Hundred Boys in Bars

Heliotropismo

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Lucy exalava simpatia para todas as pessoas com quem cruzava na rua, todos tinham um grande afeto com ela como se fosse da família. Era compreensível já que aquela mulher era doce, atenciosa e prestativa com todos, realmente encantadora assim como um girassol radiante que chama atenção de todos por onde passa e que sempre está direcionado para o sol.

Este é um movimento chamado de heliotropismo, que explica o porquê do girassol começar o dia sempre virado de frente para o sol, no leste, e conforme o dia vai passando a planta acompanha o sol até o oeste. No fim da noite o girassol vira novamente para o leste pronto para dar início ao ciclo no dia seguinte.

Uma outra explicação dada pela ciência é de que a célula na base das flores do girassol crescem mais rapidamente do lado oposto ao sol, fazendo com que a flor se incline na direção da luz solar.

Haley se encontrou vestindo novamente a jaqueta verde quando o frio do início da noite chegou, sua blusa sem mangas e de tecido fino não a protegiam de forma alguma da brisa gelada e Lucy insistiu que ela tomasse posse da jaqueta novamente.

Quando entraram no bar de Hank o frio ficou da porta para fora, o estabelecimento estava começando a encher de forma que várias mesas já estavam ocupadas por grupos de amigos comemorando o fim de uma longa semana de trabalho, ou de casais que querem curtir a noite, entre outros tipos de pessoas que frequentavam o bar numa sexta a noite.

Hank andava por entre as mesas preocupado com o atendimento de seus clientes, era bem atencioso que ensinava seus garçons a serem também. O bar era um dos únicos locais da cidade que os moradores iam para dar uma respirada e curtir um pouco, então praticamente estava cheio toda noite. Quando o homem percebeu a presença das duas ali, parou perto de Lucy e a abraçou apertado.

Haley observava tudo a meio metro de distância, por sorte não seria vista pelo mais velho e poderia ficar com Lucy e beber um pouco sem problemas. Admirava a forma como Hank abraçava Lucy, pareciam até pai e filha se reencontrando depois de alguns dias longe um do outro. Também era tratada assim pelo dono do bar, pena que colocou tudo a perder com suas atitudes idiotas que não levaram a nada.

Tinha um pouco de inveja da relação que a fazendeira tinha com os moradores da cidade, em seu caso parecia mais que todos a odiavam e no topo da lista agora estava a senhora Amber.

Mas queria ser amada também, ter mais amigos para sair e compartilhar fatos de seu dia a dia sem ser com as suas funcionárias. Já tinha vinte e três anos, morava longe de sua família, nunca tinha conseguido engatar em um relacionamento sério com um garoto e sentia como se fosse a pessoa mais solitária do mundo. Esse sentimento só vinha piorando nos últimos dias.

— Faz tempo que você não vem aqui, na verdade você nunca veio aqui a noite. Alguma ocasião especial? — Hank falava animado segurando nos ombros de Lucy enquanto a olhava com um sorriso gigante

Viu quando Lucy olhou para trás em sua direção tentando lhe passar segurança como olhar como se soubesse que estava arrependida pelas coisas que fez naquele bar e do jeito que decepcionou Hank na última vez que se viram.

Hank a olhou por cima do ombro de Lucy e seu sorriso sumiu um pouco, ele não recepcionou Haley com um abraço como fez com a morena, já era de se esperar...mas Haley tinha uma pontinha de esperança.

— Oi Hank! — deu dois passos a frente para ficar ao lado da morena

— Esta cliente me disse que foi expulsa do seu bar e estava com receio de vir aqui hoje. Mas posso garantir que ela está comigo e que tá tudo bem! — Lucy encostou o ombro no de Haley enquanto olhava bem para a expressão confusa de Hank — Ela pode ficar?