Te ves hermoso - Garro x Romero

Bônus

O artilheiro da Neo Química Arena acordou após uma longa noite de sono, repousava com a cabeça no peitoral desnudo do meio-campista e tinha suas pernas entrelaçadas com as dele, conseguia escutar o coração do outro batendo e sua respiração leve. Passou o braço esquerdo ao redor do corpo do camisa dez e afundou o rosto no pescoço dele, que já estava acordado à um tempo, gostava de observar seu moreno dormir serenamente. Foi possível escutar uma risada anasalada vinda do mais novo, sentia a barba por fazer de Ángel roçando em si - Pff... Buenos dias, cariño, ¿Ha dormido bien? - Perguntou Garro com a voz maltratada, levando a mão direita até a bochecha do outro, acariciando a área com o polegar - Sí... - Murmurou baixinho, ainda sonolento, queria ficar agarrado em seu companheiro, sentir seu bom cheiro e trocar carícias, olhou bem para o pescoço marcado de seu amado, vendo o estrago que havia feito e deixou um beijo carinhoso no local, fazendo com que o acastanhado se arrepiasse.

  Romero aproximou-se do rosto do argentino, sentia a respiração quente dele ir contra seu rosto. Garro olhava para os lábios rosados com desejo, em seguida, colou a testa na do atacante - Quería despertarme cada día así, contigo en mis brazos - Sussurou e em seguida tomou a boca do paraguaio para si com carinho, suas línguas se entrelaçavam lentamente, sentia seu corpo formigar. Romero levou as palmas de suas mãos até o rosto do amado, buscando aprofundar o beijo necessitado, sentiu os braços fortes de Garro o puxarem para cima de si, ele acariciava suas costas com seus dedos largos, sorriam entre o ósculo apaixonado e só se separaram quando o ar faltou - Yo también, amor mío - Ángel respondeu, respirando pesado, acariciava o beiço do outro com o polegar, precisava de mais, queria sentir aquela boca gostosa contra a sua de novo, rapidamente, urgentemente.

  Aproximou-se e chocou seus lábios contra os do meio-campista de maneira feroz. O acastanhado passou a língua pelos lábios inferiores do mais velho e logo pediu passagem, desceu as mãos que antes estavam nas costas até a cintura dele e apertou com força, sentiu o outro roçar contra si e gemer abafado entre o beijo caloroso. 

  O moreno intensificou o contato mudando de ângulo, sentia Garro contornar com a língua todo o interior de sua boca e em seguida descer as mãos até as suas coxas e as segurar possessivamente. Ele se sentava na cama com Ángel em seu colo, devagar, sem desgrudar dos lábios carnudos do artilheiro, que tinha as mãos repousando em sua nuca, percorreu com elas em direção ao trapézio definido do meio campista e apertou o local levemente, em seguida, as deslizou até os ombros, fazendo carícias com as pontas de seus dedos.

  Por fim, o argentino mordiscou o lábio inferior do outro. Interromperam a osculação necessitada, enquanto recuperavam todo o ar perdido, Rodrigo depositava vários beijinhos pelo rosto do paraguaio, definitivamente, amava aquele homem. Assustaram-se com batidas na porta - Romero? - Era Yuri Alberto, do quarto ao lado, o artilheiro se perguntava o quê ele queria consigo logo cedo - Sim? - Respondeu alto, com seu sotaque característico, Garro achava adorável quando ouvia seu parceiro falar português, algum dia seria tão fluente quanto ele - O Mister pediu pra avisar que o treino hoje vai ser mais cedo! Só isso mesmo, às sete horas - O camisa onze, esticou a mão até o criado-mudo, que ficava ao lado da cama, pegando seu celular e conferindo o horário, eram cinco e quarenta e cinco da manhã - Obrigado, Yuri - Disse cortês, sentia o argentino acariciar suas coxas levemente - Nada! Só não se atrase, tu e o Garro... - Alberto falou afastando-se da porta -...A noite foi boa, hein? - Riu fraco e saiu apressado, a fim de avisar a todos seus companheiros da mudança de horário repentina.

  Garro e Romero se entreolhavam constrangidos, talvez tivessem feito barulho demais - Mierda, él ha oído... - O atacante disse massageando o rosto com a mão direita - ...Eres muy escandaloso, cariño - Completou rindo envergonhado, passou a acariciar o queixo do mais novo, sentindo sua pele macia - ¿Que culpa tengo yo? Me follas tan bien - Rodrigo respondeu com um sorriso sacana, viu o paraguaio, que estava sentado em seu colo, arregalar os olhos e em seguida rir novamente, risada essa que o argentino adorava escutar, sorriu brevemente e selou os lábios do outro, atitude repentina que calou o mais velho, retribuiu prontamente o selar de seu amado, um beijo rápido, porém afetuoso.