Dor do Amor

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Ao olhar a batalha acontecendo as memórias corriam por seus olhos. Via pessoas lutando, flex de feitiços sendo lançados sem piedade uns contra os outros, Hogwarts nunca foi tão perigosa quando agora.

Comensais estavam voando aos montes, alunos lutando e morrendo ao mesmo tempo. Professores dando sua vida pra proteger a escola, lágrimas caim dos olhos de S/N ao ver a situação que se encontrava. Ver tudo que mais prezou, o mundo mágico que tanto amava virar um pesadelo.

— Precisa fugir! Agora.

A voz de Tom ecoou pelo corredor. Ele tentava alertar, tentava esconder sua amada do pai, dos Comensais que matariam tudo e todos a sua frente principalmente os nascido-trouxa como ela.

— Não. — ela disse firme.

Ele franziu a testa quase incrédulo com o que ouviu.

— Quer acabar morta? Não brinque com a situação, Jones. Mesmo que ainda tenha raiva de mim estou tentando te proteger! Não pode usar essa sua cabeça dura pra pensar um pouco? — Tom disse cara a cara com ela. Fazia tempos que não estava tão perto dela, mas havia um tempo onde tudo o que eles mais queriam era estar perto um do outro.

Ela não falou mais nada, desviou o olhar fechando os olhos se recusando a até o encarar.

— Por que está fazendo isso? Por que isso tá acontecendo? — ela disse com uma voz chorosa e trêmula.

Lágrimas presas ao queixo da menina, gotejando uma por uma caindo no chão. Seu corpo encolhido abraçando a si mesma temendo por tudo que conhece acabar.

— Não é como se eu quisesse isso.

— Mentiroso! — ela rosnou apontando em sua cara, seus olhos com um olhar feroz preenchido pela dor — Odeia Potter tanto quanto seu pai.

— Mas não quero que destruam Hogwarts! Não quero que os outros morram, não quero que você sofra. — ele rebateu.

S/N sentia a dor em seu peito, aquele sentimento de perda por tudo. Seu relacionamento com Tom, Hogwarts e seus amigos.

— Vai embora com seu pai e os monstros que ele trouxe pra cá! — ela disse se virando de costas e se debruçando contra o para peito da sacada.

— Não vou deixar você aqui!

Logo o som de uma parede explodindo soou, mais destruição. Ela abaixou a cabeça soluçando, sentindo seu peito borbulhar emoções. Tom agarrou o corpo dela por trás e aparatou.

Jones tentou protestar, mas quando viu estava em um lugar totalmente diferente. A noite parecia chegar e um vento frio fazia seus cabelos voarem. Era o sul de Hogmeade, onde no passado eles saiam para encontros românticos.

— Por que?! — ela empurrou ele bruscamente e então sacou sua varinha apontando a ele.

Tom a encarava intensamente parecendo não se importar com a varinha apontada para si, calmo. Seu maxilar tenso e sua respiração condensando no ar. Abriu a boca, mas hesitou de primeira a falar.

— Por que EU. TE. AMO! Mesmo que me odeie por ter essa merda de marca no braço eu ainda te amo.

— Sabe bem que não é essa marca que eu odeio. Sabe bem que essa marca é o menor dos problemas. — ela rebateu prontamente.

— Eu não tenho culpa de ter saído da porra do útero de Bellatrix Lestrange! Eu não tenho culpa de ser filho do meu pai, mas de uma coisa eu sei, sou culpado por ter deixado nosso namoro acabar. Essa é a única coisa que tenho culpa!

Ele deu um passo a frente encarando ela sério, concentrado em fazer ela o escutar.

— Não vamos voltar nisso agora.

— Vamos sim — ele a agarrou pela cintura — Eu posso ser filho de Voldemort, mas não sou como ele. Você sabe que eu te amo mais que tudo e mataria quem quer que fosse pra poder te ter de volta. Poder cuidar de você e do que tem dentro da sua barriga.

S/N o olhou seria, parecendo furiosa por tudo que ele falava. A dor de ainda ter esperança, o medo de acreditar e se decepcionar de novo. De tudo dar errado novamente.

— Eu não vou ceder fácil.

— Não pensei que fosse.

Ele aparatou novamente, dessa vez eles estavam num quarto. O que parecia ser uma casa de classe média em algum lugar distante, pois podia se ouvir a chuva do lado de fora.

— O que é isso?  — ela olhou ao redor confusa.

— Darei tempo a você reconsiderar nosso namoro, até lá poderá refletir aqui. Mas lembre-se — ele ergueu um dedo — Não tente nada, ou se estresse demais, não é bom para o bebê.

— Não Tom–

Ele sorriu de lado e aparatou dali, a deixando lá.

Qual a nota do imagine de hoje?

The Lord - Imagines Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora