis como você. Não se engane e não se rebaixe a isso, você é famosa e isso pode te custar caro.

"Que Desgraçado!" ela pensou com raiva, mas não podia se igualar a esse idiota. Ela iria fingir que era superior e nem mesmo diria que ela era uma fã e por isso ela podia sem querer lhe passar a mensagem de disponibilidade. Andy não se explicaria. Assim seria melhor.

Então em seu melhor koreano lhe disse:

– Vá se fuder, seu babaca.

Não esperou pra ver sua reação, ela simplesmente saiu rápido como um raio, como se estivesse correndo de 300 demônios insanos e famintos por sua carne.

Ela não queria vê-lo nunca mais. Começava a se arrepender de sua ida até ali. Estava aborrecida com sua ida.

Estava mais do que triste por tudo.