Capítulo 7

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Tudo está escuro, minha cabeça dói, minha garganta está seca, meu corpo dormente.

Então é isso que chamam de ressaca?

Estou deitado em uma cama confortável, depois de abrir os olhos percebo que é a minha, é meu quarto, pela pequena janela eu noto que ainda é noite, pois está escuro e consigo ouvir o canto dos grilos.

Com um pouco de esforço eu me sento na cama e coloco meus pés para fora, ainda estou usando minhas roupas da festa.

Procuro meu celular e o encontro em cima da mesinha ao lado da cama, pego e vejo o horário.

04:36 AM.

Que horas eu cheguei em casa? e como eu vim para em meu quarto?

A última coisa que me lembro é de estar no carro de jeon, depois... nada.

Minha mente está em branco e então me incomodo com a secura em minha boca, piso no chão gelado e calço minhas pantufas.

Sem me importar muito eu tiro minha calça e a jogo longe, está quente agora por conta da roupa apertada, fico apenas de cueca e blusa de manga comprida, quando eu voltar eu tiro tudo e durmo.

Mas agora eu quero ir até a cozinha beber um copo d'água, meus rins imploram por hidratação.

Assim que desço as escadas ouço o barulho da tv.

Oh, jeon está acordado a essa hora?

Tudo bem que hoje é domingo e ele provavelmente não tem nada de importante para fazer e ter que acordar cedo, mas mesmo assim, é tarde.

Sem muita opção e eu apareço na sala automaticamente chamando sua atenção, ele nada diz, só me olha por breves segundos, seus olhos indo de encontro ao meu corpo, ele me encara de cima a baixo e parece desconfortável com a minha presença.

Porque?

Logo ele vira o rosto para a televisão e me ignora, eu dou de ombros e vou até a cozinha beber minha água, estou com tanta cede que bebi um litro de água de uma só vez.

Satisfeito e hidratado eu volto para a sala, jeon ainda assiste a um documentário sobre pinguins.

Parei atrás dele no sofá, acho que ele não notou minhas presença atrás de si, estava bastante entretido com o programa, eu pensei bem no que ia fazer.

Precisava implorar para ele não contar à minha mãe que bebi álcool, ela provavelmente me deserdaria e me proibiria de sair com Taehyung de novo, seria o fim.

Com a idéia de suborno em mente eu volto para a cozinha e esquento um copo de leite, adiciono açúcar e canela, me lembro de minha mãe falar que jeon gosta de leite com canela em pó, então fiz o meu melhor para ficar bom.

Com tudo pronto, eu também pego uns biscoitos recheados e coloco em um prato, agora com o copo de leite em uma mão e o prato de biscoitos na outra eu finalmente crio coragem para ir até ele.

Coloco o prato em cima da mesinha de centro e estendo o copo para ele.

Jeon me olha com confusão antes de encarar o recipiente em minha mão, suspende a sombrancelha como quem sabe que eu estou aprontando.

— O que? — Ele questiona, sem pegar o copo.

— Fiz pra você. — Mantenho meu braço esticado com o copo na sua frente.

— Eu não pedi. — Responde e ignora meu gesto manipulador e volta a prestar atenção no documentário.

— Eu sei, eu fiz porque eu quis, pega. — Insisti no ato e ele bufou antes de tirar o copo de minha mão e levar até seu nariz, cheirando.

MEU PADRASTO | JIKOOK HOTOnde histórias criam vida. Descubra agora