Oioii
Peço desculpa pela demora mais uma vez
Andei muito ocupada nos últimos tempos, e minha vida virou de cabeça para baixo
Perdi meu pai um mês atrás e acabei nao tendo vontade de escrever e nem de fazer nada
Mas aqui estou, seguindo com a vida, e seguido com meus hobbies, como meu pai gostaria que eu fizesse
Espero que gostem desse capítulo!
Comentem e votem para eu saber o que estão achando!Beijinhos <3
A.F.—————
Na mesma hora as patas da aranha se dobraram sob o corpo. Ela virou de barriga para cima e começou a se contorcer horrivelmente, balançando de um lado para o outro. Moody não afastou a varinha e a aranha começou a estremecer e se debater violentamente...
—Pare! — gritou Hermione com a voz aguda. Ela estava com os olhos postos em Neville, e se apressou a acudi-lo. As mãos do garoto estavam agarradas à mesa diante dele, os nós dos dedos brancos, seus olhos arregalados e horrorizados e a respiração irregular.
Moody ergueu a varinha. As pernas da aranha se descontraíram, mas ela continuou a se contorcer.
—Reducio. — murmurou Moody, e a aranha se encolheu de volta ao tamanho normal. Eles repôs no frasco.
—Dor — explicou Moody em voz baixa — Nao se precisa de facas para torturar alguém quando se é capaz de lançar a Maldição Cruciatus... ela também já foi muito popular. Mais alguém conhece outra?
A mão de Hermione tremia levemente quando ela a levantou no ar, ainda abaixada ao lado de Neville, que tentava se recompor.
—Sim? — disse Moody, olhando-a.
—Avada Kedavra — sussurrou a garota. Vários colegas a olharam constrangidos, inclusive Rony.
—Ah — exclamou Moody, outro sorrisinho torcendo sua boca enviesada — Ah, a ultima e a pior. A da Kedavra... a maldição da morte.
Ele enfiou a mão no frasco e, quase como se soubesse o que a esperava, a terceira aranha correu freneticamente pelo fundo do objeto, tentando fugir dos dedos de Moody, mas ele a apanhou e colocou sobre a escrivaninha. A aranha começou a correr, desvairada, pela superfície de madeira. O professor ergueu a varinha.
—Avada Kedavra! — berrou Moody.
Houve um relâmpago de ofuscante luz verde e um rumorejo, como se algo vasto e invisível voasse pelo ar — instantaneamente a aranha virou de dorso, sem uma única marca, mas inconfundivelmente morta. Várias alunas abafaram gritinhos; Rony se atirara para trás, quase caindo da cadeira, quando a aranha escorregou em sua direção.
Moody empurrou a aranha morta para fora da mesa.
—Nada bonito — disse calmamente — Nada agradável. E não existe contramaldição. Não há como bloqueá-la. Somente uma pessoa no mundo já sobreviveu a ela, e esta sentada bem aqui na minha frente.
Harry sentiu seu rosto corar quando os dois olhos de Moody fitaram os dele. Sentiu que toda sua turma tambem estava olhando para ele. Harry encarou o quadro negro limpo como se estivesse fascinado por sua superfície.
Então fora assim que seus pais tinham morrido... exatamente como aquela aranha. Será que haviam morrido sem desfiguração ou marcas tambem? Será que tinham simplesmente visto um relâmpago verde e ouvido o rumorejo da morte que se aproximava célere, antes que a vida fosse varrida de seus corpos?
Harry imaginara a morte de seus pais muitas vezes nesses últimos anos, desde que descobrira que tinham sido assassinados, desde que descobrira o que acontecera naquela noite: como Rabicho informara o esconderijo de seus pais a V0ldemort, que viera procura-los em casa. Como o bruxo matara primeiro o pai de Harry. Como Tiago Potter tentara atrasá-lo, enquanto gritava para a mulher apanhar Harry e correr... e Voldemort alcançara Lilian Potter, dissera-lhe para se afastar pra ele poder matar Harry... como sua mãe suplicara para que ele a matasse no lugar do filho, recusara-se a deixar de proteger o filho com o corpo... e então Voldemort a assassinara também, antes de virar a varinha contra Harry.
—Avada Kedavra é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la, vocês podem apanhar as varinha agora, apontá-las pra mim, dizer as palavras e duvido que consigam fazer sequer com que meu nariz sangre. Mas não importa, não estou aqui para ensiná-los a lançá-la. Ora, se nao há uma contra maldição, por que estou lhes ensinando a maldição? Por que vocês precisam conhecê-la. Vocês tem que conhecer o pior. Vocês não querem se colocar em uma situação em que precisam enfrentá-la. VIGILÂNCIA PERMANENTE! — berrou ele e a turma inteira tornou a se sobressaltar. — Agora... essas três maldições, Avada Kedavra, Imperius e Cruciatus, são conhecidas como as Malicoes Imperdoáveis. O uso de qualquer uma delas em um semelhante humano é suficiente para ganharem uma prisão perpétua em Azkaban. É isso que vão ter que enfrentar. É isso que preciso ensiná-los a combater. Vocês precisam estar preparados. Mas, acima de tudo, precisam praticar uma vigilância constante, permanente. Apanhem suas penas, copiem o que eu vou ditar.
Os alunos passaram o resto da aula tomando notas sobre cada uma das maldições imperdoáveis. Ninguém falou nada até a sineta tocar — mas quando Moody os dispensou e eles saíram da sala, começaram num falatório irrefreável.
Todos comentavam a aula como se tivesse sido um espetáculo fantástico, mas Harry não achava nada engraçado. Tampouco Hermione.
—Anda logo — disse ela para Harry e Rony.
—Não é a biblioteca outra vez, é? — perguntou Rony.
—Não — respondeu a garota, apontando para um corredor lateral — Neville.
Neville estava de pé, sozinho, no meio do corredor, de olhos fixos na parede de pedra oposta, com a mesma expressão horrorizada e pasma que fizera quando Moody demonstrara a Maldição Cruciatus.
—Neville? — chamou Hermione de mansinho. Neville virou a cabeça.
—Ah, alô — disse ele, a voz mais aguda que habitualmente — Aula interessante, não foi? Que será que tem para o jantar, estou... estou morto de fome, vocês não?
—Neville, você esta bem? — perguntou Hermione.
—Ah, claro, estou ótimo — balbuciou o garoto, na mesma voz anormalmente aguda — Jantar muito interessante... quero dizer, aula... que será que tem para comer?
Rony lançou a Harry um olhar assustado.
—Nevile, que...?
Mas eles ouviram às costas um som seco, metálico e estranho e, ao se virarem, viram o professor Moody vindo em sua direção.
—Está tudo bem, filho — disse ele a Neville — Por que não vem até a minha sala? Vamos... podemos tomar uma xícara de chá...
Neville ficou ainda mais assustado ante a perspectiva de tomar chá com Moody. Ele não se mexeu nem falou.
—Você está bem, não está, Potter? — disse Moody, virando o olho mágico para Harry.
—Estou — disse Harry, em tom de desafio.
O olho azul de Moody estremeceu de leve na órbita ao examinar Harry. Então falou:
—Vocês tem que saber. Parece cruel, talvez, mas vocês tem que saber. Não adianta fingir... bom... venha, Longbottom, tenho uns livros que podem lhe interessar.
—O que foi que houve? — perguntou Rony, observando Neville e Moody virando para o outro corredor.
—Não sei — disse Hermione, parecendo pensativa.
Harry e Rony foram tagarelando sobre a aula ao longo do caminho até o Grande Salão. Hermione não entrou na conversa deles durante o jantar, mas comeu furiosamente e logo em seguida foi para a biblioteca. Harry e Rony voltaram para a Torre da Grifinoria após o jantar, mas Hermione ainda não tinha voltado da biblioteca.Ela tinha recebido um bilhetinho de Malfoy, pra que se encontrassem la depois do jantar. Ele havia percebido um padrão de comportamento dos alunos que frequentam a biblioteca, e o número de alunos que a frequentava após o jantar era baixíssimo, e os que íam até lá após o jantar se limitavam a fazer o dever de casa nas mesas de estudo. Haviam vários espaços que ele e Hermione poderiam usar para se encontrar após o jantar, sem que parecesse muito suspeito aos olhos dos outros.
—Como foi seu dia? — perguntou ele, do outro lado de uma enorme prateleira, enquanto caminhava muito devagar, como quem está olhando os livros a sua disposição.
—Foi estanho... — respondeu Hermione, não parecendo muito animada — Diferente... De fato, aquele novo professor parece muito enérgico. — disse ela, caminhando na mesma direção que Malfoy, olhando por entre os livros da prateleira. Podia ver a mão dele passando de leve por cima das capas empoeiradas daqueles livros.
—Que há de estranho dele? — perguntou Malfoy, um pouco curioso.
—Não sei direito o que é estranho, mas alguma coisa é. — ela parou e olhou para o outro lado através da prateleira, onde havia um espaço vazio, transformando a estante em uma janela. Malfoy parou no mesmo lugar.
—Como assim? — ele parecia interessado, mas sempre tinha aquele ar de leveza nas perguntas dele. Tudo parecia muito aveludado quando falava com Hermione — O que teve de diferente dos demais?
—Ele lançou as maldições imperdoáveis em sala. — ela respondeu num sussurro, como se estivesse contando um segredo criminoso. Malfoy ergueu as sobrancelhas, ainda com aquela leveza, e ainda com aquele interesse, mas parecia ter acendido alguma luz de alerta dentro dele.
—Que foi que ele fez? — perguntou ele, como se estivesse tentando processar o que acabara de ouvir.
—Sim, é isso mesmo. Não foi em uma pessoa, é claro. Mas ele demonstrou em aranhas. Ele lançou as maldições nas aranhas. Até mesmo a de morte. — disse Hermione, secando as palmas das mãos na calça. — Nenhum outro professor tinha feito algo sequer parecido.
Eles voltaram a caminhar devagar.
—Será que Dumbledore sabe disso? — perguntou Malfoy. Parecia estar tentando ligar pontos invisíveis que Hermione não enxergava. Ela não quis atrapalhar a linha de raciocínio dele.
—Eu não sei, mas talvez ele saiba. Quero dizer, não há um detector de maldições ou qualquer coisa parecida? Há dezenas de proteções mágicas em Hogwarts, se ele estivesse fazendo escondido, deveria apitar alguma coisa ou sei lá? — indagou Hermione, tentando concluir alguma coisa. Eles chegaram no final da estante, se encontrado num corredor vazio e mal iluminado, que terminava em uma parede.
—Eu não sei. — disse ele, se aproximando e colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. — Talvez ele só seja um velho caduco, e aranhas são insignificantes demais para fazer soar algum alerta.
Hermione torceu o nariz.
—Já falei que você pensa demais, minha querida? — ele sorriu, escorando o ombro na lateral da prateleira.
—Sim, — disse ela, encrespando os lábios — mas isso foi muito esquisito. — rebateu ela, cruzando os braços com leve irritação. Ela queria descobrir o que há de errado, e Malfoy não estava colaborando com sua investigação.
—O que não é estranho em Hogwarts? — ele perguntou com divertimento. — Já tivemos algum ano normal aqui?
Hermione revirou os olhos.
—Você se acha muito espertinho, não é?
—Acho. — ele respondeu, segurando a mão de Hermione.
A sineta da madame pince soou. Ela a tocava quando estava na hora de fechar a biblioteca.
—Vamos lá, você vai primeiro e eu vou depois. — disse ele, indicado o caminho para Hermione. — Mas antes, isso aqui. — E deu um beijinho sutil na testa dela. — Boa noite.
—Boa noite, Draco. — ela sorriu para ele e se sumiu entre as prateleiras.
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Love potion
FanfictionHermione volta das férias louca para reencontrar Malfoy Uma continuação de Love spell (2020)