𝙰𝚞𝚝𝚘𝚛𝚊
𝙰𝚒𝚗𝚍𝚊 𝚗𝚘 𝙵𝚕𝚊𝚜𝚋𝚊𝚌𝚔...
Zuko sente cada segundo do tempo que passam juntos como uma eternidade, a tensão de sua missão desaparecendo lentamente enquanto ele baixa a guarda na presença dela. Ele se vê constantemente olhando para ela enquanto caminham, apreciando a leveza e a ternura de seu sorriso. Quando ela não está olhando, ele até se surpreende estudando seus traços suaves e suas curvas delicadas, seus longos e lindos cabelos brancos
Ele olha para cima e seus olhos encontram os dela, e ele cora ao perceber que foi pego olhando para ela. Ele limpa a garganta e desvia o olhar, fingindo que nada aconteceu, enquanto ela da um sorrisinho. Até que o estômago dela ronca levemente, quando ela percebe que também não comeu o dia todo
- er... você está com fome? Está começando a ficar tarde e ainda não encontramos nenhum de nossos familiares. Talvez devêssemos encontrar uma taverna e comer alguma coisa, e decidir o próximo passo a partir daí... - Zuko diz
- claro. Mas, tem um problema... minha avó tá com todo dinheiro que trouxemos - Nami diz
Zuko fica aliviado com a mudança de assunto, embora fique um pouco decepcionado por eles terem que parar para comer, ele não quer que esse momento acabe. Mas está ficando tarde e ele próprio começa a sentir fome
- sem problemas. Eu tenho algum dinheiro comigo. vamos apenas sentar e comer para continuarmos a busca, não se preocupe. - Zuko diz dando um sorrisinho
- obrigada. Vem, minha avó falou de um lugar ótimo para comer aqui - diz pegando na mão de Zuko e puxando para o local
Nami o leva até uma pequena taverna próxima. Eles entram e encontram uma mesa vazia no canto. Zuko puxa o assento para ela e ela se senta. A garçonete chega e ele pede uma refeição para os dois, olhando para ela e sorrindo antes de se sentar à sua frente. Ele decide continuar a conversa enquanto esperam pela comida
- então, conte-me mais sobre você. Você disse que não vem à cidade com frequência, certo? - Zuko diz num tom amigável
- sim, desde que mudamos de lugar eu não saio muito de casa, saio apenas para comprar suprimentos com minha avó. Não temos diversão há muito tempo por lá, todos ficaram meio pra baixo depois que fomos para um lugar novo - Nami diz
- o que fazem por lá então? - Zuko pergunta
- bom, eu sou a mais velha de meus irmãos, sou filha do chefe da nossa tripo, então quando nos mudamos a responsabilidade toda é minha de cuidar do nosso povo. Lá vivem apenas mulheres e crianças. Eu ajudo minha avó com as tarefas, junto com minha irmã mais nova, e meu irmão do meio não faz muita coisa, ele treina os garotinhos para serem guerreiros. Por isso não posso sair, tenho que ficar lá para cuidar deles. Por isso só saio para comprar suprimentos
- isso tudo parece muito trabalho duro, especialmente na sua idade. você é muito jovem para ter tanta responsabilidade - Zuko diz
- eu sei. Eu tenho que cuidar dos meus irmãos mais novos para que eles fiquem longe de problemas, tenho que cuidar e liderar minha tribo, faço mil e uma coisas por lá e mal tenho tempo pra mim. Sabe, às vezes isso me deixa louca. Mas tenho que manter a postura como uma boa líder, para o bem do meu povo. Para o bem da minha família... - Nami diz
Zuko sente uma pontada de frustração e tristeza com o tom de sua voz. Ele se inclina para frente, seu olhar fixo nela, suas mãos se estendendo sobre a mesa para agarrar seus pulsos suavemente, dando-lhes um aperto reconfortante
- ei - sua voz está mais suave agora, suas feições cheias de compaixão - não há problema em ficar frustrado com suas responsabilidades. Ter um fardo difícil de carregar não significa que você tenha que ser tão duro consigo mesma. Parece que você está fazendo tudo que pode pela sua tribo. Tenho certeza que sua tribo deve ser grata por ter uma garota tão bonita, forte e dedicada cuidando deles. Eles têm muita sorte