Lyra cresceu em uma ilha que odiava dragões e desde cedo aprendeu a lutar contra eles.
Sendo a única na ilha a ser amiga do "Nanico Haddock", Lyra decidiu ajudar o amigo a derrubar os dragões que ele afirmava que só ela poderia ajudá-lo nisso.
Após...
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Eu e meu melhor amigo já havíamos nos separado. Cada um havia levado um pequeno caderno para indicar possíveis locais onde os dragões caíram.
Eu já tinha ido em vários lugares e mesmo assim não achei esse dragão, já estava me estressando. Eu tinha certeza que havia acertado aquele dragão, mas, talvez isso não tenha acontecido.
Eu olhei para o caderno,parei em frente ao lugar ao qual o mapa falava e quando olhei não vi nada além de árvores e um caminho.
- Que merda - Falei enquanto riscava a folha inteira - Uns perdem o machado, outros o escudo, mas eu e o Soluço perdemos dois dragões inteiros. - Falei para mim mesma e andei em frente.
Eu estava olhando para o chão, então não vi que galho da árvore iria bater na minha cara.
- Mais que porr... - parei de falar quando vi várias árvores caídas,como se algo tivesse caído ali - Que bom que eu nunca duvidei de mim mesma.
Eu segurei o cabo de minha espada e segui pelo caminho. Quando eu olhei para baixo o Fúria da Noite estava caído.
A flecha que Soluço havia feito para mim tinha funcionado, tinha prendido o dragão e estava cravada em sua asa.
- Nossa, você é lindo não posso negar. Mas não vai ser a sua beleza que vai me impossibilitar de te matar - Eu tirei minha espada da bainha e a ergui para matá-lo.
O dragão abriu os olhos soltando um pequeno rugido...
Aqueles malditos olhos, é como se eu estivesse vendo eu mesma... Naquele olhar eu conseguia ver como essa criatura estava buscando liberdade, assim como eu.
Eu abaixei a minha espada e dei alguns passos para trás.
- Eu não vou matar você - Eu coloquei a minha espada de volta na bainha e me virei para ir embora.
Mas eu parei de andar, por que eu parei de andar? Eu pensei
Eu me virei novamente para aquela fera.
- Por que eu não consigo te deixar aqui, dragão? Esses seus malditos olhos...
Eu retirei minha espada da bainha e cortei suas cordas. Tirei a flecha com cuidado para não machucar ele muito, mas, mesmo assim consegui ouvir sua grunhido de dor.
Com a asa daquele jeito ele não poderia voar, mas se ele tivesse os cuidados certos... Pera, por que eu iria querer que ele voltasse a voar? Eu pensei.
De repente o dragão pulou em cima de mim.
Ótimo, eu vou morrer, tudo porque eu não pude matar um dragão.
Mas ele não fez nada, ele ficou apenas me encarando, depois de um tempo ele saiu de cima de mim, soltou um pequeno rugido como se fosse um... agradecimento? E saiu correndo.
