Capítulo 54 - A Declaração

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Continuação do capítulo anterior - Com Akaza e o Douma

Narradora on:

- Se você me ama, Akaza-Dono... Então... Por que está falando neste tom tão triste? - Perguntou Douma com uma voz placidez.

O Douma tinha segurado com tanta força a sua vontade de chorar, que acabou conseguindo evitar das lágrimas saírem de seus olhos consternados. A sua imensa raiva já tinha ido embora. O único sentimento que estava presente naquela hora, era o sentimento da tristeza, da culpa por ter machucado o rosado, mas o Douma ainda estava receoso daquele sentimento da raiva retornar e acabar perdendo o controle mais uma vez.

O Douma não estava nem conseguindo retribuir o abraço de Akaza naquele instante, suas mãos tremiam discretamente. Douma ficava somente olhando para baixo, tendo a visão do menor lhe abraçando e o topo da cabeça de Akaza com os seus cabelos rosas, sentindo o seu pequeno rosto repousando e se escondendo no seu peitoral, conseguia notar que o corpo do menor se tremia igual as suas mãos... Os dois compartilhando da mesma dor...

Akaza conseguia ouvir as batidas do coração de Douma acelerada, estava sem controle, e só de ouvir aqueles batimentos, o coração do rosado doía mais ainda por dentro... Estava com tanto medo de quebrar e magoar aquele pobre coração, aquele coração que depois de MUITO tempo só conseguiu passar a amar apenas uma vez, e talvez a última vez.

Akaza respirou fundo e soltou o ar pela boca de uma forma cansada, seus lábios estavam trêmulos e estava com uma sensação horrível, estava nervoso.

- P-por q-que e-e-eu-...

O Akaza estava tão nervoso, que mal conseguia falar direito sem gaguejar, estava tão nervoso a ponto de ter um ataque cardíaco. O corpo do menor não parava de tremer.

- C-Calma, Akaza-Dono... Está me deixando p-preocupado. - Douma havia o interrompido. Estava do mesmo jeito que o menor, não conseguia falar sem sequer respirar direito.

Akaza passou a agarrar ainda mais as vestes do Douma por trás, tinha respirado o mais fundo que conseguia dessa vez e expeliu pesadamente pela boca. Tentou se acalmar pelo Douma, conseguia perceber que o seu nervosismo estava afetando ele também e o deixando da mesma forma.

- D-desculpe. O motivo de eu ter dito que te amava com uma voz tão triste assim... É que... E-eu preciso te contar uma coisa, Douma... - Dizia Akaza.

Douma já conseguia sentir que não era coisa boa...

- Que coisa?...

- Não posso te dizer agora, n-não estou preparado, e sei que agora não é o melhor momento... Tudo o que eu lhe peço, é que me der só mais um tempinho! Eu estou tentando achar o momento certo pra te dizer... - Disse Akaza afrouxando o abraço por volta da cintura de Douma, soltando suas vestes aos poucos.

Douma com uma feição melancólica, tinha soltado um suspiro profundo. Mais tempo teria que dar ao rosado... Aquilo deixava o Douma com a ansiedade a mil e mais nervoso ainda, se perguntando em sua mente que "coisa" seria está, a julgar pela forma que o Akaza diz, não era uma coisa agradável para o Douma. Não sabia por quanto tempo mais conseguiria aguentar... E também o dia da Lua cheia estava bem próximo.

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