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Antes de ir embora, passei na cantina para pegar algo para mim e Malachi comermos no caminho

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Antes de ir embora, passei na cantina para pegar algo para mim e Malachi comermos no caminho. A fila estava cheia como sempre, então fiquei mexendo no celular enquanto esperava.

Até que sinto alguém cutucar meu ombro, fazendo com que eu desligue o celular e olhe para a pessoa atrás de mim. Era o Peter.

— Oi, era só pra avisar que chegou sua vez na fila.

— Ah, desculpa, eu não percebi. — respondi, me virando para frente novamente e pedindo para a moça o que eu queria.

Enquanto esperava a moça da cantina pegar o salgado que pedi, percebi o garoto me olhando, mas apenas fiquei olhando pras minhas unhas, pensando em qual cor eu iria usar na próxima vez que fosse pintá-las.

Peter se aproximou de mim após pedir o lanche, parando ao meu lado para esperar.

— Prazer, eu sou o Peter. — ele pronunciou enquanto tentava puxar assunto, estendendo a mão para mim.

Sai do meu transe e olhei para o garoto, depois apertei a mão dele em cumprimento.

— Sou a Isabel, mas pode me chamar de Belly mesmo.

— Nome bonito.

— Obrigada. — respondi por fim, sorrindo fraco.

A moça da cantina voltou e entregou os lanches para mim. Como a pessoa educada que sou, dei tchau para a moça e para o Peter, e voltei para o lado de fora da escola, onde encontrei Malachi me esperando. Os nossos amigos já tinham ido embora, então apenas sobraram nós dois.

— A fila estava muito grande? — ele perguntou após agradecer pelo lanche.

— Sim, como sempre.

Começamos a caminhar de volta para casa, conversando sobre coisas aleatórias, assim como sempre fazíamos. Era incrível, que mesmo depois de anos de amizade, a gente ainda tinha assunto para conversar.

— Você acredita que enquanto eu estava na fila, o Peter veio falar comigo? — falei depois de entrarmos no assunto do aluno novo. Malachi mordeu um pedaço de seu lanche e olhou para mim rapidamente.

— Sério? — perguntou, parecendo curioso. — O que ele veio falar com você?

— Nada demais, ele só falou que já estava na minha vez na fila, e depois veio se apresentar pra mim enquanto a gente esperava os lanches ficarem prontos.

— E o que você achou dele?

— A gente não conversou muito, mas ele parece ser legal.

Malachi acenou, voltando a comer seu lanche em silêncio. Depois de alguns segundos em um silêncio agradável, ele se virou para mim novamente.

— Quer ir lá em casa mais tarde? Eu achei aquele jogo que a gente jogava quando tínhamos oito anos.

— Sério? Eu adorava aquele jogo. — sorri. — E sim, claro que eu vou.

Chegamos na nossa rua e demos tchau um para o outro. Malachi ficou olhando enquanto eu entrava em casa, para ter certeza de que eu entraria em segurança. Ele faz isso já tem muito tempo. Me lembro de termos seis anos e ele ficar olhando pela janela ou esperando do lado de fora para ver se eu cheguei bem. Era fofo.

(...)

Após ajudar minha mãe com algumas tarefas e tirar um cochilo, acordei e me troquei para ir para a casa do Malachi.

Desci as escadas e vi minha mãe fazendo algumas contas.

— Mãe, eu vou pra casa do Malachi, tá bom?

— Tá bom filha, só não volta muito tarde. Vou te mandar uma mensagem para você quando seu pai chegar.

Acenei e beijei a bochecha dela antes de pegar meu celular e ir para a casa dele. Não precisava de muito esforço, já que ele era meu vizinho.

Bati na porta e a Felicia abriu a porta e sorriu quando me viu.

— Oi, querida! Tudo bem? — ela disse e me abraçou.

— Oi, tia Feh. Estou bem e você?

— Tudo bem também. O Malachi tá lá no quarto dele.

Subi para o quarto dele e quando ele abriu a porta, me deu um abraço e depois fomos jogar e conversar.

— Vamos assistir um filme? — ele perguntou depois de terminarmos a partida.

— Beleza, qual?

— Pode escolher.

Peguei o controle e comecei a procurar algo que ainda não havíamos assistido no catálogo da netflix.

— Já sei, vamos assistir De Repente 30. Você ainda não assistiu e é muito bom. — sugeri, e o garoto apenas sorriu e leu a sinopse.

— É... parece ser legal, coloca aí.

Coloquei o filme e Malachi se aconchegou perto de mim, ficando assim. Durante o filme, ele fazia comentários do tipo "Ele gosta dela, né?", "Essa amiga dela é uma falsa" ou algo assim, o que me fazia rir.

Quando o filme terminou, escutei meu celular tocar e vi uma notificação da minha mãe avisando que meu pai chegou e que era pra eu ir para casa. Me despedi dos pais de Malachi, mas o garoto fez questão de me levar até a porta da minha casa.

— Boa noite, Mali. — digo, o abraçando rapidamente.

— Boa noite, Bells. 

 

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𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒?, 𝘔𝘢𝘭𝘢𝘤𝘩𝘪 𝘉𝘢𝘳𝘵𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora