MAXTON HALL | Calista Hoffman destaca-se em Maxton Hall não apenas por sua beleza e sobrenome influente, mas por tropeçar em um segredo obscuro da família Beaufort. Isso a coloca em um dilema moral: revelar a verdade ou manter-se leal aos próprios p...
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Música: Same old love — Selena Gomez
Existem três coisas que Calista tinha um ódio fervente. A primeira delas eram as mentiras. Ela simplesmente não suportava a falsidade, mesmo quando estava cercada por pessoas e sentimentos fingidos. A segunda coisa que despertava sua aversão era a infidelidade. A ideia de alguém em quem confiou decepcioná-la profundamente e minar sua fé nas pessoas era insuportável para ela. Por fim, Calista abominava guardar segredos. Sendo uma pessoa naturalmente ansiosa, o fardo de guardar um segredo era como uma bomba-relógio, prestes a explodir e liberar uma enxurrada de emoções represadas.
Calista sentiu-se inundada de uma mistura de choque e cautela após testemunhar a cena na sala do professor Sutton. Sabia que aquele episódio precisava ser cuidadosamente guardado em seu baú pessoal, protegido de olhares curiosos. Embora pudesse facilmente usar aquela informação contra os Beaufort, expondo o segredo de que a filha aparentemente perfeita de Mortimer estava envolvida secretamente com o professor da escola, Calista optou pelo bom senso.
Ela compreendia que, apesar de toda a rivalidade existente, não valeria a pena manchar a reputação meticulosamente construída da família Beaufort. Assim, decidiu que guardar silêncio era a melhor estratégia, protegendo não apenas os segredos dos outros, mas também preservando a integridade e o legado de sua própria família.
Duas horas antes:
Os passos da garota loira eram tão rápidos quanto as batidas aceleradas de seu coração, pulsando em seu peito ansioso. Ela ansiava por alcançar a carta de recomendação que havia solicitado ao Professor Sutton naquela mesma manhã, no início das aulas. Tinha a certeza de que cada palavra escrita naquela carta seria um testemunho de suas habilidades e dedicação. Calista destacava-se como uma estudante brilhante, uma aluna exemplar em todas as disciplinas. Era inconcebível para ela imaginar que o Sr. Sutton pudesse tecer qualquer crítica em sua carta de recomendação.
Enquanto Cali navegava pelos corredores congestionados de alunos, seus pensamentos mergulharam em reflexões sobre o que aguardava sua vida após deixar Maxton Hall. Ela havia passado anos vagando por aqueles corredores gelados e antiquados, absorvendo lições de todos os professores e formando laços de amizade que, em breve, seriam separados pela distância. A expectativa de frequentar Oxford a enchia de entusiasmo, mas ao mesmo tempo, um medo silencioso a assombrava: como seria sua vida após aquele momento crucial? Como ela se adaptaria a essa nova fase? Essas perguntas a envolviam em uma teia de ansiedade, misturando emoções de empolgação e apreensão enquanto ela se preparava para o próximo capítulo de sua jornada.
Ao virar no corredor que conduzia à sala do Sr. Sutton, Calista sentiu suas mãos geladas e notou que seu cabelo estava um pouco desalinhado. Com uma hesitação breve, ela estendeu a mão para a maçaneta gasta da porta de madeira e a abriu sem bater, anunciando sua presença de maneira abrupta. No entanto, no momento seguinte, quando seus olhos se ajustaram ao interior da sala, Cali se encheu de um profundo arrependimento por não ter batido na porta.
