Lyra cresceu em uma ilha que odiava dragões e desde cedo aprendeu a lutar contra eles.
Sendo a única na ilha a ser amiga do "Nanico Haddock", Lyra decidiu ajudar o amigo a derrubar os dragões que ele afirmava que só ela poderia ajudá-lo nisso.
Após...
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[...]
Nós estamos no lugar ao qual o dragão que Soluço havia acertado tinha caído. No chão estavam as redes do tiro cortadas para libertar um dos dragões.
Soluço se agachou e pegou as cordas na mão.
— Então, por que vocês não nos mataram? — Ele falou ainda com as cordas na mão.
Eu olhei ao redor, havia um lugar onde nós não tínhamos ido ainda. Se pensar bem, o lugar onde o olhos de esmeralda, ( o dragão que eu derrubei), havia caído era próximo daqui, e quando ele se soltou, ele correu nessa direção, a mesma direção que o outro dragão havia corrido. Eles devem estar lá!
— Ei? Olha ali — eu apontei para frente e Soluço olhou na direção— Não fomos lá ainda.
Nós seguimos reto e pulamos um tronco caído, foi quando vimos uma espécie de abertura numa rocha que tinha uma caverna secreta. Esse lugar era cercado por várias árvores e pedras.
Nós olhamos em volta mais não havia nada, nenhum dos dragões. No lugar tinha apenas o som dos pássaros a voar.
— O que eu podia esperar? — Ele falou abaixando a cabeça
— Calma Soluço, eles devem ter ido para mais lon...— Eu fui interrompida pelo garoto que se abaixou pegando algo no que parecia ser... escamas de Fúria da Noite?
Eu também me abaixei do lado do garoto para ver melhor. Nós trocamos olhares surpresos e acabamos caindo sentados no chão quando um vulto preto passou rapidamente por nós, nós conseguimos ouvir suas garras arranhando a pedra enquanto a criatura rosnava em frustração pela tentativa falha de sair do lugar.
Quando eu olhei para baixo, vi um Fúria da Noite, o Olhos de Esmeralda. Ele estava tentando voar, mas quando a criatura batia as asas soltava um grito de estremecer o chão.
Quando isso acontecia, um sentimento me consumiu, era como uma dor, mas não uma dor física, uma frustração, eu queria gritar junto com ele, mas eu não estava sentindo nenhuma dor física... Eu não sei explicar.
Soluço saltou para uma pedra mais abaixo,e eu fui junto.
Os dragões ainda não tinham percebido nossa presença ali. Eles continuavam tentando sair daquele lugar de algum jeito, mas falhavam.
Meu olhar nunca desviava do Olhos de Esmeralda, ele estava ferido por minha causa, eu causei isso, essa dor, fui eu...
Enquanto isso, Soluço estava prestando atenção na outra criatura e estava com um pequeno caderno ao qual ele fazia um desenho da estrutura de um Fúria da Noite.
— Lyra? Olha aqui — Eu me aproximei do garoto — Aquele não tem um pedaço de sua calda!
— É claro... Meus pais me ensinaram que os dragões precisam de asas e/ou caldas para levantar voo, sem isso, eles não podem fugir.
