Capítulo 28

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Estou escutando música enquanto Vanessa assiti uma série normalmente. A verdade é que estando nesse hotel me sinto mais segura. Mike já veio ver se estou bem algumas vezes e não me assustei com nenhuma das vezes. É um avanço. Ouço o barulho de uma mensagem e estremeço mas é apenas Mike.
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𝐅ã 𝐢𝐧𝐜𝐮𝐛𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐓𝐚𝐲𝐥𝐨𝐫 𝐒𝐰𝐢𝐟𝐭🎧
ᴏɴʟɪɴᴇ

"Tudo bem por aí?"
"Tô assitindo a série que tínhamos começado"

"Sem mim, que crime!"

"Prometo que revejo com você"

"Não é a mesma coisa"

"Quer que eu suba aí para ir assitir com você?"

"Pode pá"
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Mike bate na porta e Vanessa abre já entediada.

— Pode ir,Sussie está bem.

— Vim assitir um filme.

Ela abre totalmente a porta meio confusa e o menino entra. Ele vem até a cozinha onde estou a preparar um balde de pipoca.

— Coloca bastante manteiga. — Ele opina e eu concordo. Voltamos  a sala para assitir. — então você está me dizendo que para desse personagem sociopata?

— Ele fez tudo por amor.

— Obsessão,não confunda.

— Eu acho que é amor.

— E eu acho que vocês são loucos — A loira interrompe.

— Você nem assitiu para tirar uma conclusão!

Preparo mentalmente uma explicação adequada mas sou interrompidas por gritos vindo de algum andar abaixo. Vanessa pega a arma escondida e logp desce as escadas, eu olho pela janela em uma tentiva frustada de enxergar o que está acontecendo.
Vou atrás da policial. Enquanto desço as escadas ouço a voz de Denise e de Kate,implorando pela vida. Mike não desceu comigo deduzo que foi apenas para seu andar buscar Abby. Quando chego ao andar de minha amigas a porta está trancada. Vanessa não passa duas vezes antes de atirar na maçaneta e entrar. Eu não sei o que esperava ver,mas tenho certeza que não era ver minha ex melhor amiga segurando uma faca.

— Aí está protegida — Elly sorri e caminha até mim mas uma arma é apontada para ela. — Me mate ataque e eu mato elas. — Elly aproxima a faça suavemente do pescoço de Denise.

— Não se o tiro for certeiro — Vanessa rebate mas soube que não foi o suficiente quando Elly enfiou sua faça sobre o pescoço de sua refém lentamente,ou pelomenos parecia lento para mim. Um tiro é disparado, e o mesmo tiro é errado. O tiro foi em dos braços dela mas sei que sem aguentou 12 tiros aguenta muito mais que isso. O minuto seguinte me parece irreal. Não há apenas um corte na garganta de minha amiga, sua cabeça está fora do lugar. Meu estômago embrulha acho que vou vomitar... Há sangue em todo lugar,há sangue no chão,há sangue em... minhas mãos? Pisco e todo esse sangue em minha mão some, acho que estou alucinando, até onde vão a alucinação, as paredes realmente estão mechendo? O corpo de Denise realmente está no chão sem a mão? Até onde é a realidade. Kate grita,eu grito, ouço um zumbido é então não escuto mais nada. Só vejo tiros sendo desasparado. É então sono uma bancada na cabeça e apago.
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Acordo em uma cama de aleatória,vejo a uma forma deformada do mechendo a boca como se ele estivesse falando mas não ouço nada além de zumbidos.
Demoro alguns minutos até reparar a aparência familiar, William. Sinto uma sensação de conforto com um vazio. Não lembro de nada, não lembro o que aconteceu hoje,nem ontem,nem o resto dos dias desse ano.

— O que aconteceu?

— Você machucou na lanchonete filha. — Ouço a voz em som baixo.

— Onde estamos?

— Em casa. — Ele passa a mão em meu cabelo.

Me levanto rapidamente.

— Prometi de levar as irmãs da Elly para passear tenho que ir.

— Sem pressa — Ele me puxa de volta.

— Onde está meu celular?

— Você quebrou,vou levar para o concerto amanhã. — Percebo mas o que ele está falando por leitura labial do que pelo som.

Olho para baixo e estou usando uma blusa laranja, não me lembro de ter ela mas lembro de ver alguém usando só não lembro quem... minha cabeça dói não ouço as coisas direito. Quando ele sai do quarto vou até a janela imperrada e não vejo nada além de árvores. Essa não é minha casa, nunca foi. Mas onde seria se não essa? Tento lembrar mas só me vem a face de um menino que lembro conhecer. Como se aquela fosse minha casa, não um local, mas uma pessoa. William entra novamente e nota minha cara confusa e logo pergunta.

— Lembra de algo?

— Mais ou menos...

— Acho que talvez você tenha perdido a memória desse ano.

— Como posso lembre de uma pessoa se conheci essa ano e não lembrar de minha própria casa?

— Como assim?

— Me vem à mente alguém que me parece especial...

— Ah Vanessa? Você a conhece des de crianç-

— Não, é um garoto. Quem é Vanessa?

— Achei que só tinha esquecido sobre esse ano.. — Ele olha frustado. — Vanessa é minha filha,consegue se lembrar? — Ele tira uma foto da garota da carteira.

— Não consigo lembrar... ela era próxima a mim?

Sua cara de frustado subustui por um rosto sem expressão.

— Ela só te prejudicou, ela tentou te matar. — Ele se vira remeche uma gaveta cheia de fotos e me mostra a foto de um garoto,o mesmo que passou em minha mente. — Ele é ajudante dela e te odeia. Você deve evitar essas pessoas a todo custo!

— Mas porque tentariam me matar?

— As pessoas são más sem motivos querida.

Concordo com a cabeça e pego um dos biscoitos presente ao lado de minha cama. Como alguém que enxerguei como conforto pode ter sido má comigo? Minhas memórias se deformaram tanto assim?

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《Nota da autora》

Juro que vou tentar ao máximo continuar essa fic mas ultimamente aconteceu algo que me deixou MUITO mal. Não tem nada que eu possa fazer.

Run - Five nights at Freddy'sOnde histórias criam vida. Descubra agora