Capítulo 2

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Rhaenyra olha para Rhea, após terem deixado seu pai, depois da conversa. As duas andam lado a lado, sem falarem nada, deixando um silêncio confortável ao contrário do que elas achavam que ia ficar.

A mais nova conduziu a outra até o bosque onde encontraram Alicent deitada embaixo da árvore que ali fica.

Rhaenyra revirou os olhos ao vê-la e até tentou convencer Rhea de irem embora, porém a mulher mais velha recusou e mesmo contra a gosto a mais nova ficou.

A de cabelos pretos curtos na altura dos ombros, vai em direção a Alicent pedindo licença para se sentar. O que a outra dar de ombros não ligando muito.

A mulher Targaryen respira fundo antes de ir se sentar perto de Rhea que a olha com um leve sorriso de canto de boca.

— Então Princesa, o que você gosta de fazer, além de sair voando no seu dragão? — Indaga olhando com curiosidade Rhaenyra que fica um pouco envergonhada, mas não demonstra.

Alicent ao ouvir a indagação de Rhea para Rhaenyra resolve se retirar dali sabendo que a presença dela não era mais bem-vinda para a sua ex melhor amiga.

— Comer bolo de limão, ler sobre a história da casa Targaryen e se pudesse treinar com espadas, não que agora eu não possa, mas, meu pai ainda não acha que está no momento certo, mesmo após minha apresentação de alfa Lúpus — Ela se inclina para trás, encostando as costas contra o tronco da árvore.

— Impressionante, a muitos anos que não se ouve falar de um Lúpus, principalmente alfa mulher — Fala casualmente olhando para frente.

— Impressionante mesmo, mas, não para algumas pessoas — Suspira fechando os olhos e apertando as mãos em punhos — Não importa se sou uma alfa Lúpus, ainda sou uma mulher e ainda posso ser usurpada se eu tiver um irmão primogênito homem, até mesmo se ele for ômega — Respira fundo, abrindo os olhos e olhando para Rhea.

— Então é melhor você ter uma boa relação de irmandade com ele e os futuros filhos que a rainha ainda vai ter — Rhaenyra escuta esse conselho e fica pensativa.

— Mas, e se forçarem ele a me usurpar? — indaga com a sobrancelha levantada e com a mão dominante no queixo.

— Se o forçarem, daremos um jeito para ajudá-lo e te coroar — Num gesto involuntário, Rhea se vira para Rhaenyra e espalma levemente a mão na bochecha dela. — Até lá, trate de ter uma boa relação com seu futuro ou futura irmã — ela percebe o que fez e retira a mão.

— Você está certa, eu vou seguir seu conselho, obrigada — Sorrir olhando diretamente para a mais velha.

— Não precisa agradecer — solta uma risada.

— Eu gostaria de saber se algum dia, você poderia querer voar comigo na Syrax?

— Quem sabe — sussurra levantando com graciosidade — Que tal andarmos um pouco pela cidade?

— Acho melhor não, depois que minha mãe morreu, a situação na cidade piorou e o fedor é muito forte — coloca-se de pé, indo para o lado da outra.

— Talvez você deva ajudar — Diz pegando delicadamente na mão de Rhaenyra.

— Até queria, mas, infelizmente, mesmo tendo sido feita herdeira do trono, não tenho tanto poder no conselho, sendo ainda somente a copeira — a vergonha cobri todas as palavras ditas pela jovem.

— Isso não está certo, se você é a herdeira legítima do trono, deveria está fazendo mais do que enchendo copos dos conselheiros, deveria está estudando e assumido outra posição — indignação, isso é o Rhea está sentindo — Como seu pai quer que você seja uma boa futura rainha e tenha respeito dos Lordes e até mesmo do povo desse jeito — Bufa, revirando os olhos. Pensando no que Viserys está fazendo, em vez de estar fortalecendo e ensinando Rhaenyra.

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