❝Sei que me odeia e, honestamente, não me importo. Você só seria mais uma na multidão em frente ao pódio cujo primeiro lugar sempre será meu.❞
Max Verstappen destruira sua própria reputação, e ele sabia muito bem disso. Noites em clubes noturnos, fo...
"Agora, eu estou destruída, chorando na academia. Tudo que eu falo soa como petulância adolescente."
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NA EUROPA, OS anéis de casamento são de diamante.
São caros, luxuosos e brilhantes. Eles significam algo. Ou, ao menos, deveria significar.
Giro o anel em meu anelar esquerdo com a mão livre. O metal está frio contra a minha pele quente e, se eu movê-lo um pouco, posso ver uma pequena marca pouco bronzeada em minha pele pela ausência de sol ocasionada na região a qual o anel cobria. Não me lembro de ter notado como a luz externa passa perfeitamente pelo cristal de um modo tão sutil, e agora que o faço, é quase como se eu houvesse descoberto uma parte de mim mesma que ignorei por um tempo.
Um mês e duas semanas – ainda me recordo de como tive meus dedos nus há trinta dias antes.
Senhor e senhora Verstappen. Isso também deveria significar algo.
Mais de trinta dias se passaram, e Verstappen e eu finalmente encontramos uma dinâmica que finalmente era agradável a nós dois: eu e ele, cada um em seu próprio mundo, em continentes diferentes e a um oceano de distância. Estar em Los Angeles após tanto tempo me trouxe uma sensação familiar de casa a qual me deslocou por alguns dias, e após quase quatro semanas indo de um lado a outro da cidade para marcar presença em reuniões ou em eventos informais das marcas de roupa as quais fui convidada, é estranho saber que essa rotina quase normal, tão parecida ao meu dia a dia antes de tudo, estaria prestes a terminar.
Max Verstappen, como o esperado, não deu a mínima importância para a minha ida à Califórnia, e a cada dia em que estive aqui e ignorando o meu próprio instinto de verificar o meu celular em busca de algo – uma mensagem, uma ligação, qualquer coisa – a cada cinco minutos, me sentia cada vez mais estúpida por deixar um pequeno papel adesivo perfeitamente grudado à tela de seu notebook desligado antes de sair de sua casa e pegar um táxi até o aeroporto de Nice, segurando em minhas mãos uma passagem que havia comprado na madrugada anterior, e uma mala feita poucas horas depois disso. "Ei, bom dia! Não tive tempo de avisá-lo, mas minha assistente me mandou um e-mail esta madrugada, e tive de comprar a primeira passagem rumo aos Estados Unidos que comprei. Ficarei em Los Angeles por algumas semanas. Voltarei a tempo de sua primeira corrida", e logo depois, escrevi o meu número de telefone tão rapidamente que me questionei se havia errado em alguma parte dele. Não fui eu quem errei, no entanto. Verstappen é que nunca fizera contato.
No avião, foi estranho o modo como não consegui deixar de pensar no modo como estava um pouco chateada por estar saindo daquela forma, principalmente quando o e-mail da contraproposta da Red Bull ainda estava ali, pronto para ser lido por Verstappen. Eu realmente queria vê-lo reagir àquilo, e essa era uma sensação completamente nova para mim. O que ele faria? Sorriria como nunca o vi fazer? Iria me agradecer pela ideia que lhe dei? Ou apenas diria o meu nome suavemente com um sorriso gentil antes de questionar sobre algum desenho meu, mudando de assunto de um modo tão pouco delicado que eu apenas iria rir alto antes de mostrá-lo um novo rascunho que mal havia concluído completamente?
