3 - Aaron Linston

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No interior da Inglaterra, onde famílias ricas brigavam pelo poder das terras descendentes do Príncipe Cannon, uma grande negociação havia sido feita. Contudo, o preço era alto. A morte daqueles que não foram valentes o suficiente para avançar nos negócios e não foram ousados o bastante para permanecer na disputa provocou a guerra . Um banho de sangue que ecoava pelos corredores do poder.

Eles morreram "subitamente", diziam os rumores. Os poderosos não enxergavam vida humana, apenas inimigos que cruzaram seus caminhos.

Duas famílias então restaram: os Baltimore e os Liston.

No meio disso, lá estava eu, sendo usada como uma peça num jogo sujo da burguesia. Mas era o inevitável. Sim, uma jovem da família Baltimore casou-se com um rapaz viril dos Liston.

Quando meus pais me comunicaram sobre o casamento, automaticamente fiz uma lista mental dos possíveis rapazes que poderiam ser meu marido. No entanto, nunca imaginei que seria Aaron Liston.

Primeiro porque Aaron nunca foi apontado como um pretendente e nunca se ouviu falar no seu interesse pelos negócios da família. Ele era conhecido, porém, pelos trabalhos de campo, como no dia em que defendeu crianças do ataque de lobos.

Então, por que raios estou casada com esse homem?

O casamento foi hoje, mas não houve cerimônia. Nós, a família e os burgueses, nos reunimos numa sala para a assinatura dos papéis que comprovam nosso matrimônio.

Só.

Eu não tive a chance de conversar sobre o que estava acontecendo. Eu sequer lembrava da voz dele.

Já fazia tanto tempo desde que éramos crianças. Mesmo assim, ainda me lembro do sorriso travesso dele quando corríamos escondidos para brincar do outro lado das montanhas, e da risada maléfica quando me sujava de lama.

Mas isso ficou para trás. Agora somos crescidos e ele se tornou um estranho, quase um desconhecido. Em anos, tivemos algumas poucas conversas formais que duravam apenas alguns instantes.

Agora eu estou aqui, sentada à beira da cama vermelha de cetim, completamente sozinha no meu primeiro dia de casada.

Agora eu estou aqui, sentada à beira da cama vermelha de cetim, completamente sozinha no meu primeiro dia de casada

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Olho ao redor à procura de algo familiar, mas não há nada.

O ambiente é composto de alguns móveis antigos, como se a madeira tivesse sido esculpida à mão. A cômoda tem alguns pertences de Aaron, como alguns relógios Rolex e outros itens de marca cara.

Ele sabe esbanjar.

Levanto-me da cama e decido finalmente vasculhar o que há dentro das gavetas. Muitas roupas pretas, algumas gravatas de tom escuro, variando de vermelho, vinho e preto. Era raro ver uma ou outra peça branca.

Típico estilo dele.

Vasculho mais um pouco. Tudo bem que eu não deveria estar aqui, mas quem se importa? Eu sou casada com esse homem, querendo ou não.

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