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Acordei com um som estrondoso que parecia um trovão dentro da casa

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Acordei com um som estrondoso que parecia um trovão dentro da casa. Meus olhos se abriram instantaneamente, e meu coração quase saiu pela boca. Ainda meio atordoada, ouvi risadas e alguém gritando. Meus sentidos voltaram à realidade e percebi que estava na sala dos Walton, cercada pelos meus amigos que dormiam espalhados pelo chão e sofás, com cobertores jogados de qualquer jeito. E o barulho? Javon, claro, batendo panelas como se estivesse em um desfile de escola de samba.

— Acorda, galera! — Javon gritava, batendo panelas.

Eu dei um salto, meu coração disparando. Ao meu lado, Malachi também se levantou de repente, com os cabelos bagunçados e olhos arregalados.

— Que diabos, Javon? — resmunguei, tentando cobrir meus ouvidos com o travesseiro.

— Isso é tortura! — Jaden resmungou, enfiando a cabeça debaixo do cobertor, tentando escapar do barulho.

— Que horas são? — Malachi perguntou, passando a mão pelos cabelos bagunçados e bocejando.

— Hora do Javon ser jogado pela janela — respondi, me espreguiçando e me levantando do colchão improvisado no chão.

— Cara, você tá louco? Eu quase tive um ataque cardíaco! — Walker disse, olhando para Javon com uma expressão sonolenta.

Javon apenas riu, finalmente parando com o barulho. — Relaxa, pessoal, só estou garantindo que ninguém perca o café da manhã.

— Você é impossível — eu disse, balançando a cabeça, mas não consegui deixar de sorrir. Javon sempre teve essa energia maluca, e no fundo, acho que nenhum de nós se importava de ser acordado assim quando ele estava por perto.

Eu, Malachi, Leah, Aryan e Walker voltamos para nossas casas depois do café da tarde. Como sempre, fui para casa com Malachi e me despedi com um abraço ao chegarmos na minha casa. Ele atravessou a rua e entrou na casa dele logo depois.

Entrei pela porta da frente, sentindo a calma de casa me envolver, mas ao ouvir os altos e agressivos ecos de uma discussão, a tranquilidade rapidamente se dissipou.

Subi as escadas rapidamente, o som das vozes se tornando mais alto à medida que me aproximava do meu quarto. Não era incomum ouvir meus pais discutindo, mas havia algo diferente no tom desta vez, algo que fez meu coração bater mais rápido e minha mente se encher de uma crescente inquietação.

— Eu não consigo acreditar que você fez isso comigo! — minha mãe gritou, sua voz estava embargada e cheia de dor.

— Eu... eu não queria que fosse assim. — a voz do meu pai tremeu, e pude perceber o peso da culpa em suas palavras.

— Não queria que fosse assim? — minha mãe repetiu, com um tom irônico e amargo. — E o que você tem a dizer sobre as mensagens que encontrei? Sobre a mulher com quem você esteve?

Aquela última frase atingiu como um soco no estômago. Fechei os olhos por um instante, tentando processar a revelação chocante. Meu pai estava traindo minha mãe. A dor e a confusão se misturaram dentro de mim, e eu me senti paralisada, incapaz de mover os pés. Lágrimas escorreram pela minha bochecha, e eu sabia que não ia conseguir ficar ali, escutando aquela briga.

Sem saber o que fazer, peguei meu casaco e corri para fora de casa. Não consegui suportar mais a dor, e a única coisa que consegui pensar foi em ir até Malachi. Ele sempre foi um refúgio seguro para mim, e eu precisava desesperadamente de um abraço dele.

Atravessei a rua sem nem ao menos olhar para os lados para conferir se algum carro estava vindo. Cheguei a casa dele e bati na porta com força, sem me importar com formalidade, sentindo meu coração e respiração acelerados.

Malachi abriu a porta depois de alguns segundos, sua expressão se tornando confusa e preocupada ao me ver naquele estado sendo que a poucos minutos atrás eu estava bem.

— Belly, o que aconteceu? — ele perguntou, a preocupação estampada em seu rosto.

Não consegui segurar as lágrimas e me atirei em seus braços, soluçando. Malachi me envolveu em um abraço apertado, como se tentasse me proteger de toda a dor que eu estava sentindo.

— Eles estão se separando... — consegui dizer entre soluços. — Meu pai traiu minha mãe.

Ele me puxou para dentro, fechando a porta atrás de nós com um gesto firme, como se tentasse criar um escudo ao nosso redor. Seus braços eram fortes e acolhedores, e eu me afundei neles, sentindo uma onda de alívio misturada com a tristeza.

— Shh... — Malachi murmurou, acariciando meu cabelo com uma ternura que me fez sentir ainda mais vulnerável. — Está tudo bem. Você está segura aqui. Eu estou aqui com você.

Eu me aninhei em seus braços, encontrando conforto no calor do seu corpo e na sua presença reconfortante. Suas palavras eram suaves, suas mãos eram carinhosas, e o modo como ele me segurava me fazia sentir que, pelo menos por um momento, eu não estava sozinha.

Ele acariciou suavemente meu cabelo, quebrando o silêncio depois de alguns segundos. — Quer dormir aqui hoje? Posso pedir pra minha mãe avisar a sua.

— Sim... eu prefiro ficar aqui — sussurrei, me acalmando aos poucos.

Ele avisou a mãe dele, que foi super carinhosa comigo e fez até minha comida favorita para me animar. 

Depois do jantar, tomei um banho e vesti a roupa que Malachi havia me emprestado. Uma calça de moletom e um moletom dele. Saí do banheiro depois e vi o garoto me esperando, deitado na cama.

Me deitei ao lado dele na cama e fechei os olhos, permitindo que a exaustão e a dor se misturassem com o sentimento de segurança que Malachi me proporcionava.

— Obrigada, Mali. — sussurrei, enquanto já começava a adormecer.

Ele respondeu com um beijo suave na minha testa, e logo o mundo ao nosso redor pareceu desaparecer, substituído por um abraço reconfortante e a sensação de que tudo ficaria bem.

Ele respondeu com um beijo suave na minha testa, e logo o mundo ao nosso redor pareceu desaparecer, substituído por um abraço reconfortante e a sensação de que tudo ficaria bem

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𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒?, 𝘔𝘢𝘭𝘢𝘤𝘩𝘪 𝘉𝘢𝘳𝘵𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora