Capítulo 11 - Nova vida

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⚠️ NÃO REVISADO

Narrador

Naquele dia, os meninos haviam ido jogar futebol em um campo próximo da casa de Júlio. Acompanhados de muitos fãs, passaram quase a manhã inteira tirando fotos, dando autógrafos e fazendo o que mais gostavam de fazer em seus tempos livres. Dinho estava cansado, suas costas estavam travadas de tanto jogar, mas mesmo assim fez questão de atender todos que vinham ao seu encontro.

Dinho estava sentado no chão encostado no muro observando Sérgio e Júlio conversando com duas garotas próximo a árvore mangueira. Ele abaixou a cabeça por cansaço, porém a levantou quando se deparou com os pés de Samuel a sua frente

— Que foi? — Dinho estava ofegante e suado

Samuel se sentou na frente dele e esticou sua coluna apoiando as palmas das mãos no chão

— Ou, minha irmã acordou com virose — Diz Samuel estralando seu pescoço — Tá vomitando desde a madrugada, ela nem queria que eu te contasse

A expressão de Dinho mudou de cansaço para preocupação

— Vou mais tarde ver ela, não fazia ideia que ela tava mal, ontem ela parecia bem... — Franziu o cenho confuso — Será que a pizza não fez bem? — Se referiu a pizza que comera no dia interior com sua namorada

— Acho que ela tá assim faz uns dois dias, Dinho, ela só não queria te contar. Mas, agora piorou, acho que ela tá pra ficar sangrando lá — Samuel deu de ombros e enrrugou o nariz

— Menstruada? — Franziu o cenho — Tem nome sabia? — Bateu na orelha de Samuel o fazendo torcer o rosto

— Como que eu vou saber, Dinho?

— Você tem uma irmã, Samuel, deveria saber — Dinho deu de ombros — Quem compra os absorventes da Liz?

— Ela mesma — Diz Samuel. Dinho se entristeceu por descobrir que desde os treze anos sua namorada se virava sozinha

— Vou pra lá ver ela — Dinho se levantou e bateu nas suas roupas as limpando — Avisa o pessoal aí — Se refere aos meninos da banda e se afasta de Samuel. O mais novo se levanta e concorda com a cabeça — Vou dar um tchauzinho pros nosso fãs e vou vazar. Te amo, irmão — Acena com a cabeça

— Eu também amo você, gay — Cruza os braços e encosta o ombro na grade do campo

Dinho se despede de seus fãs e segue para o seu carro entrando nele e seguindo para a casa dos Reoli onde Liz estava. O mais velho estacionou o carro na rua e seguiu até o portão da casa o abrindo e o trancando, seguiu até a porta da sala e se adentrou

— Amor? — Dinho a chamou mas não obteve resposta — Princesa? — Colocou a chave em cima da mesinha de centro, ligou a luz da sala e fechou a porta — Liz? — Diz um pouco mais alto

— O que? — A mais nova grita do andar de cima — Quem tá ai?

— Dinho, amor — Suspira — Samuel disse que você está com virose, por que não me contou? — Se aproxima da escada na intenção de subir, porém a mais nova desce parando no meio da escada

Eles se olham sem dizer nada. Liz usava um moletom cinza e um shorts azul marinho, seus cabelos presos e seu rosto pálido mostravam sua indisposição

— O que você tá fazendo aqui? — Liz cruzou os braços e encarou Dinho com desdém. O mais velho franziu o cenho — Eu falei que queria ficar sozinha, que porra você tá fazendo aqui?

— O que aconteceu? — Dinho permaneceu com o cenho franzido — Por que tá estressada desse jeito?

Liz desceu as escadas passando reto por ele seguindo até a sala

Wonderwall - Dinho Alves (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora