Capítulo 3 - Eu vejo você

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No outro dia pela manhã, Minho via seu pai saindo com alguns outros homens enquanto falavam alto pela casa. Após eles saírem, Minho foi sorrateiramente ao quarto de sua mãe. A porta estava trancada então ele bateu na porta.

- Mamãe? Você está aí?

- Minho? - a mulher respondeu sem abrir a porta.

- A senhora está bem?

- Estou sim querido, não se preocupe.

- Então abra a porta para mim, eu quero tanto te ver.

- Filho, não quero lhe passar meu mal-estar, não se preocupe, eu estou bem. Logo estarei com você, mas espere até que eu melhore. Agora ande e saia daqui, antes que seu pai o veja.

- A senhora tem certeza de que está bem?

- Tenho meu amor, confie em mim. Eu estou bem e ficarei bem.

- Eu te amo.

- Eu também te amo.

Minho então saiu dali antes que algum funcionário fofoqueiro contasse ao seu pai que ele fora ver sua mãe.

Andando próximo ao rio, ele encontrou o outro Han.

- Me procurando Minho?

- Não, apenas caminhando como toda manhã. - Minho mentia.

- Sei... Como está sua mãe? Você fez o que eu disse e foi vê la escondido de seu pai né?!

- Como você sabe?

- Porque não me parece um covarde. Também está um pouco mais calmo, ela deve estar bem.

- De acordo com ela, sim. Mas não tenho certeza.

- Por que diz isso?

- Não a vi, falei com ela apenas pela porta. Ela não abriu para mim. Disse que poderia me passar seu mal-estar.

- Você acha que ela está mentindo?

- Eu não sei, só me sinto estranho. Acho que posso estar paranoico.

- Espero que a veja logo então.

- E você, o que está fazendo aqui?

- Não vou mentir que nem você, vim te ver. - Han disse sorrindo.

- Me ver? Por quê?

- Para saber como você está.

- E por que você se importa com como me sinto?

- Não sei, mas me importo. Me importo muito.

Minho normalmente diria algo ríspido para afastar qualquer um que seja, mas ele não conseguia fazer aquilo com o garoto. Algo nele não deixava ele afastá-lo.

- Posso te fazer uma pergunta? - Minho perguntava olhando para o rio.

- Pode.

- Por que você corria de guardas quando nos conhecemos?

- Ah, aquilo. Eu soube que iam jogar algumas roupas fora, lá no palácio do imperador. Então eu queria pegar para quem precisa. Só que me chamaram de ladrão e começaram a me perseguir. Sendo que eu estava pegando do lixo, como explicar a mente de gente rica?

Minho sorriu minimamente. Jisung sempre se mostrava uma pessoa e tanto. Sempre preocupado com o próximo e se metendo em confusão pelos outros. Ele era admirável para Minho.

Com o tempo os dois foram se tornando amigos. Eles sempre se encontravam naquele rio perto do casebre abandonado. Sem ao menos perceberem, os dois arrumavam aos poucos o casebre sempre que iam se encontrar, para ficar mais confortável para ambos conversarem. E eles faziam muito isso, passavam horas e horas conversando. Em uma noite de madrugada, Han foi até o casebre para levar algumas coisas e ficar um pouco sozinho, ambos adotaram aquele lugar como um lugar de paz. Quando chegou no local, viu uma cena que não estava esperando. Minho estava sentado no chão do casebre de cabeça baixa. Han se aproximou rapidamente olhando para seu rosto. O garoto tinha a boca ferida, o nariz sangrando e o olho roxo.

- Meu Deus! Minho, o que aconteceu?

- É você, Han? - O garoto parecia meio atordoado.

- Sou eu, quem mais seria? Aqui é o nosso lugar secreto, lembra?

- Lembro, claro que lembro. Eu tô me sentindo um pouco tonto, só isso.

- Ok, fique quietinho aqui me esperando. Eu volto já.

Han saiu rapidamente e trouxe de casa alguns medicamentos. Minho deitou a cabeça no colo de Han enquanto ele limpava seus ferimentos do rosto. Jisung percebeu que Minho tinha os olhos fechados, provavelmente tinha dormido ou desmaiado do jeito que se encontrava, tonto e fraco.

Han o olhava com seus olhos lacrimejando, o rostinho lindo de Minho estava tão machucado. Ele fazia um carinho nele afastando os cabelos negros da testa suada do garoto. Ele ficou assim até que Minho abrisse seus olhos novamente.

- Han?

- Sim, sou eu. O que aconteceu com você?

- Eu e meu pai brigamos.

- Com os punhos, os dois? Por quê?

- Eu consegui entrar no quarto da minha mãe, ela não estava doente, Han, ela estava se recuperando por apanhar dele no rosto, por isso ela não podia sair. - Jisung escutava abismado - Eu não aguentei ver ela daquele jeito e fui até ele e lhe dei um soco. Seus homens me seguraram e ele me deixou desse jeito que você está vendo agora. Não sabia o que fazer, então vim para cá. Mas não queria que me visse desse jeito.

- Você fez certo ao vir para cá. - As lágrimas de Han corriam pelo seu rosto.

- Você está chorando Hannie?

- Talvez um pouco. - O garoto passava a mão levemente onde estava machucado no outro. - Você está tão machucado, seu rostinho é bonito demais para estar assim.

- E você é bonito demais para chorar. - Minho passou a mão pelo rosto do garoto limpando suas lágrimas. - Eu estou bem. Só estou me sentindo um lixo por não ter protegido a minha mãe.

- Você não sabia Minho, você sempre faz o que pode.

- Eu ainda me sinto meio zonzo, provavelmente por isso que eu vou te dizer isso que falarei agora.

- O quê?

- Você é extremamente lindo, principalmente assim tão de perto. - Minho passou a mão pelos cabelos de Jisung que corou imediatamente. - Posso dormir um pouco na sua perna? Sinto que vou dormir a qualquer momento.

- Pode, você está seguro aqui comigo.

- Eu sei, eu sinto.

Minho adormeceu enquanto Jisung fazia carinho em seus cabelos.

O sol começava a nascer e Han olhava, a visão do rio Han, estava linda. Minho acordou aos poucos, vendo os raios de sol tocarem o rosto de Jisung. Era como a imagem mais linda que ele já tinha visto na vida. Han sorria, Minho sorria ao ver ele sorrindo.

- Bom dia, Hannie. - Han se assustou brevemente e olhou para Minho, que tinha um sorriso reluzente no rosto.

- Bom dia, Min.

Naquele momento, Han sabia exatamente o que estava sentindo, seu coração não deixava dúvidas do quão rápido ele batia só ao ver o sorriso de Minho. Já o outro garoto só tinha uma certeza, ele nunca tinha se sentido daquele jeito ao olhar para alguém.

 Já o outro garoto só tinha uma certeza, ele nunca tinha se sentido daquele jeito ao olhar para alguém

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iท αทστнєr ℓiƒє (Minsung)Onde histórias criam vida. Descubra agora