Capítulo 63 - Vida Após A Morte

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   Pessoal, como este é o último capítulo, ficou MUITO grande! Tive que fazer nas carreiras. Espero não ter ficado chato :-/

Continuação do capítulo anterior - Com Douma e Akaza - Castelo Infinito - 5:48

Narradora on:

   Sabe aquela dor? A dor de você saber que conseguiu ferir o coração da pessoa que você tanto ama e amou, a dor de saber que arruinou a porra toda, a dor de saber que se tivesse tomado a decisão certa, as coisas não teriam acabado em tragédia, a dor de saber que... A pessoa que você queria tanto proteger, no final quem acabou ferindo e machucando foi você. Pois é... Essa era a dor que o Douma sentia por dentro.

— E-Eu não quero que você nunca mais me toque... — Proferiu Akaza. Os seus olhos só refletia tristeza e raiva.

   Aquelas palavras foram como uma facada no coração de Douma. Os olhos de Douma começaram a se encherem de pequenas lágrimas, lágrimas que estavam implorando para sairem desde o começo, no entanto, o Douma sempre insistia em deixá-las presas... Porque sabia que se permitisse elas sairem, talvez não conseguiria parar de chorar.

— P-Por favor, Akaza-Dono... — Suplicou com uma voz chorosa — Não diga isso para mim.

   Quanto mais ouvia a voz de Douma, mais Akaza deixava as lágrimas rolarem.

— Da uma olhada a nossa volta, Douma... — Akaza fechou os punhos com força.

   Douma, ainda com os joelhos dobrados no chão, abaixou sua cabeça e se encolheu todo, parecendo um garotinho com medo de levar bronca do pai.

— Desculpe, Akaza-Dono... Desculpa... — Dizia baixinho e apertando o tercido de sua calça.

— Olha, Douma... — As carnes de Akaza se tremiam — Olha a merda onde paramos, olha o estrago que você fez, olha... Por favor... — Tic, tac, tic, tac... Akaza parecia uma bomba relógio, a qualquer momento iria explodir e surtar.

   Douma fechou suas pálpebras com força, pequenas gotículas de suas lágrimas caiam por cima de suas mãos. Recusava-se a obedecer o menor, não conseguia ter coragem para ver o que seu ódio foi capaz de fazer...

— Douma?... — Engrossou a voz, deixando-a áspera.

— D-Desculpa...

   Aquilo foi o suficiente para o Akaza explodir de vez. Akaza, em um movimento super rápido, agarra os dois ombros de Douma e coloca bastante pressão.

— OLHA, DOUMA! — Chacoalhou Douma. Seu tom de voz aumentou gradativamente, como uma chuva fina se transformando em uma tempestade.

   Douma balançou sua cabeça negativamente, soltando leves fungadas de choro. Aquilo fez o Akaza ranger os dentes.

— POR QUE VOCÊ SE RECUSA A OLHAR?! — Esbravejava, retornando a chacoalhar os ombros de Douma loucamente — OLHA O QUE VOCÊ FEZ! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, DOUMA?? POR QUE VOCÊ TEVE QUE FUDER A MINHA VIDA, QUANDO ELA JÁ ESTAVA FUDIDA?! POR QUE VOCÊ MATOU ELE?? POR QUE TIROU ELE DE MIM, SEM AO MENOS DEIXAR EU DIZER QUE O AMAVA?? POR QUE VOCÊ ALTO SE DESTRUIU?! RESPONDE, DOUMA! — Não parava de chorar um segundo sequer. O seu coração totalmente quebrado e ferido, não tinha reparação para os danos, e a cada batida era uma dor que fazia o Akaza enlouquecer da cabeça.

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