A Preferida II

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Os comensais tinham noção do que desempenhavam e forneciam ao seu lorde. Muitos não sabiam ao certo como, mas seu lorde sabia. Voldemort era astuto e além de querer mais e mais seguidores para acumular poder. Ele queria ter as armas secretas.

Porém alguns, ou melhor, a única que não tinha uma função definida era S/N Botter. Ela acabou no caminho de Tom à anos atrás e com sua ajuda conseguiu muitas coisas. Ele se lembrava dela como uma garota encantadora e influente. Por ser uma Botter tinha contatos e sua família era rica, mas no fatídico dia do ataque ela fez o que nem os monitores fizeram. Ela ergueu a varinha e lançou seus feitiços, mas o trasgo pareceu se enfurecer atacando a menina bruscamente deixando um ferimento na lateral do rosto. Seu rosto estava com a lateral manchada de sangue e gotas de suor em conjunto do sangue escorriam. Ela usou seu último feitiço paralisando o monstro. Porém ela ficou jogada no gramado ensanguentada.

Ninguém dos alunos ousou verificar ela. Ninguém, a não ser Riddle. Que chegou no local e viu alunos correndo desenfreados como loucos e no meio da grama a garota. Ele verificou que ela estava viva e levou a para longe dali.

Então pensaram que o trasgo devorou a menina, dando a ela o prêmio mesmo após sua "morte" de honra e bravura.

Ela e ele mesmo com brigas entre eles seguiram seus anos juntos. Onde com a ajuda de S/N ele conseguiu a Pedra Filosofal trazendo ele de volta a vida e a forma mais jovem dela. Tom tinha S/N como sua conselheira e a mais fiel seguidora.

— O que fará com Potter? — Ela perguntou.

Estavam sobre uma enorme mesa na mansão. Onde ambos desfrutavam de uma janta maravilhosa em comemoração ao feito. Comemorando a burrice de Harry e seus amigos.

— Irei matar ele, é claro. — Ele tomou um bom gole de seu vinho, sentindo o vinho mais doce que nunca. — Mas quero aproveitar a sensação de ter ele em minhas mãos. — Ele olhou ela.

Ele se sentava na ponta da mesa, tendo logo na cadeira a sua direita a garota. Ela parecia linda e formidável com seus traços jovens apesar de ter muita idade. Tanta idade quanto ele. Tinha que agradecer a ela por ter também sua forma jovem onde esbanjava beleza.

Mas ela mesmo com suas cicatrizes era linda, forte e atraente. Via nela o cansaço dos anos que lutou na escuridão para reerguer ele, coisa que nenhum outro seguidor fez.

— Cuidado. — Ela alertou. — Vão sentir falta dele. Dele e dos amigos dele. Não deve prolongar algo e a chance de acabar de vez com isso.

— Está certa. Irei acabar com Potter e os outros fedelhos assim que terminamos nosso jantar.

Ela olhou ele, encarando os olhos vermelhos sangue de Tom e as leves linhas de veias em seu rosto. Resultado de tantas horcruxx feitas. Mas eles detalhes eram mínimos perto da beleza que ele agora esbanjava.

— Estou quase sempre certa. — Ela sorriu de canto comendo uma garfada de puré de batatas junto do molho de carne.

Tom sorriu claramente concordando.

— Afinal, tenho você a meu lado para não me perder em meio a tudo isso. — Ele insinuou.

— Se perder mais do que já se perdeu. — Ela enfatizou o "mais". — Acho que a pedra fez parte de sua sanidade voltar. Eu devia ter te azarado por aquela noite em Grodric's Hollow.

Ele riu do como acusador da mesma. Mas tinha que aceitar que se não tivesse ido a casa dos Potter não iria ser derrotado de forma tão humilhante.

Muitos comensais temiam tocar no dia de Godric's Hollow, mas S/N sabia bem tinha muitos privilégios a mais. Ser a preferida. Ter a preferência entre os outros. Em uma rebelião Tom claramente salvaria S/N em vez de outro qualquer comensal, por isso a máscara com o enfeite na testa para diferenciar ela na batalha.

— Bellatrix queria comemorar com você a conquista. Vai aceitar os carinhos dela? — S/N provocou tomando um bom gole de seu vinho.

O lorde que comia parou um pouco ao ouvir e sorriu malicioso. Sabia da indireta passada e do ciúme queimado na lingua dela. S/N sabia que entre ela e Bellatrix havia um precipício de diferença aos outros de Voldemort.

— Entre olhar o rosto dela e o seu, prefiro mil vezes o seu. — Ele ergueu o olhar a ela.

A mesma abriu o sorriso sabendo que ele havia tocado no ponto certo. O fato dele preferir olhar a mesma, mesmo com as cicatrizes eminentes era algo carinhoso aos olhos dela. Algo que Tom sabia que faria ela se sentir bem e com o ego amaciado.

— Prefere?

— Sim. — Ele respondeu.

Ela bateu com seu pé no dele e riu se erguendo da mesa.

— Irei então esperar você lidar com Potter. Irei pedir um champanhe a um elfo e te esperarei no quarto pelo milorde. — Ela contornou a mesa passando por trás dele, deslizando a mão pelo ombro dele e seguindo até as portas.

Ele observou ela deixar a mesa. Dando atenção ao modo como a bunda dela mexia conforme ela andava junto do belo sorriso que ela carregava. Quando as portas do salão de fecharam ele encarou a mesa com um sorriso certeiro. Mesmo as vezes se arrependendo de dar tanta liberdade a mulher, sabia que ela merecia após tudo.

Haviam finalmente conseguido o que queriam. Tudo daquele momento em diante iria caminhar para frente para eles.

The Lord - Imagines Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora