Acordo, mas o meu corpo não.
-Droga… - bufo e me levanto de uma vez, suspirando e indo em direção ao banheiro.
Isso já estava demais, essa obsessão maluca, estava me levando as ruínas .
Eu durmo tarde, pensando nele, e acordo.
Pensando nele.
Entro no chuveiro e tomo um banho frio, deixando a água percorrer todo meu corpo.
Saio do box e só coloco o meu uniforme, indo direto pro trabalho.
-Será que posso fingir que eu morri? - sussurro pra mim mesma, vendo Victor parado na frente da lanchonete, mexendo no celular como sempre.
-Bom dia. - Falo baixo enquanto passava por ele.
-Ágatha! - Ele grita, andando rápido atrás de mim.
-Não posso falar, estou atrasada. Temos que trabalhar. - Falo enquanto colocava o meu avental.
Ele somente confirma com a cabeça e sai dali, indo pro caixa.
Meus pensamentos oscilam entre ele e Thomas.
Depois daquele beijo, eu não sei… mas algo mudou.
Bom ou ruim, não faço ideia, mas mudou.
..
O expediente acaba e eu tiro o avental, jogando ali.
Diferente das outras vezes, Victor não me espera, ele somente sai andando me deixando plantada ali.
-Idiota. - resmungo colocando as mãos no bolso do meu casaco e ando pra casa.
Me jogo na cama assim que chego e pego no sono, mas acordo rapidamente ouvindo um barulho na minha janela.
Abro, e me assusto.
-O que você tá fazendo aqui???? - Pergunto incrédula.
-Ágatha… me desculpa por hoje, eu… eu não sei o que deu em mim. - Victor diz com a voz embargada. - Me deixe entrar, por favor.
Eu confirmo com a cabeça e abro a janela, ele sobe por uma pequena escada que havia ali, e entra.
Antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, ele me beija.
Me beija calorosamente.
Suas mãos apertam minha cintura, e eu suspiro entre o beijo mordendo seu lábio inferior.
-Victor… - Me afasto um pouco, empurrando ele de leve. - Por que tá fazendo isso? - Eu gosto de você, Ágatha. - Ele fala de uma vez, levando a mão no rosto e respirando fundo.
-Como assim? Somos amigos, somente isso. - Nego com a cabeça. - Eu quero mais que isso. - Ele diz e vem até mim novamente, mas eu o afasto.
-Eu não tô pronta pra isso. - Ando até a janela, ele me encara triste e sai.
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O Filho do Padre
RomansaThomas González, 23 anos, 1,89 de altura. Cabelos negros e olhos castanhos. Seu corpo traça linhas que despertam desejo a qualquer uma que o veja. O calor no seu olhar faz com que eu tenha orgasmos espontâneos a cada minuto. Esse homem um dia vai me...