4 - Zayn Malik

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Interlaken, 10 de Março / 11:43 pm / Inverno

Todas as quintas-feiras depois da faculdade, meus amigos e eu nos reunimos na casa da Ally para jogar video game e ficar de bobeira.

Aparentemente, hoje eu fui a primeira a chegar, porque não encontro ninguém.

- Ally? Ron? Tem alguém em casa? - gritei mas ninguém respondeu. Me larguei no sofá e encostei minha cabeça na cabeceira, encarando o teto.

- Tem, sim. - uma voz atrás de mim disse.

Congelei e posso jurar que meu coração parou por um milésimo de segundo.

Podia reconhecer aquela voz a quilômetros. Zayn Malik.

Ele é o irmão mais velho de Ally, porém deveria estar na faculdade do outro lado do oceano, nos Estados Unidos.

Mas o que diabos ele está fazendo aqui?

Me virei bruscamente para trás e lá estava ele, me encarando em pé, com o torso exposto, trajando apenas uma calça moletom preta.

Céus, sua pele bronzeada combina com qualquer coisa.

- Não vai me cumprimentar, nerdzinha? - como sempre, o tom de voz dele era carregado de ironia e seu sorriso ladino fervia até meu último nervo.

- O que você está fazendo aqui? - minha voz saiu mais ríspida do que eu pretendia. Nem dois minutos no mesmo ambiente e a presença dele já me irritava.

- Eu também senti saudades. - ele se aproximou, ergueu a mão e bagunçou meu cabelo, como costumava fazer quando éramos crianças. - Vim visitar minha irmãzinha e a amiga dela.

Arrumei meu cabelo claramente irritada enquanto ele contornava o sofá e se sentava ao meu lado.

- Você mudou. - declarou, analisando meu cabelo e rosto.

- Pois é. - sorri cordialmente - Já você continua o mesmo. - dessa vez ele sorriu.

Um sorriso que eu conhecia tão bem e era estranhamente reconfortante.

- A genética me favoreceu, nerdzinha.

"Nerdzinha" era como ele me chamava desde a primeira vez que o vi.

Zayn sempre me perseguia. Nunca vou me esquecer do dia em que ele colocou um sapo na minha mochila. Eu quase morri de susto quando abri e o sapo pulou na minha cama.

Mas já éramos adultos e estava na hora de deixar isso pra trás.

- A propósito, - continuou - você cresceu. - ele desenhava meu corpo com os olhos. Desviei meu olhar do dele para não deixar aparente o quanto seu comentário me deixou inquieta.

Ele estava sério.

É a mesma expressão que fez quando me encontrou chorando no corredor da escola, porque não consegui uma vaga na peça de teatro. Na semana seguinte, ele deixou que eu participasse do recital da faculdade dele.

Nunca mais mencionamos isso.

- Mas sério, - iniciei - o que veio fazer aqui realmente?

- Me transferi para cá. Você foi novamente contemplada com a minha presença.

- Sério? Eu torci para que você ficasse na América pra sempre. - alfinetei.

- Eu sei que você sentiu minha falta. - ele disse se aproximando mais para o meu lado do sofá, encurtando a distância entre nós. - E eu realmente queria estar perto das pessoas que amo.

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