Voltei glr, td bem?? Como vcs estão?? Me digam. Ou n contem tbm, vcs q sabem.
Um avisozinho rápido antes do cap:
Gatilhos: Assédio, palavras chulas e homofobia explícita! Se não se sente confortável, sugiro que pule até o final da musica.
É isso, encontro vcs lá no final. Boa leitura!
😙🫴💕____________________
Abril, 2024
MUSEUM PARK, MIAMI
Gallant Art Gallery
Sábado - 08:53pm
— Desculpem-me a inconveniência, mas precisam de você no depósito, Karla. — John falava sério olhando fixamente na direção de Lauren. Parecia irritado, como se estivesse se controlando. O movimento da saliva descendo lentamente por sua garganta não passou despercebido por nenhuma das duas mulheres.— Sabe me dizer sobre o que se trata? É algo realmente tão urgente a ponto de precisar ser resolvido no meio do evento mais importante da Gallant? — A estranheza se deu mais ao fato de ser o empresário a vir lhe comunicar, contudo, se fosse realmente importante estava disposta a ir verificar.
A verdade era que Wright passava pelo hall no momento em que Karla começava a subir os degraus. A mulher sempre lhe atraía os olhos e não fora diferente daquela vez, porém o que mais agradou foi a percepção da falta de companhias ao lado da mesma, com isso, o homem tomou como objetivo ir atrás da latina. Pensava maliciosamente ser uma ótima oportunidade para conquistá-la estando sozinhos num lugar mais isolado como aquela parte da galeria, mas, como Deus é bom e o diabo não presta, alguém o parou no meio do caminho o puxando para uma conversa banal.
Era apenas uma graciosa senhora que desejava saber como estava seus pais e vida, mas que se prolongava demais nas perguntas o impedindo de prosseguir com sua nova rota adquirida; distraindo-o — mesmo que inconscientemente — tempo suficiente para que Lauren passasse sem sequer ser notada pelo empresário. Quando John finalmente se viu livre da desinteressante conversa em que a doce senhora o alugou, se pôs a ir atrás de Karla novamente, sem ter ciência de que a mesma já estava muito bem acompanhada naquela altura. A surpresa logo se tornou raiva ao presenciar a cena que tanto ansiava ter sido protagonista, o fazendo agir por impulso, tomando a atitude de impedir o que quer que estivesse prestes a acontecer ali; se sentia impotente ao ver a facilidade que aquela mulher havia conseguido conquistar muito mais do que ele, conquistar aquilo que ele tanto almejava por puro ego.
— É... e-eu não sei na verdade, apenas me pediram para chamá-la. — O gaguejar saiu por conta da força que aplicava para não explodir ali mesmo, mas facilmente se passou por nervosismo aos olhos de Karla. Não passou pela cabeça da mulher que o herdeiro pudesse estar sentindo algo além disso, mas os olhos azuis não saíram de Lauren, a olhava de cima a baixo com um certo incômodo transparecido, o que deixou uma pulga inconveniente atrás da orelha da loira.
— E quem pediu?
— Uma mulher... que.. é... que trabalha aqui. — Se embolou entre suas mentiras, fora pego desprevenido com a pergunta.
— Literalmente só mulheres trabalham aqui. Mas tudo bem, John, obrigada por avisar. — Esperou por alguns segundos que ele entendesse e se retirasse por si só, mas não o fez. E ao ter essa percepção, de que o homem não o faria por sua própria vontade, a artista voltou o olhar para Lauren que a correspondeu de imediato. Por graça da cumplicidade extraordinária e rápida que obtiveram, trocaram uma conversa silenciosa e breve, antes de Karla suspirar cansada e se voltar calada para frente. Não aguentava mais as intolerâncias e inconveniências do rapaz, estava realmente cansada daquele comportamento antiprofissional do mesmo. — Já agradeci, John. Descemos daqui a pouco, pode nos esperar no piso de baixo. — Adotou um tom menos brando desta vez, fazendo os olhos do empresário pairarem de Lauren e focarem em si. A mulher, também empresária, observava tudo em silêncio, não saiu do lado de Karla em momento algum ou sequer pensou em fazê-lo, se manteve com a canhota em sua lombar como um apoio para que não se sentisse sozinha na situação.
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The Sender: Art of Conquest
Fiksi PenggemarSabemos que ninguém escapa da morte, e muitos se assustam com isso, já outros se consolam, mas o que não podemos negar é que temos a certeza de que ela vai chegar, só nos resta aceitá-la. Karla Camila Cotrim aceitou a morte de seu pai, conviveu com...