Sob o Mesmo Céu Azul - Valu

Capítulo 08

Olá, tudo bem?

Já início agradecendo todos que visualizaram, votaram e comentaram o capítulo anterior, muito obrigada pelo gigantesco apoio, vocês são incríveis.

Como já imaginavam, neste capítulo vocês vão acompanhar um importante e crucial diálogo entre as protagonistas e um pouco mais da história real de Luiza, formando as peças de sua vida conturbada.

Espero que gostem, votem e comentem muito sobre o que acharam e, o que acreditam que possa ocorrer no desenrolar deste enredo.

Sem delongas...

Boa leitura.

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Luiza e Valentina: Mentiras que protegem

O quarto do hospital estava envolto em uma atmosfera pesada e silenciosa, quando Valentina avistou Luiza desesperada sob a cama, os ombros curvados e lágrimas escorrendo por seu rosto. O coração de Valentina apertou ao ver a amiga em tal estado e aproximou-se rapidamente com a expressão preocupada e temerosa. Após ocupar um espaço ao lado da jovem de olhos castanhos, Valentina colocou uma mão reconfortante em seu ombro, transmitindo solidariedade e apoio silencioso, observando-a erguer o olhar em sua direção, repleto de dor e desespero, refletindo a agonia que tentava conter dentro de sua alma.

A espanhola percebeu imediatamente que algo de terrível acontecera e, com um nó de apreensão formado em seu estômago, decidiu confronta a hóspede do quarto. Movida por um gesto determinado, Valentina segurou delicadamente o rosto de Luiza entre as mãos, fazendo-a conectar castanho ao verde com seriedade e preocupação.

- O que aconteceu, Camila? Não tente negar que algo de extrema preocupação aconteceu dentro deste quarto. É aquele homem, certo? Não minta...me diga, como posso te ajudar? Quem é ele?

Luiza tentou desviar o olhar, mas a firmeza nos olhos de Valentina a prendeu, forçando-a enfrentar a realidade que tanto temia. A tensão no ar era palpável quando Valentina exalou uma respiração profunda, preparando-se para uma conversa difícil que poderia ocorrer. Longe de proferir qualquer palavra, a moça de olhos verdes acenou com a cabeça positivamente, incentivando sua amiga a compartilhar sua dor e angústia.

- Não consigo, Valentina... – As mãos trêmulas seguravam os lados de sua cabeça em desespero, enquanto um suspiro pesado e choroso, ecoava involuntariamente de seus lábios misturado com suas difíceis palavras. – Não consigo... – Repetiu – Tenho medo que se afaste de mim...Que me odeie ao conhecer os motivos que trouxeram-me para este hospital.

- Confiei minha filha aos seus braços, contando com sua alimentação e cuidados, se permiti este tipo de proximidade com meu bem mais precioso é porque acredito em seu nobre coração. Não acredito que mudará algo desta imaculada imagem de pessoa gentil e empática que tem demonstrado. – Valentina removeu as mãos da jovem da lateral de sua cabeça e segurou ambas delicadamente, como forma de apoio e força. – Prometi que lhe ajudaria...me diz, o que aconteceu? Por favor...

A jovem Luiza estava imersa em um mar de pensamentos tumultuados, sua mente era caracterizada como uma tempestade de emoções conflitantes, sentia o peso do segredo que carregava, pressionando-a implacavelmente. Cada batida do coração parecia ecoar a urgência de revelar a verdade, mas o medo a mantinha cativa, aprisionando-a em um ciclo de angústia e incerteza. Por um instante, fechou os olhos buscando coragem dentro de si mesma, lembranças de seu passado tumultuando cada memória e perfurando sua alma como uma faca afiada.